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A consciência histórica do Cristianismo

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domingo, 10 de março de 2013

XXXVII - Aspectos da vida de Jesus: sua personalidade.




A personalidade de Jesus foi certamente a que mais determinou juizos por parte dos mortais.

E juizos bastante paradoxais.

Pois para uns é Deus e para outros sedutor, ímpio e falso profeta.

Para uns profeta e para outros um revolucionário desiludido.

Para uns - o Dr Binet Sanglé - um alienado mental e para outros a única personalidade normal que já passou por este nosso mundo.

No frigir os ovos é isto mesmo: louco ou Deus.

Pois se revindicou para si uma natureza divina sem possui-la como deixar de concluir favoravelmente por sua loucura??? Ou mesmo por sua malignidade???

No entanto, a excessão de alguns judeus e ateus demasiado fanáticos é assaz díficil dar com alguém que ouse mimosear Jesus Cristo como título de ímpio.

Aqui o diagnóstico de megalopatia ou loucura parece ser mais pundonoroso.

Pois alivia o nazareno de suas responsabilidades face a História.

Seja como for parece-me trágico - para não dizer patético - que a maior parte da humanidade tenha se deixado enganar e guiar por um 'alienado' ou seja por um 'louco' ao cabo de dois mil anos!

Já não me refiro as massas incultas, mas a quase totalidade dos homens cultos.

Dentre os quais Voltaire, Russeau, Nietzsche...

Não se trata aqui de reconhecer o Deus; mas apenas e tão somente de desconhecer o louco; classificando-o como o mais elevado representante de nossa espécie.

"Se a morte de Sócrates equivale a do mais elevado entre os mortais, a morte de Cristo equivale a morte dum deus."

Aplicadas a um demente as palavras acima soam muito mal para aquele que as escreveu (Russeau) e para a quase que totalidade dos homens eminentes destes últimos vinte séculos, atrelados a sua opinião.

Pois elevaram as nuvens um anormal.

No caso de Jesus ter sido mesmo louco parece-me que apenas um merece ser encarado como deus, aquele que ultrapassou a todos diagnosticando sua loucura: o Dr Binet Sanglé.

Há no entanto um grande número de psicólogos e psiquiatras que tem se referido ao mesmo Jesus como o único exemplo existente de normalidade comportamental.

Queremos dizer com isto que sua personalidade não comportava qualquer tipo de oposição ou de divisão volitiva entre as diversas áreas que a compõe quais sejam o ego, o id e o super ego ou como preferimos: a consciência, a sub consciência e a inconsciência; as quais formavam como que um todo ordenado e harmonioso.

Ao contrário de nós que dispomos duma personalidade fragmentária e conflitante, dispunha ele duma personalidade simples e equilibrada a qual administrava a líbido (compreendida nos termos de Jung como energia amorfa ou informe) com absoluta precisão, cindindo-a entre os vários campos da atividade humana. Enquanto nos concentramos a líbido numa área especifica, produzindo inumeros tipos de distúrbios.

Caso admitamos que Jesus seja verdadeiro Deus ou seja que suas revindicações sejam legítimas; as alegações a respeito da loucura desaparecem. Pois numa linha de coerência Jesus esforçou-se para cumprir seu papel ou para viver como um Deus...

Eis porque exige fidelidade absoluta por parte dos seus, perdoa pecados, solicita adorações, etc Porque é Deus e não louco.

Por outro lado se não é Deus, como pode ser simultaneamente o maior dentre os mortais, e louco; ou irreverente face as coisas santas e divinas?






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