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A consciência histórica do Cristianismo

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sexta-feira, 22 de março de 2013

LXXV - Quem surgiu primeiro: a Igreja ou o Livro?






Imaginemos todavia que Pedro ou Paulo fossem imensamente ricos, como o Bill Gates ou o finado Roberto Marinho, e que desejassem reproduzir e distribuir livros sagrados ao invés de pura e simplesmente 'pregarem' como fora determinado pelo Mestre amado...

Neste caso que fariam eles???

Ainda assim só lhes restaria verter amargas e copiosas lágrimas.

E por que???

Porque fundada a Igreja por Cristo, no Pentecostes de 33 ou 34, não havia Bíblia.

Como é que é meu amigo???

Isto mesmo: não havia Bíblia Cristã; pois é a Igreja no mínimo quinze anos anterior a primeira epístola escrita por Paulo, a qual por sua vez corresponde ao primeiro 'livro' do NOVO TESTAMENTO.

Caso consideremos o Evangelho de S João, passou a Igreja cerca de cinquenta anos sem ele!!!

Não era possível a distribuição de exemplares do Evangelho em 34 d C porque nossos Evangelhos não existiram.

Tendo aparecido o Santo Livro após o surgimento da Igreja, somos levados a concluir que a expansão da Igreja, até Antioquia e Roma se fez sem ele.

E que a fé foi propagada pelo ministério da palavra, exercido pelos apóstolos firmados na autoridade expressa de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Não tiravam os apóstolos sua autoridade do Novo Testamento Escrito ou de um livro; mas do próprio Jesus Cristo a quem haviam seguido e servido por sete longos anos.

Demos agora, a palavra, ao nosso protestante...

"O amigo esta completamente errado ao dizer que a Bíblia é posterior a Igreja; sucede-se exatamente o contrário, a Igreja que é posterior a Bíblia; pois já existia o Antigo Testamento, dos quais os apóstolos tiravam sua autoridade e ao qual recorriam tendo em vista a propagação da fé."

(As palavras acima extrai de livro editado por pastor protestante Brasileiro no final do século XIX)

Agora como homem civilizado que sou tentarei responder polidamente as diatribes empregadas por nossos pastores.

Naturalmente que quando nós - Ortodoxos e Católicos - dizemos Bíblia, estamos nos referindo ao livro dos Cristãos, a pena evangélica, a pena apostólica e escritos do Novo Testamento.

E aos registros greco/cristãos que nos referimos e não a quaisquer escritos judaicos anteriores ao advento de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Sendo Cristãos nossa referência, nossa base e nosso fundamento não se encontra nos livros do antigo Testamento e sim nos livros do Novo Testamento, em especial nos do Evangelhos...

Afirmar que o Antigo Testamento já existia quando a Igreja foi fundada é tão ocioso quanto dizer que a máquina a vapor já existia quando a Internet foi inventada... Eh???

Que os apóstolos tenham extraído sua autoridade dos registros judaicos é clamorosa parvoíce...

De fato versam tais fontes sobre o sacerdócio aaraônico, sobre levitas e mesmo sobre profetas; mas de modo algum sobre apóstolo.

Lá não se encontram seus nomes ou mesmo qualquer alusão a terem sido escolhidos, instruídos, abençoados, santificados, dignificados e enviados pelo Cristo.

Quanto a terem os apóstolos recorrido ao A T tendo em vista o anuncio da fé Cristã; tanto pior e ainda mais ridículo.

Afinal em que parte dos registros judaícos damos com a fórmula do Batismo? Ou com a fórmula da Eucaristia?? Ou com a fórmula do Pai Nosso? As Bem aventuranças? O mandamento do amor???

Que o pastor nos aponte em que parte do Antigo Testamento damos com estas instituições fundamentais a vida Cristã?

Do contrário cale-se, feche sua grande boca, de nó a lingua e não venha meter Moisés e David onde eles não são chamados...

Que vem ao caso o Antigo Testamento quando se trata da fé e da ética peculiares a instituição Cristã???

Não vem...

Logo durante quinze anos viveu a Igreja passou a Igreja sem registro, livro ou Testamento Cristão e vinte anos sem qualquer Evangelho.

E mesmo assim havia Eucaristia, Batismo, Exomologese, Pai Nosso, etc

E por que???

Porque os apóstolos guardavam em seus corações, imaculadamente, a palavra do Senhor.

E transmitiam esta palavra oralmente, por via de comissão ou autoridade.

Arautos constituídos pelo Verbo divino eles não precisavam de qualquer outro testemunho.

Comendadores, vigários e emissários do Nazareno eles falavam, julgavam e sentenciavam em seu nome; conforme ele mesmo dissera: O que ligardes nos céus será ligado e o que desligardes será desligado.

Assim a autoridade divina dos apóstolos precedeu a existência do livro.

De fato foi o Registro do Novo Testamento feito para a Igreja ou seja em benefício dela; e não a Igreja fundada para o Novo Testamento, para se subordinada a ele e julgada por ele.

Sendo posterior a Igreja, é o Evangelho que deve ser interpretado por ela. E receber seu único e legítimo sentido comunitário dos sucessores dos apóstolos ou seja dos Bispos Ortodoxos.

Pois como registrou S Pedro: "Escritura alguma é para a interpretação particular."






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