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A consciência histórica do Cristianismo

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segunda-feira, 18 de março de 2013

LXIV - A verdadeira 'morte de Deus'






“Se a vida e morte de Sócrates foram de um sábio, a vida e morte de Jesus foram de um deus”. – J. J. Rousseau.


"Deus esta morto." proclamou há mais de século o pensador de Silz Marie.

E no entanto caso exista não pode Deus morrer... por outro lado inexistindo também não pode morrer.

E no entanto Deus de fato morreu, segundo creem os Cristãos.

Morre Deus no complemento de sua natureza humana e por mediação dela conhece a morte.

Pois em si mesmo não pode morrer...

E no entanto morre por ter assumido natureza mortal.

Experimenta a morte não em si, mas na condição humana que tomou do seio da Virgem Maria.

Pela intima unidade e comunhão de bens existente entre as duas naturezas conhece Deus a morte.

Traído por um dos doze é Cristo levado aos tribunais de Anas, Caifas, Herodes e Pilatos e; enfim supliciado no lugar de Barrabas após ter sido cruelmente torturado.

Chicoteado, esbordoado, aviltado e coroado de espinhos é Jesus como um cordeiro mudo arrastado pelas ruas de Jerusalem...

Com uma das hastes da Cruz sob os ombros feridos arrasta-se ele como um verme e por diversas vezes cai por terra. Até que os soldados tomam um tal de Simão de Cirene e obrigam-no a auxilia-lo.

Devendo ser imolado fora dos muros da cidade encaminha-se ele para uma colina chamada gólgota ou crânio; por assemelhar-se a forma de um crânio.

Chegando ali qual escravo é despojado de suas vestes e pregado a uma cruz. Não sem que antes lhe oferecem vinho e mirra; uma espécie de anestésico preparado pelas santas mulheres.

Jesus experimenta a beberragem mas não toma.

E assim é elevado no madeiro a vista da cidade Santa.

E os escribas e fariseus que por ali vão passando meneiam as cabeças e exclamam: Se é de fato amado por Deus, que clame por ele e ele o libertara!

Salvou os outros; salve agora a si mesmo.

Observemos de Elias desce das nuvens para socorre-lo!!!

Tendo sede dão-lhe vinagre para beber...

A seu lado, junto ao madeiro, estão a Mãe fiel e o discípulo predileto.

Assim diz Jesus a ela: Eis teu filho! E aponta para o predileto.

E a ele: Eis a tua mãe! E aponta para a Virgem.

Evidenciando que a Senhora estava completamente desamparada por não possuir outros filhos além do divino crucificado.

Entrementes os ladrões que estavam pregados ao seu lado emitem também algumas blasfêmias.

Até que um deles, Dimas, tocado pelo aspecto respeitável e digno do Senhor, converte-se e suplica: Tem piedade de mim rei de Israel.

Recebendo do Senhor esta promessa animadora: Neste dia ainda comigo estarás no paraíso!

Após três ou quatro horas de sofrimento, exclama o Salvador: Tudo esta consumado! Inclina sua fronte e expira.

"Pai em tuas mãos rendo meu espírito."

Diante disto protesta a natureza: as nuvens estrugem, o sol se oculta, a terra estremece de dor... Todos os elementos dão mostras de indignação!

Rasga-se o véu do templo...

E inúmeros justos falecidos recobram a vida, abandonando suas sepulturas.

Diante de tão misterioso quadro até mesmo um soldado romano exclama: De fato este homem não era comum.

O ano 33 desta Era... o Criador do universo e autor da vida conheceu o travo da morte!

Segundo Edersheim eram pouco mais de 15 horas, instante em que os sacrifícios eram encerrados no Templo.

Contava o filho de Maria com cerca de 42 ou 43 anos.

Doravante Deus esta morto. Por algum tempo Deus esta sob o império da morte!






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