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A consciência histórica do Cristianismo

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terça-feira, 19 de março de 2013

LXIV - No Cenáculo





Na verdade Jesus não foi.

Foi-se apenas sua humana natureza humana e visível.

Durante quarenta dias instruiu ele os apóstolos e lhes expôs os mistérios do Reino; no quadragésimo primeiro apartou-se deles e passou a outras dimensões por nós ignoradas.

Os apóstolos no entanto congregaram-se para dar sucessor a Judas.

Pois como já havíamos assinalado, o quorum apostólico deveria ser conservado imaculadamente até a consumação dos séculos.

Disto não descuidaram os onze.

E deram-lhe por sucessor um discipulo de nome Matias.

Feito isto, em companhia da Santa Virgem, dos discipulos e de todo povo; aguardaram pela promessa ou seja pela efusão do Espirito Consolador prometido.

Não é que estivessem eles, como supõe grande número de incautos, apartados de Cristo ou isentos do Espírito Santo.

Pois dissera o mesmo Jesus Cristo: "Onde dois ou três estiverdes congregados em meu nome junto eu estarei." e sobre eles soprara dizendo: "Recebei o Espírito Santo."

Não sendo lícito a quem quer que seja supor que antes de Pentecostes não estavam os apóstolos e a Igreja na posse da santa e divina Trindade.

Então como se diz e declara que no Cenáculo, cinquenta dias depois, receberam o Espírito Santo???

Devemos crer e considerar que a partir daquele momento passaram a fruir duma comunhão mais intima e intensa com o Espírito Santo, com o Filho e com o Pai; avançando na Unidade de Deus.

Todo Católico deve compreender pentecostes como uma potencialização ou maximização e não como uma iniciação ou como algo que começa da estaca zero.

Até o cenáculo fruíram da graça em certa medida, após pentecostes a fruição tornou-se muito mais ampla e profunda. Implica isto numa aproximação maior ou numa mudança de grau.

Efetivamente, durante a festa judaica de pentecostes, estando a cidade Santa repleta de peregrinos vindos de todas as nações em meio as quais os judeus estavam dispersos; sucederam-se alguns eventos bastante estranhos.

Apos ouvirem o ruido de um vento impetuoso, viram surgir certas linguas ou labaredas de fogo, as quais logo pousaram sobre as cabeças de cada fiel.

"Eles ficaram plenos do Espírito Santo e puzeram-se a falar em diversos idiomas, conforme o Espírito Santo permitia que eles se exprimissem. E como lá estivessem judeus, homens religiosos e piedosos de todas as partes da terra; CADA QUAL OUVIA-OS FALAR EM SUA PRÓPRIA LINGUA. E assim atemorizados exclamavam: Como estes galileus são capazes de dominar esta ciência? POIS CADA UM DE NÓS OS OUVE FALAR EM SUA LINGUA MATERNA." At 2,9

E assim muitos deles foram evangelizados e levaram a boa nova para seus lugares de origem, onde implantaram as primeiras congregações.

Foi a sementeira da Igreja Católica nossa Mãe e Mestra.

Aqui convém esclarecer uma coisa.

E especificar que as linguas faladas pelos santos de Jerusalem eram verdadeiras linguas e não supostas linguas de anjos, as quais na verdade mais parecem grunhidos de animais selvagens e bestas do campo...

Não 'oraram' os apóstolos em linguas nem tartamudearam sons inarticulados e obscuros; mas - com toda sobriedade e reverência - anunciaram a mensagem do Evangelho em outros idiomas humanos, fazendo-se compreender por medos, persas, elamitas, caldeus, capadócios, frígios, ponticos, egipcios, líbios, cirenaicos, arabes, etc








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