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A mãe do Verbo Encarnado

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A consciência histórica do Cristianismo

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quinta-feira, 7 de março de 2013

José, varão justo ou tarado???





Imaginai por um instante a cena da natividade do Redentor.

Não precisais imaginar que a chama do fogo tornou-se suave ou que as águas dos mares tornaram-se doces...

Imaginai apenas o meigo Salvador nos braços afetuosos de sua santa Mãe, a qual pouco antes acabara de envolve-lo em faixas de pano.

Podeis imaginar até que ele chore, por ter abandonado a segurança do ventre materno e passado a um mundo repleto de contrariedades...

Podeis imaginar caso desejeis um homem justo, chamado José, o qual a certa distância contempla a memorável cena.

Podeis olhar ainda nos olhos deste homem justo, mas...

Ali, como num espelho, cada qual verá algo diferente...

Cada qual verá a si mesmo e suas inclinações refletidas nos olhos com que José contempla a Virgem e o menino.

Caso estejais animados pelos saudáveis sentimentos inspirados pela mãe igreja cuidareis que José permanece como que abismado diante da excelência do menino.

Mal acreditando no que seus olhos veem.

Que cogita ele senão na presença de Deus???

E que planeja em seu coração senão em nutrir aquele menino singular e em proteger sua mãe???

Diante daquele filho do coração, daquele filho especial, daquele filho único, daquele filho impar, daquele filho divino, que planejaria um homem justo e sábio senão em consagrar-lhe todas as forças e afetos??? Em dedicar-lhe todos os esforços e sacrificios? Em ofertar-lhe todos os trabalhos??? & em viver apenas e tão somente para ele numa imolação total???

Que homem sendo justo e sábio pensaria em si mesmo, em seus próprios interesses, paixões, inclinações, planos, etc Cogitasse José em si mesmo naquele momento e não cremos que merecesse o título que lhe autorga o hagiografo.

Que justiça haveria em ouvir os vagidos do menino Deus e em pensar em seus próprios apetites???

Por um instante os olhos de José caem sobre a mãe do menino.

Então o S homem estremece.

Pois sendo justo sabe muito bem que aquele ventre até alguns instantes contivera a natureza humana de Deus seu Criador, e que aquele corpo estivera rodeado em gráu maximo e inigualavel pela presença do Senhor do Universo; o qual agora trás em seus braços.

Diante disto como não se encher de espanto e admiração?

José só pode pensar em assistir e auxiliar esta Virgem escolhida, oferecendo-lhe todos os seus préstimos e serviços.

O Justo varão concentra todos os seus pensamentos em como tornar a vida de ambos mais comoda ou menos pesaroza.

Esta é a versão de José apresentada pela mãe Igreja, a qual prima pela nobreza de alma e pela reverência face ao mistério divino.

Há no entanto outra versão inventada por Pietro Martir de Vermiglia e endossada pelos sectários; os quais tributam vivo ódio a mãe de Deus.

Julgam tais homenzinhos que bem outros eram os olhos de José e que brilhavam suas púpilas doutra maneira.

Mal nascera Jesus e ele, não se dando por satisfeito com este filho divino, cuida logo de embuxar a Virgem...

Esta Jesus aconchegado aos braços da Virgem e José imaginando desvirgina-la...

O que segundo os protestantes é perfeitamente natural: mal o corpo de Deus sai do ventre de Maria e José cuida em introduzir sua piroca...

Mal o Espírito Santo completa sua obra e o José protestante cogita: Sai logo daí menino para que eu possa exercer meus direitos de marido e deflorar vossa mãe...

A mente de José esta toda voltada para o sexo, para a natureza terrestre, para a lei natural, etc e ele não faz esforço algum para elevar sua mente a altura do mistério.

Tudo quando ele quer e deseja é 'estuprar' a pobre Virgem Maria e nos dedos da mão conta revoltado os dias do resguardo. Tudo quanto ele aspirava era suspender a túnica e como um tarado cair babando sobre a filha de Joaquim e Ana.

Ele tem presente diante de si naquele momento único o Criador do universo, mas sua mente carnal pensa apenas no amanhã ou na futura noite de nupcias.

Momento em que podera violar ou profanar aquele corpo que mais do que qualquer outro, durante nove meses, foi santuário e templo do Deus vivo.

Ele não considera que aquele ventre foi dignificado, santificado e consagrado ao Senhor pela passagem do complemento de seu corpo. Considera apenas seus instintos e nada mais...

José não teme por um instante em aproximar-se para coabitar com aquele ser tocado pela divindade e selado pelo Espírito Santo de profecia.

Ele não hesita em enfiar sua genitália na oficina em que fora implementado o mistério supremo da encarnação.

Porque sua mente é demasiado pesada e não pode se elevar a contemplação das coisas santas e divinas.

Porque ele mesmo é demasido vulgar para aquilatar o mistério...

Ou porque ignorasse qual fosse a excelência de Jesus Cristo...

É perfeitamente natural que um esposo venha a exercer seus direitos e a coabitar descentemente com sua esposa; insiste nosso protestante.

Se voces ortodoxos não compreendem isto é porque não passam de maniqueus e porque encaram o sexo como algo pecaminoso.

Sim, nós compreendemos que é perfeitamente natural o esposo desejar a esposa, desde que ela sendo Virgem não tenha gerado seu próprio Criador.

Pois entre coabitar com uma mulher qualquer ou comum e coabitar com aquela que gerou em suas entranhas o complemento humano do Criador por obra e graça do Espírito Santo, deve haver lá alguma diferença...

Entre ter tido um filho ordinário e desejar ter outros tantos e entre ter tido um filho de natureza divina e desejar ter outros tantos; vai uma grande distância...

Caso admitamos que José estava cônscio a respeito do mistério não podemos crer que cogitasse em ter muitos outros filhos ou em deflorar aquela que Virgem concebera e Virgem parira, obscurecendo de certo modo o mistério.

Antes reverentemente ele cogitaria em manter e conservar o mistério que Deus realizará em sua Maria. Cooperando ativamente para que aquela fora Virgem antes do parto Virgem permanecesse após o parto.

Destarte estaria José encarecendo e prestigiando a operação divina ao invés de empana-la por obra e graça de seus desejos maritais.

José e Maria não foram um casal normal ou ordinário como cuidam os protestantes porque não tiveram um Filho comum ou ordinário; mas um filho unico, singular, de natureza divina.

Então devemos convir que a bem aventurada e o justo optaram por dedicar todos os seus sentimentos e forças ao pequenino ser que tinham diante de si mesmos e que puzeram de lado quaisquer outras preocupações; como deitar filhos feito coelhos...

Tanto ele quanto ela escolheram viver exclusivamente para Jesus, para nutri-lo, protege-lo, educa-lo, servi-lo, etc Eles nem por um instante cogitaram em dividir seus afetos com outros filhos de natureza inferior e mortal.

Pode-se dizer que o serviço prestado por eles a Jesus foi como que um serviço de natureza religiosa ou sagrada.

Pois Jesus Cristo era o tesouro e as delicias de seus corações abençoados.


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