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A mãe do Verbo Encarnado

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A consciência histórica do Cristianismo

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sábado, 9 de março de 2013

XXXI - Se é possivel encontrar algum tipo de explicação natural para os milagres de Jesus.





Desde os tempos de Paulus, aqueles que não teem coragem suficiente para repudiar a narrativa evangélica, mesmo no que concerne aos milagres e de classifica-los como pura e simples ficção teem tentado de todas as maneiras encontrar uma explicação natural para os mesmos.

Desde então algumas explicações bastante curiosas - para não dizermos esquisitas - teem sido propostas.

Quanto a conversão da água em vinho em Caná da Galiléia, teem os críticos sustentado que as talhas de pedra porosa utilizadas para armazenar o vinho durante séculos a fio estavam de certo modo impregnadas com seu sabor, que quando a água foi entornada neles tomou o gosto do vinho fazendo com que os comensaís já bebados imaginassem estar bebendo o precioso fruto da vide.

Não sei ao certo se tais criticos deram-se ao trabalho da ir a atual Caná para examinar as talhas e verificar se eram feitas mesmo com pedra porosa. Ignoro do mesmo modo donde tiraram a informação segundo a qual as ditas talhas eram empregadas há muitos séculos pelo povo da Vila. Parece no entanto que o mordomo não estivesse bebado como os demais, e que mesmo assim tenha elogiado a qualidade do vinho. No entanto, como especialista em vinhos ele deveria saber distinguir perfeitamente água com gosto de vinho de vinho forte...

Quanto a multiplicação dos pães e peixes alegam os mesmos críticos, dizendo que na verdade muitas pessoas haviam levado pão e peixe em seus farnéis, enquanto outras estavam a passar fome. Quando Jesus e os apóstolos ofereceram o pão e o peixe que possuiam a todos; aqueles que também haviam trazido sentiram-se tocados no coração e partilharam com os vizinhos, de modo que acabaram sendo saciados.

No caso os apóstolos, como perfeitos idiotas, é que deixaram de perceber o fato, atribuindo todo suprimento excedente a ação miraculosa de Jesus.

Quanto a Jesus estar caminhando sobre as águas do mar de Kinereth. Outra percepção confusa captada pelas mentes infantis e aterrorizadas dos apóstolos. Pois na verdade estava Jesus caminhando sobre a faixa de areia apenas coberta pelas águas ou sobre algumas pedras igualmente cobertas...

Como no entanto um barco possa pescar junto as margens arenosas sem encalhar ou junto as pedras sem ser partido por elas é justamente o que não podem os críticos explicar.

Trata-se sem duvida de explicações engenhosas, mas nem por isto artificiais e, via de regra, opostas aos detalhes fornecidos pela narrativa.

Seja como for elas são de todo ineficazes tendo em vista explicar as diversas curas físicas e mentais operadas pelo nazareno.

Aqui atalham alguns, como já assinalamos, julgando que nosso Senhor estivesse muito bem informado a respeito da natureza psicosomática de certas enfermidades e de como se deve fazer para sana-las.

Que sua personalidade fosse excepcionalmente forte ou mesmo que ele praticasse hipnose ou outras técnicas de controle mental postas em prática por Mesmer, pelo abade de Faria e em nossos dias por certo número de padres, médiuns e especialmente pastores charlatães.

De fato todos estamos bem a par de que paralisias e cegueiras produzidas por certos estados mentais desenvolvidos a partir de choques ou traumas; podem ser eliminadas quando o estado mental que as provocou é alterado. Geralmente por meio do transe ou do extase, estado de espírito que exacerba as emoções... Assim eles empregam a hipnose, o transe e o emocionalismo tendo em vista obter a seçassão do estado mental que produz a 'doença' ou melhor o sintoma.

Daí as falsas curas físicas, que não passam de curas mentais naturalmente executadas e apenas falsamente atribuidas ao sobrenatural ou seja a Deus.

Então eles supõe que parte das curas operadas por Nosso Senhor enquandram-se neste tipod e classificação.

Advirto no entanto que o surgimento de semelhantes estados mentais não é obtido facilmente ou sem certa dificuldade. Exigindo algum tipo de técnica.

Eis porque Mesmer jogava com as cores das roupas e cortinas, com as luzes, com a música, etc tendo em vista induzir o público ao transe. Assim todos os mediuns, padres e pastores charlatães atuam a portas fechadas, cercados por auxiliares, e modulando o tom da voz e das músicas; para que as pessoas fiquem excitadas e fora de si mesmas, i é, em transe.

Daí a justa acusação feita pelos adversários da existência do milagre no tempo presente, os quais alegam que as ressurreições e curas divinas só são realizadas a portas fechadas, diante de meia dúzia de 'santos', no meio da noite em alguma vilazinha obscura da África...

Fossem de tal gênero os milagres de Jesus e ele não seria Jesus; mas um prestidigitador qualquer.

Acontece que os milagres realizados por Jesus, realizados foram a luz do dia; sem qualquer preparação prévia; expontaneamente, em praças ou ruas lotadas, diante de seus inimigos e sem o emprego de quaisquer 'ritos'... Não havia nem exortações empoladas, nem música de fundo, nem meias luzes, nem uniformes, etc

Nada que se assemelha-se a magia. Nada que se assemelha-se a un tipo de sessão religiosa ou mesmo a qualquer tipo de terapia psicológica.

Para complicar ainda mais as coisas, os hagiografos costumam registrar que o cego era 'cego de nascença' ou que o paralitico, paralizado estava a trinta e oito anos (ou seja, desde quando Jesus nascera ); que Lídia, a hemorroisa, padecia já há doze anos; que a mulher aleijada sofria há cerca de dezoito anos... Ora períodos tão longos de sofrimento são típicos de enfermidades físicas ou reais e não de enfermidade psicosomáticas ou artificiais.

Sabemos no entanto, que em tais casos, a hipnose é de todo improficua... verdadeiras paralisias e verdadeira falta de visão; bem como a lepra são irredutiveis a sugestão e por assim dizer incuráveis e irreverssiveis.

Eis porque diante de tais narrativas, recorrem alguns de nossos adversários a teoria de que, a semelhança das pessoas que classificamos como medius ou sensitivos, possuia Jesus no mais alto gráu certos poderes de natureza mental. Teria pois Jesus curado os leprosos, os cegos e os paralíticos com o extraordinário poder de sua mente.

Esta explicação ainda que possível é precária; pois todos os experimentos no campo da metapsiquica ou da parapsicologia tem demonstrado que a ação do poder mental também esta na dependência de certo estado de espirito ao menos por parte do agente, quando não por parte do paciente. Ou ao menos na dependência de certos meios - como a imposição das mãos - mais ou menos prolongados.

Queremos dizer que o poder mental, por maior que seja, jamais atua sem que o agente esteja em transe ou sem que sua ação sobre o paciente seja regular e prolongada por alguns minutos no mínimo.

Jesus porém executa suas curações sem jamais entrar em transe e se na maioria das vezes toca o paciente, as curas são instantaneas sem necessidade de prolongadas e repetidas sessões de energização com as mãos. Ainda aqui o procedimento de Jesus foge a regra estudada pelos parapsicologos.

Pois Jesus cura apenas com uma palavra ou com um toque, imediatamente. Então não parece provavel que tenha tirado algum poder natural de sua própria mente como as mediuns Pipper e Paladino; as quais executavam suas curas e fenômenos com grande esforço e sacrificio.

Teriam os possessos/alienados mentais sido curados por processo puramente natural de simulação??? Ou Lídia, a hemorroiza; sido curada por algum tipo de poder retirado da mente do Salvador?? Não serei dogmático aqui, mas direi apenas que tais processos são inuteis face a outros tipos de enfermidades e curações...

Há na cidade vizinhas a minha uma sra que em estado de transe ou excitação, tornando-se insensivel (anulação da estesia ou da sensação de dor), caminha sobre um imenso tapete de brasas vivas a cada sexta feira santa do ano; sem que com isto sofra qualquer dano. Além dos estudiosos pessoas da minha família, que moram no mesmo bairro que ela tem testemunhado o fato ano após ano...


Tantos quantos assistiram o espetáculo em questão salientam que antes de executa-lo a senhora em questão prepara-se e concentra-se, exigindo para isto certo esforço. É a auto sugestão!

Quando Jesus caminhava sobre as águas do Kinereth no entanto nada indicava que estivesse em transe ou concentrado... ou que tal demandasse grande esforço da parte dele.

Seja como for tais expedientes - naturais ou paranormais - não se aplicam de forma alguma as ressurreições obradas por Nosso Senhor.

Pois medium, charlatão, psicologo ou homem algum logrou reproduzir semelhante mistério.

Tampouco se ouviu dizer algum dia que homem qualquer tenha feito serenar uma tempestade, fosse sensitivo, charlatão, pastor ou psicologo.

Jamais se ouviu falar em peronagem que tenha dito as nuvens: Recuai e ao qual os elementos tenham imediatamente obedecido.

De fato reza uma sifra dos judeus:

"Quando o rei Massih chegar três coisas realizara: Ele abrirá o seio da mulher estéril, ele abrirá; ele governara os elementos a sua vontade fazendo chover e estiar e ele retirará os mortos de dentro da sepultura. Assim fará o rei Massih e homem algum poderá explicar o que ele realizou."

Parece-me que esta sifra dos infiéis é absolutamente perfeita.

Pois abriu o Senhor e Mestre não o seio duma mulher esteril; mas o seio duma Virgem intacta. O que é humanamente impossivel a qualquer título.

E ninguém pode explicar este mistério do ponto de vista natural.

Ele tambem fez serenar os ventos e sustar a tempestade; coisa que faculdade alguma pode explicar do ponto de vista da natureza.

Enfim ele fez ressurgir três dormentes além de si próprio. O que tampouco pode ser explicado por meio da sugestão ou de qualquer tipo de poder paranormal.

Permanecendo sua origem, seu domínio sobre os elementos, e seu 'fim' para além de qualquer tipo de explicação que desconsidere a atuação divina e sobrenatural.





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