Que imagem linda!!!
Outra censura lançada face ao Evangelho é a limitada presença do elemento natural, isto é da fauna e da flora ou de um contado mais intimo entre o divino mestre e tais seres quais sejam os animais e vegetais.
Efetivamente certas parcelas da Cristandade, mesmo da Cristandade antiga, apostólica e Ortodoxa, são caracterizadas pela falta de consciência ecológica até a mais brutal insensibilidade.
Com que amargura não nos deparamos na excelente refutação de Origenes a Celso, com uma série de fragmentos e discursos de teor anti ecológicos visceralmente anti Cristãos e dignos de um bárbaro frequentador da AdD... para os quais os animais não tendo espírito imortal, sensibilidade e intelecto, devem ser dominados e seviciados pelo homem nos termos do genesis...
Aqui Origenes toca aos fundamentalistas de nosso tempo; sempre alinhados as necessidades do liberalismo econômico...
Então nós nos separamos do grande apologista alexandrino e preferimos ficar na companhia do cismático Francisco de Assis, o qual parece ter compreendido melhor do que qualquer outro a mente de Cristo neste sentido.
Então este artigo esta destinado a medir o nível de consciência ecológica de Jesus Cristo e de seu Evangelho, o que por sinal dá no mesmo.
Acompanhe estas nossas linhas e ficará surpreendido com o que temos a revelar sobre nosso Jesus.
Num primeiro momento convem salientar que as figuras empregadas por Jesus com o intuito de ministrar seus ensinamentos foram quase que em sua totalidade extraidas do meio natural:
Quanto aos vegetais ele cita: o trigo, a cizânia, a mostarda, a figueira, a vide, o lírio, etc
Seu recanto a hora da prece é um jardim, o horto das oliveiras; em companhia das quais eleva sua alma racional.
Quanto aos animais Jesus menciona pombos e serpentes, o corvo, a raposa, o leão, os peixes, etc
E se Paulo, na esteira de Moisés, sustenta que Deus não se ocupa dos bois; Jesus assevera que ele cuida até mesmo dos mais humildes passarinhos...
Eis porque ao abençoado Mestre ao solicitar montaria determina expressamento que o jumento destinado a transporta-lo não fosse separado de sua mãe. Eis porque os santos apóstolos trazem o jumentinho na companhia da jumenta; para que esta não ficasse acabrunhada...
Creio que este passo seja suficiente para testificar a respeito do imenso amor e do carinho dedicados pelo Verbo aos outros animais nossos irmãos.
UMA NARRATIVA APÓCRIFA MAS ENCANTADORA
"Quando o Senhor Jesus completou oito anos, indo de Jericó ao Jordão, passando pelo caminho, deparou-se com uma gruta onde uma leoa amamentava seus filhotes.
E por isso mortal algum aventurava-se a passar por aquele caminho.
Ora Jesus sabendo disto entrou naquela gruta as vistas de todos.
E assim que os leões o viram começaram a bricar com ele e a render-lhe homenagens; e o casal de leões abanavam as caudas em sinal de contentamento.
Entrementes o povo que passava comentava: Quem pecou, este pobre ou seus pais para que tivesse um fim assim tão trágico??? E o povo murmurava e lamentava até que o Senhor saiu daquela caverna e toda família de leões com ele.
E vendo os leões afastaram-se todos com medo.
Então Jesus abriu sua boca e declarou:
"Mais valem este animais selvagens do que vós. Porque eles reconhecem o Criador e glorificam-no; enquanto a criatura racional disposta por Deus, ignoram-no. As feras contemplam-me e serenam, os homens mortais contemplam-me e vociferam....
E atravessou o Jordão na companhia dos leões após ter separado as águas em duas bandas; e tendo feito isto despediu os animais com estas palavras:
'Ide em paz, a homem algum ataqueis; mas que também homem algum vos maltrate ou faça mal.'
E eles saudaram-no não com voz mas com gestos, abanando as caudas e regressaram a gruta donde haviam saido e onde viviam.
E Jesus foi novamente para junto de sua mãe e parentela."
Evangelho dos Hebreus XXXIII e sg
Nós supomos que a narrativa, certamente 'desenvolvida' pelo autor tenha sua origem num evento real ou num encontro ocorrido entre Jesus e um grupo de animais selvagens.
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