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A mãe do Verbo Encarnado

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A consciência histórica do Cristianismo

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quinta-feira, 14 de março de 2013

XLIV - Aspectos da vida de Jesus: Cristo e o Reino natural, considerações ecológicas em torno do Evangelho



Que imagem linda!!!




Outra censura lançada face ao Evangelho é a limitada presença do elemento natural, isto é da fauna e da flora ou de um contado mais intimo entre o divino mestre e tais seres quais sejam os animais e vegetais.

Efetivamente certas parcelas da Cristandade, mesmo da Cristandade antiga, apostólica e Ortodoxa, são caracterizadas pela falta de consciência ecológica até a mais brutal insensibilidade.

Com que amargura não nos deparamos na excelente refutação de Origenes a Celso, com uma série de fragmentos e discursos de teor anti ecológicos visceralmente anti Cristãos e dignos de um bárbaro frequentador da AdD... para os quais os animais não tendo espírito imortal, sensibilidade e intelecto, devem ser dominados e seviciados pelo homem nos termos do genesis...

Aqui Origenes toca aos fundamentalistas de nosso tempo; sempre alinhados as necessidades do liberalismo econômico...

Então nós nos separamos do grande apologista alexandrino e preferimos ficar na companhia do cismático Francisco de Assis, o qual parece ter compreendido melhor do que qualquer outro a mente de Cristo neste sentido.

Então este artigo esta destinado a medir o nível de consciência ecológica de Jesus Cristo e de seu Evangelho, o que por sinal dá no mesmo.

Acompanhe estas nossas linhas e ficará surpreendido com o que temos a revelar sobre nosso Jesus.

Num primeiro momento convem salientar que as figuras empregadas por Jesus com o intuito de ministrar seus ensinamentos foram quase que em sua totalidade extraidas do meio natural:

Quanto aos vegetais ele cita: o trigo, a cizânia, a mostarda, a figueira, a vide, o lírio, etc

Seu recanto a hora da prece é um jardim, o horto das oliveiras; em companhia das quais eleva sua alma racional.

Quanto aos animais Jesus menciona pombos e serpentes, o corvo, a raposa, o leão, os peixes, etc

E se Paulo, na esteira de Moisés, sustenta que Deus não se ocupa dos bois; Jesus assevera que ele cuida até mesmo dos mais humildes passarinhos...

Eis porque ao abençoado Mestre ao solicitar montaria determina expressamento que o jumento destinado a transporta-lo não fosse separado de sua mãe. Eis porque os santos apóstolos trazem o jumentinho na companhia da jumenta; para que esta não ficasse acabrunhada...

Creio que este passo seja suficiente para testificar a respeito do imenso amor e do carinho dedicados pelo Verbo aos outros animais nossos irmãos.



UMA NARRATIVA APÓCRIFA MAS ENCANTADORA




"Quando o Senhor Jesus completou oito anos, indo de Jericó ao Jordão, passando pelo caminho, deparou-se com uma gruta onde uma leoa amamentava seus filhotes.

E por isso mortal algum aventurava-se a passar por aquele caminho.

Ora Jesus sabendo disto entrou naquela gruta as vistas de todos.

E assim que os leões o viram começaram a bricar com ele e a render-lhe homenagens; e o casal de leões abanavam as caudas em sinal de contentamento.

Entrementes o povo que passava comentava: Quem pecou, este pobre ou seus pais para que tivesse um fim assim tão trágico??? E o povo murmurava e lamentava até que o Senhor saiu daquela caverna e toda família de leões com ele.

E vendo os leões afastaram-se todos com medo.

Então Jesus abriu sua boca e declarou:

"Mais valem este animais selvagens do que vós. Porque eles reconhecem o Criador e glorificam-no; enquanto a criatura racional disposta por Deus, ignoram-no. As feras contemplam-me e serenam, os homens mortais contemplam-me e vociferam....

E atravessou o Jordão na companhia dos leões após ter separado as águas em duas bandas; e tendo feito isto despediu os animais com estas palavras:

'Ide em paz, a homem algum ataqueis; mas que também homem algum vos maltrate ou faça mal.'

E eles saudaram-no não com voz mas com gestos, abanando as caudas e regressaram a gruta donde haviam saido e onde viviam.

E Jesus foi novamente para junto de sua mãe e parentela."

Evangelho dos Hebreus XXXIII e sg

Nós supomos que a narrativa, certamente 'desenvolvida' pelo autor tenha sua origem num evento real ou num encontro ocorrido entre Jesus e um grupo de animais selvagens.


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