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A consciência histórica do Cristianismo

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domingo, 17 de março de 2013

LIX - Objeções evangélicas a divindade de Cristo: Deus só é bom!

Muito tem forcejado os adversários da fé nicena em deparar com objeções a doutrina da divindade de Jesus nos próprios Evangelhos.

Parece no entanto que não obtiveram muito sucesso.

Resultando de todo seu trabalho uma ou duas passagens muito mal interpretadas ou como diríamos torcidas pelo preconceito.

A primeira delas diz respeito ao dialogo travado entre Nosso Senhor e o moço rico.

"Ele se prostrou de joelhos diante dele e suplicou: Bom Mestre, que devo eu fazer para herdar a vida eterna? Jesus replicou e disse: Porque me chamas tu Bom? Ninguém é bom exceto Deus???" Mc 10,18

Apesar de primário e infantil o argumento não é novo. Empregavam-no já os filhos de Ario no século IV e ainda hoje as russelitas em suas brochuras e publicações...

No entanto entre a gente simples e sem instrução faz efeito; pois aparentemente esta Jesus declarando não ser Deus.

Alguns aqui postulam que o moço teria empregado o termo 'bom' em sentido absoluto ou como fonte de todo bem e que Jesus o teria repreendido porque embora com o corpo e com a boca reconhecera sua natureza divina; não a reconhecera com o coração, porque não cria mas fingia.

Tal explicação é falsa por diversos títulos: primeiramente porque aqui bom é qualidade ou conectivo relativo de Mestre e em seguida porque esta escrito que Jesus viu o moço e o amou; logo não havia em seu coração o propósito, característico dos escribas e fariseus, de enganar.

Todavia que se tratasse dum moço confuso e que talvez estivesse passando por um momento de crise, é indicado pelas circunstâncias do encontro e pelo desfecho.

Vem o moço pedir instruções a um Mestre chamado Jesus, a respeito do qual ouvira já coisas portentosa; em virtude das quais não sabia o que pensar; ele adota certos gestos e termos que dão a compreender que esta prestes a admitir a natureza; mas hesita, porque é judeu, então cogita que o ensino de Jesus, mesmo sendo bom e máximo grau, bem pode ser de origem humana.

Por isso Jesus lhe instrui: Se tomas meu ensino por bom como podes crer que seja de origem puramente humana? Se me tomas por Mestre infalível como podes exitar em admitir minha divindade???

Como pode ser o ensino tão excelente e infálivel sem que proceda de Deus.

Portanto se as tuas premissas estão corretas e sou de fato Bom Mestre, deixa de exitar e crê: porque excelente é só Deus!!!

Não quer Jesus dizer que não seja nem Bom, nem Mestre, nem Deus; mas que por ser Bom e por ser Mestre só pode ser Deus!!!

Com dizer que só Deus é Bom e Mestre não que negar; mas antes afirmar sua natureza divina.

A qual só seria posta em questão caso Jesus tivesse dito: Não sou nem Bom, nem Mestre; logo...

Dirá no entanto alguém que Jesus não era nem Mestre nem Bom???

Dirá o ariano que Jesus era leigo ou a russelita que era mau???

Então como sendo ele Mestre e Bom declaram que não é Deus e que esta a negar sua própria divindade???

Donde tiraram semelhante disparate se não reconhecem Jesus como inapto para ensinar ou como mau???

Era Jesus Mestre? Era Jesus Bom???

Então ele nada esta a negar...

Antes esta a dizer e declarar que é verdadeiro Deus.

Eis porque assim se exprime noutra parte: "Tendes um só Mestre o Cristo."

Logo é o Cristo Mestre, mestre infalível!!!

E ainda noutra passagem: "Eu sou o Bom pastor..."

Pelo que diziam alguns judeus: "Ele é bom..." Jo 7,12

Assim para Tiago até o nome de Cristo merece o qualificativo de bom. Tg 2,7

E Pedro (I Pe 2,3) reitera este juízo asseverando que Bom é o Senhor, no caso Jesus, a pedra repudiada...

Disto decorre que tanto Jesus encarava a si mesmo como Bom Mestre - porque entre pastor e mestre não há diferença significativa - como assim era considerado pelos apóstolos.

Donde não podemos deixar de concluir que acreditava ser divino e que os apóstolos pensavam exatamente da mesma maneira.


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