O verbo se fez carne...

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A mãe do Verbo Encarnado

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A consciência histórica do Cristianismo

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quinta-feira, 7 de março de 2013

A família do Verbo Encarnado




Desde Eras de Eras, séculos de séculos, gerações em gerações; tem ensinado a mãe Igreja, segundo a regra da piedade; que Maria foi Virgem, antes e depois de seu abençoado parto e que Jesus foi seu único fruto e filho.

Durante os primeiros séculos apenas alguns insolentes quais fossem Joviniano, Vigilancio, Helvidio e Bonoso; aos quais deram competente resposta Jerônimo de Stridon e Idelfonso de Toledo.

Convem citar aqui o testemunho de S Pedro Crisólogo:

"Tu introduzes outros filhos e filhas para assim obscurecer a virgindade da Mãe de Nosso Deus por meio de partos numerosos; sem perceber que enfraquecendo o mistério atinges o divino que há no Senhor Jesus Cristo."

Pois admitindo-se a hipótese de que a Virgem não permaneceu Virgem após o parto, pode-se muito bem cogitar que já não fosse Virgem quando concebera o Salvador...

Então se os judeus dizem: Não foi Virgem sequer antes do parto, replicamos: Até depois do parto e para todo sempre Virgem permaneceu. O que é muito mais decoroso para o mistério.

Não vou aqui entrar em detalhes a respeito do 'antes de coabitarem' ou do 'primogênito'. Tais lições poderão ser lidas em minha obra dedicada a defesa do dogma da Virgindade Perpétua da Santa Mãe de Deus.

Lá encontrarão os protestantes todas as suas alegações impuganadas e arrasadas até os alicerces.

Neste breve espaço irei direto ao assunto dos 'irmãos e irmãs' do Senhor mencionados no Santo e divino Evangelho.

Jerônimo, Tomás e os latinos porfiam em demonstrar que tais irmãos e irmãs do Senhor eram primos ou parentes seus segundo o uso corrente entre os judeus. Esta explicação é perfeitamente possível, nós no entanto optamos por permanecer estritamente fiéis a tradição primitiva e por isso admitimos que tais irmãos eram de fato irmãos e não primos ou parentes do Senhor.

Logo admitis que a Virgem gerou outros tantos filhos e filhas após o nascimento de Jesus???

Longe de nós este pensamento maligno.

Acaso protestante algum possui meios irmãos?

Como assim?

Simples: irmãos apenas por parte de um dos progenitores sejam paternos ou maternos?

Demos a palavra a Origenes:

"Ignoro quem foi o ignorante que em sua loucura negou a Maria o dom (a virgindade) que fora autorgado a seu filho, só porque após o nascimento dele, permaneceu ligada a José. No entanto aqueles que afirmam que ela teve outros filhos após o parto não teem como demonstra-lo. DESTARTE OS FILHOS DE JOSÉ NÃO HAVIAM NASCIDO DE MARIA, NEM EXISTE QUALQUER ESCRITURA QUE O DECLARE." Homilia VII in Lc

Não há como provar que tais 'irmãos e irmãs' sejam filhos de Maria, porque a expressão 'filhos de Maria'; como assevera Origenes, não se encontra presente em nossas escrituras.

No entanto para que nossa explicação, a respeito dos irmãos serem filhos de José, ser dada como falsa ou inutil, seria necessário apontar na Escritura canônica algum texto em que os mesmos personagens fossem literalmente descritos como 'filhos de maria'... Facil seria para o Espírito Santo ter registrado esta expressão tão simples e curta; ele no entanto não o fez e não o fez porque Maria jamais produziu qualquer outro Filho além do Verbo Jesus Cristo.

S Epifânio é da mesma opinião que Origenes e descreve tais irmãos, como meios irmãos ou seja como irmãos paternos e mais velhos ou seja da parte de S José.

A menos que o fenômeno dos meios irmãos seja ignorado pelos protestantes, sustentamos que tais irmãos eram filhos de um primeiro casamento de S José e que estavam já casados quando nosso Mestre veio ao mundo.

Este fato é corroborado pelo Evangelho de S João, onde é descrita uma cena em que Jesus é corrigido ou admoestado por eles a respeito de sua subida a Jerusalem. Até mesmo a escritora adventista Ellen G White, convem que na cultura judaica semelhante atitude só pode proceder de irmãos mais velhos e em hipotese alguma de irmãos mais novos.

Donde se infere, muito naturalmente que se tais irmãos eram mais velhos não podiam ser irmãos carnais do primogênito da Virgem; só restando admitir que eram de fato filhos de um primeiro casamento de S José.

Outra evidência poderosa a favor da VPM é que durante a subida da sagrada família a Jerusalem, para a apresentação do Senhor no templo, irmão algum ou filho menor é mencionado. No entanto caso houvessem filhos menores ou irmãos do Senhor por parte de Maria seria perfeitamente natural que acompanhassem os pais e o irmão mais velho a cidade santa...

Insólito seria que Maria e José só tivessem lembrado de coabitar e de gerar filhos após a apresentação do Senhor, quando ele contava com doze anos... pois admitindo-se o mínimo de quatro irmãos, deveriamos concluir que o mais velho deveria contar com cerca de 24 anos quando o Senhor iniciou seu ministério, havendo muito provavelmente irmãos bem novinhos ou como diriamos hoje, menores de idade... na ocasião.

Eis porque não poderiam ter se lhe dirigido nos termos descritos por S João, sendo ele doze anos mais velho, no mínimo.

Tudo isto toca ao absurdo.

É muito mais prudente crer que se os tais irmãos naturais não foram mencionados por ocasião da subida da sagrada família a Jerusalem é porque inexistiam. Pertencendo apenas ao imaginário da mente protestante e não a realidade.

E que não tendo existido até aquele momento inexistiram depois.

E, logo, que os tais irmãos, a todo título mais velhos, eram de fato filhos de um primeiro casamento de S José e meios irmãos do Salvador.

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