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A consciência histórica do Cristianismo

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terça-feira, 19 de março de 2013

LXXIII - Desceu ao inferno...

Morto e sepultado Jesus permaneceu assim por três dias incompletos, segundo a contagem dos antigos judeus.

Durante estes três dias esteve seu espírito vivo separado do corpo.

Curioso seria indagar por onde vagou tão nobre e elevado espírito por esses três dias.

Que teria feito a alma do Salvador?

Porque experiências teria passado o complemento imaterial de seu corpo???

Aqui as Santas escrituras lançam alguma luz.

Pois assevera o apóstolo Pedro que:

"Cristo morreu pelos pecados... mas ressuscitado pelo Espírito, em espírito foi também ele pregar aos espíritos que estavam no cárcere; os quais haviam sido desobedientes, quando Noé exortava a penitência..." I Pedro 3,19

E o símbolo: Desceu aos infernos...

Antes de tudo convém observar que a expressão desceu não pode ser considerada em sentido literal.

Descer significa entrar numa dimensão espiritual atrasada, baixa, grosseira e vulgar.




Então não podemos dizer, suster ou afirmar que o Mestre foi ter com os justos.

Porque os Justos com Dimas estavam já na comunhão divina e esfera mais elevada.

Estava o espirito de Dimas com a natureza divina do Mestre amado no paraíso prometido.

Enquanto o espírito do Mestre amado estava noutro lugar.

No 'inferno'; anunciando a possibilidade de conversão e de penitência para aqueles todos os que haviam morrido impenitentes; a exemplo da humanidade ante diluviana...

E inaugurando um ministério de salvação que se prolongara até a consumação dos tempos.

Eis porque esta passagem seria suficiente para aluir a falsa doutrina das penas eternas.

'Mansão dos mortos' foi um capicioso arranjo feito bem depois pelo tradutor... 'Traditore'...

Segundo Origenes também os apóstolos haviam exercido tais descidas as regiões espirituais mais baixas, por meio de 'missões de misericórdia' e prolongado o ofício de Nosso Senhor em tais lugares.

Como todavia um infernista fizesse observar a Agricola que Nosso Senhor 'nada tivera que fazer no 'inferno' local donde ninguém jamais se safa' e que outro ainda tivesse certificado que Jesus Cristo lá tivesse ido apenas para escarnecer e zombar dos condenados; rebateu-lhes o reformador alemão dizendo que para libertar-nos das chamas do inferno teve 'Jesus de suporta-las como um réprobo durante os três dias em que esteve morto.'. Esta doutrina tão abominavelmente suja e monstruosa conseguiu espantar até mesmo os malevolentes Lutero e Calvino, os quais mostraram-se revoltados...

Assim o abandono a que foi submetido pelo 'pai' chegou a reprovação e Jesus teve de descer ao inferno para padecer e sofrer como um condenado. Do contrário não nos poderia ter livrado de tal suplício...

Eis até onde os homens conseguem chegar levados pela cegueira espiritual...






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