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A mãe do Verbo Encarnado

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A consciência histórica do Cristianismo

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domingo, 19 de julho de 2009

Outros textos alegados pelos Kalvinyya - Mt 11,25

Não satisfeiros com os textos alegados por Calvino e Zanchius os campões do calvinismo - principiando por Beza e Knox - continuaram a juntar mais material tendo em vista corroborar a ímpia doutrina da reprovação ativa.



O primeiro texto alegado por eles é Mt 7,23:

"Então eu vos direi: jamais vos conheci, apartai-vos de mim operários da iniquidade."

Do inciso jamais concluem Calvino, Beza e Turretini que "Jamais foram conhecidos porque desde toda a eternidade os poz de lado e regeitou.".

Conclusão: Ordena que se apartem dele quando da verdade foi ele que se apartou deles primeiro. (eis como os qadaritas subvertem todo sentido do texto!)

Estendem pois o jamais ou o nunca para dentro da eternidade... entretanto sabemos que não podem receber e nem recebem do mesmo modo o resto do texto ou seja o contexto.

Tomado a parte de seu contexto a referida passagem até parece indicar um decreto de reprovação, entretanto se prestamos atenção ao contexto logo percebemos que a interpretação calvinista é insustentavel.

Começemos analisando o inciso precedente:

"Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor em teu nome pregamos, exorcisamos e realizamos prodigidios" v 22

Comecemos por indagar a respeito de que dia se refere:

Broadus e Champlinn afirmam que se trata do dia do Messias ou da segunda vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Refere-se pois aquele dia que jamais terá fim o dia do juizo derradeiro quando a consciência de cada ser humano será posta em juizo diante do Supremo artifice e legislador.

Aqui cabe uma pergunta creem os calvinistas que cada um dos réprobos - e segundo os calvinistas formam a imensa maioria dos seres humanos - terá a oportunidade de dialogar com Cristo ou que o dialogo inserido nesta passagem será entabolado de fato?




Entretanto no verso seguinte (23) o Senhor esclarece o motivo porque jamais conheceu aqueles individuos: PRATICASTES A INIQUIDADE!

Não diz: porque vos regeitei desde a eternidade.

Mas: praticastes o mal...

Entretanto como poderiam ter deixado de pratica-lo se foram anteriormente abandonados e privados da graça?

Diante disto cumpre nos perguntarmos sobre qual seja a relação existente entre as obras, boas ou más, e a predestinação?

Nenhuma respondem Calvino e Turretini...

O Senhor porém lhes responde: praticastes o mal... Dando a entender que praticaram algo que não podiam e nem deviam ter praticado.

Por isto que o Senhor lhes disse: jamais vos conheci querendo siginificar com isto que durante toda a vida eles jamais estiveram em união com ela. (Champlinn in loc).

O jamais ou nunca se refera extensão total da vida deles e não a vida de Deus.

Quer dizer que jamais haviam sido Cristãos de verdade, que jamais haviam produzido frutos nele como a árvore boa.

Conforme havia dito no verso 20, é pelos frutos que lhos conhecereis.

Jesus jamais lhos conheceu porque eles jamais deitaram frutos.

Jamais estiveram ligados a videira verdadeira pela profisão da fé e o exercicio do amor.

Diz respeito aqueles pseudo Cristãos - especialmente sectarios (pentecostais) - que professaram apenas exteriormente a fé tendo em vista a obtenção de milagres e bens materiais, aqueles que como Simão, o mago; professaram tendo em vista a glória que procede dos homens, aqueles que professaram tendo em vista a obtenção de cargos e vantagens temporais, etc

Todos estes que desceram as fontes vivificadoras tendo outros propósitos dentro da alma que Nosso Senhor Jesus Cristo e seu Reino de modo algum renasceram ou receberam a vida da alma, permaneceram mortos nos pecados e por isso Cristo lhes disse: jamais vos conheci.

Não foi ele que os desprezou, foram eles que jamais o quizeram acolher em suas almas.

Jamais estiveram nele, jamais lho receberam em si, por isso ele jamais os conheceu.

"Jamais os conheci: não os conheceu quando exorcizavam, não os conheceu faziam milagres e por isto não lhos conhece agora na eternidade." Crisóstomo





O segundo texto que empregam é extraido de Mat 11,25 sgs:

"Assim eu te bendigo meu Pai porque ocultastes estas coisas aos grandes e sabios da terra e lhas revelastes aos pequeninos."

Querendo dizer com isto que o Senhor fez os grandes e sábios grande e sábios e os pequeninos pequeninos.

Entretanto se ele os fez como são já estamos no fatalismo...

Por outro lado se afirmam que decretou a perdição dos grandes e sábios e a salvação dos pequeninos, estão afirmando implicitamente que ser grande e sábio é um demérito perante Deus quanto que a humildade ou a pobreza é um mérito.

Ou seja estão afirmando a salvação por méritos segundo a pre cognição divina.

De uma forma ou de outra este verso não se encaixa na teologia calvinista segundo a qual a eleição e a reprovação não tem qualquer relação com obras...

Só nos resta concluir que esta passagem nada tem a ver com a salvação e a vida eterna.

O que esta em jogo aqui não é qualquer decreto de predestinação.

Os grandes e sábios eram os escribas e fariseus - Crisóstomo Homil 38,1 - cujos corações endurecidos pelo amor as riquezas e a glória que recebiam uns dos outos, não estavam dispostos para os mistérios divinos.

Assim sendo o Pai das luzes e seu filho Bendito, conhecendo as más disposições deles, dirigiram-se aos pequeninos, ou seja a doze pescadores pobres e humildes aos quais foram revelados as riquezas da glória eternamente ocultas.

Por isso disse no verso décimo sétimo: "...e aqueles a quem o Filho desejar revelar-se."

Não desejou de forma alguma revelar-se aos lideres dos judeus antes da hora, pois sabia que eles haveriam de regeitar suas doutrinas e de executa-lo como sedutor do povo. Conhecendo de antemão a má vontade deles, sua avareza, seu orgulho e sua vaidade não quiz entreguar-lhes as pérolas do Reino.

Pois caso tivesse procedido assim teria lançado sementes em solo inadequado a germinação e permitido que as jóias fossem pisadas pelos porcos.

Ocultou pois suas pérolas e jóias pondo-as fora do alcançe dos profanadores e blasfemos.






- Alegam em seguida Lc 12,32:

"Não temas pequenino rebanho pois foi do agrado de vosso Pai dar-vos o Reino."

Desta passagem concluem os calvinistas que o rebanho sempre permaneceria pequeno.

Deveriam concluir antes que apenas e tão somente os doze apóstolos alcançariam a salvação e a vida eterna.

De fato aquele rebanho ao qual foram dirigidas estas palavras, contendo menos de cem pessoas, era assaz pequeno.

Tão pequeno como uma semente de mostarda...

Entretanto esta escrito que: "E eis que se converte na maior das árvores do campo e todas as árvores vem ser abrigar debaixo de seus galhos."

Conforme já os profetas havia dito: "Eis que minha casa será casa de prece para todos os povos.

Ademais - se levamos em conta a infinitude daquele que fala e a multidão dos mundos que produziu (diz: "pequeno rebanho" porque o rebanho celeste dos anjos é muito superior em número ao rebanho terrestre dos homens> Theophylacto de Ochrida) - este mundo inteiro não passa de um diminuto rebanho ou mesmo duma única ovelha perdida.

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