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A consciência histórica do Cristianismo

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domingo, 12 de julho de 2009

Os textos de Zanchius VIII

12) Em seguida alega Ef 1,3 sgs:

"Bendito seja aquele Deus e Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo que nos abençoou com todas as bençãos espirituais para os lugares celestiais por Cristo Jesus.

Como nos elegeu antes da criação do mundo para que fossemos santos e irrepreensiveis diante dele no amor.

E nos predestinou para filhos adotivos em Jesus Cristo, para si mesmo, segundo a benevolência de sua vontade."




Mais uma vez nada de números, quantidade, restrição, regeição, reprovação ativa, graça preveniente, virtudes sobrenaturais infusas, etc

Apenas e tão somente eleição e sempre poderemos alegar como de fato alegamos que a dita eleição é geral ou universal ou seja pertinente a todos os seres humanos.

Como não há restritivo em nenhum dos versos supracitados cumpre aos calvinistas nos apontar os textos em que a regeição ou a reprovação ativa é claramente afirmada ou o número dos eleitos numerado e limitado.

Do contrário continuaremos sustentando que os santos remidos são eleitos em ato, que assumiram sua condição de eleitos e fizeram juz ao chamamento divino, enquanto que os demais são eleitos em potência com possibilidade de vir a corresponder em qualquer tempo futuro.

Embalde os calvinistas procuram lançar poeira em nossos olhos afirmando que diversas partes da escritura dizem respeito a perdidos, condenados e não salvos.

Entretanto uma coisa é a existência de perdidos e outra totalmente distinta a eternidade da perdição ou a predestinação para ela.

Que pessoas saiam deste mundo apartadas de Cristo numa situação de castigo espiritual sabe-mo-lo muito bem.

Que tais penas e punições sejam eternas é o que se deve provar de modo claro, sem fazer petição a traduções bastardas...

Que haja reprovação ativa é o que se deve provar de modo claro, sem se recorrer a 'traduções' humanas...

É justamente o que esperamos...

Do contrário diremos que tais pessoas também foram eleitas juntamente com os santos, mas que se recusaram livremente a corresponder a eleição geral.

Da existência de réprobos não se pode deduzir por qyas a reprovação ativa pois a causa da reprovação sempre poderá ser a opção livre dos reprobos e não a vontade divina.

A razão porque a escritura se refere geralmente aos eleitos em ato ou correspondentes, ou seja, aos santos, e ignore os eleitos em potência é facil de se comprrender, se levamos em conta que os eleitos em ato são os membros ativos da Igreja enquanto que os eleitos em potência ainda estão fora dela...

Para os eleitos em potência resta apenas o convite ou o anuncio, pois segundo o apóstolo não cabe a ele julga-los. Não são pois objeto de suas cartas e das escrituras canônicas.

As escrituras só se referem extensamente aqueles eleitos que tendo professado a fé e descido aos águas fizeram juz a eleição divina.

Conclusão: enquanto não nos depararmos com textos explicitos referentes a um decreto de reprovação da parte de Deus continuaremos insistindo que a reprovação é pura e simplismente uma não aceitação ou regeição da eleição divina por parte do individuo.

Logo admitindo a reprovação de alguns não admitimos que ela corresponda a vontade de Deus. E menos ainda que ele seja a causa ativa e positiva da mesma.

A reprovação ocorre justamente por oposição da vontade humana com relação a vontade divina. Há pois um choque entre a boa vontade de Deus e a liberdade humana ou melhor o abuso que se faz da mesma.





Trata pois neste trecho dos eleitos em ato ou correspondentes, sem negar que os demais seres humanos também tenham sido eleitos, e que, neste caso são eleitos em potência ou não correspondentes.

A interpretação semi-pelagiana ou arminiana do texto é perfeitamente compativel com a sinaxe grega e favorecida, ademais, pela tradição apostólica de todas as igrejas orientais, católicas e ortodoxas.

Não temos pois que baixar nossas cabeças diante de calvinista algum.

Ou nos mostram as evidências literais no original ou fiquem calados.

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