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A mãe do Verbo Encarnado

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A consciência histórica do Cristianismo

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sábado, 25 de julho de 2009

O textos de Loraine Boettner IV - Atos 13,41 > A farsa calvinista




"A dissimulação engendra o ódio."





Cita por fim a Atos 13,41:





"Desprezadores pasmai e morrei de espanto. Pois vou realizar uma obra espantosa em vossos dias, obras em que não crerieis se alguém vo-la contasse."





E comenta sem a menor cerimônia: Eles são chamados a ver tais coisas apenas de modo externo, pois haverão de permanecer em seus pecados.





Gostei do comentário: CHAMADOS PARA VER AS COISAS APENAS DE MODO EXTERNO.





Pois na verdade estão impedidos de ver, de ver em verdade justamente por aqueles que os chama...





Estando impedidos de ver a verdade são chamados: para ver uma aparência de verdade.





Tal o cárater do deus calvinista não é apenas cruel, sádico, mesquinho, insensivel, despótico, mas sobretudo HIPÓCRITA, FINGIDO E DISSIMULADO.





Pois tendo presdestinado parte dos homens ao castigo eterno DEVERIA - POR UMA QUESTÃO DE COERÊNCIA - DETERMINAR A EVANGELIZAÇÃO APENAS E TÃO SOMENTE DAQUELES QUE PREDESTINOU E NÃO A DE TODOS OS HOMENS, PARTE DOS QUAIS ELE MESMO EXCLUIU E IMPEDIU DE CORRESPONDER.





O único modo de classificar esta atitude sua é como: farsa, encenação, teatro, engodo...





Pois determina que todos sejam evangelizados impedindo ele mesmo parte dos evangelizados de corresponder a evangelização que ele mesmo determinou...





Ordena a evangelização de todos e impede a salvação de todos.





Quando poderia caso quizesse ter determinado apenas e tão somente a evangelização daqueles que lhe pertence.





Donde o aspecto universal da evangelização - cada criatura e todas as nações - é ficticio ou aparente e não real.





A única evangelização real é a dos predestinados ou eleitos. A dos réprobos é de mentirinha ou de brincadeira...





Imagine que vôce mesmo tenha optado porque um de seus filhos tenha nascido com as pernas atrofiadas e determinado que viva preso a um leito.





Num belo dia vôce reune seus filhos em casa - os sãos e o aleijado - com o objetivo de dar-lhes uma barra de ouro a cada um deles, com a condição de que fossem até sua mesa retira-la.





Sabendo que seu filho aleijado não poderia cumprir com a condição estipulada vôce, mesmo sendo um homem limitado, lho convidaria a vir pegar a barra?





Certamente que não pois sabe que seria um constrangimento inutil ou melhor puro sadismo e não é comum que os pais humanos sejam sádicos para com seus próprios rebentos...





Entretanto o deus calvinista faz assim mesmo convidando seus filhos aleijados - que abandonou a paralisia - para que venham tomar posse de algo de que não são capazes de tomar posse...





Não satisfeito em excluir tantos filhos da vida eterna o deus calvinista faz questão de zombar deles convocando-os cinicamente para que venham tomar posse dela.





Este é o verdadeiro sentido da expressão "modo externo" chamar "externamente" é determinar algo que não pode ser feito ou determinar algo que se impede previamente de ser realizado...





Acaso vôce mandaria seu cão voar ou seu peixinho caminhar sabendo que voar ou caminhar não pertence a natureza deles?





Claro que não.





E mesmo assim vôce é um ser imperfeito...





O deus calvinista entretanto manda oferecer prêmios a naturezas que estão incapacitadas de obte-los...





Nada mais patético do que oferecer um paraiso a pessoas que se lançou ao inferno.




















Diante da malignidade corrente entre os calvinistas cumpre esclarecer mais uma vez que estamos diante doutra passagem que não pertence a pena apóstolica ou melhor dizendo a uma pena 'Cristã' e sim diante duma passagem pertencente ao testamento abolido dos hebreus, se bem que a pena profética. Pois trata-se duma sentença extraida de Habacuc 1,5





Não estamos pois diante de palavras de Jesus e tampouco de algum de seus apóstolos.





Já ouço o calvinista gritando a plenos pulmões: Sofista, acaso Paulo não é apóstolo, acaso não se trata de Paulo citando ao profeta ou de Paulo empregando Habacuc?





Portanto não é a autoridade do apóstolo que desprezas ao desprezar esta passagem?





Acontece que não desprezamos a passagem empregada pelo apóstolo, o que desprezamos é a apenas e tão somente a interpretação calvinista da mesma, inda que firmada no sentido original das palavras de Habacuc...





Queremos dizer com isto que os profetas nem sempre estavam cientes ou perfeitamente cientes sobre o conteúdo das profecias que recebiam.





Tal o caso dos sacerdotes que narraram a tomada de Jericó e referiram ao pedaço de pano vermelho pendurado por Raabe no teto de sua casa, o qual serviu como sinal de remissão a si e aos seus... para os sacerdotes a importância estava no 'fato' e nada sabiam para além dele.





Para nós entretanto e para a humanidade que proveito trâs este fato em si?





Nenhum, como assinalou o grande Origenes.





Por isso que todos os Padres a começar por Clemente romano, Hipótilo, etc viram neste pano o sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo, sinal de vida eterna para os que são de sua casa.





Alem disto os videntes do passado por vezes alteravam a forma dos oraculos comunicados e misturavam-nos com suas próprias crenças ante-cristãs.





E quando encetavam interpreta-los incorriam em erros.





Tomas de Aquino da parte dos Cristãos e Iben Khaldun da parte dos muçulmanos tendo estudado a fundo o cárater das profecias dissertaram magnificamente sobre a compreenção dos profetas.





E tiveram de admitir que a profecia só pode ser conhecida após sua realização.





Quanto as profecias expelidas pelos profetas hebreus e sibilas pagãs, todas foram comunicadas por Cristo, em Cristo e para Cristo, com o objetivo anunciar sua vinda e suas obras.





Não prestam pois como fundamento imediato a doutrina Cristã, mas apenas e tão somente de fundamento mediato e indireto.





Pois testificando sobre a natureza do Mestre divino testificam igualmente sobre a doutrina ensinada por ele.





Donde as profecias afirmando a preexistência, a eternidade e a divindade do Verbo, dão suporte a infalibilidade da doutrina enunciada por ele.





A doutruina dele entretanto não esta contida nas profecias, mas nos santos e divinos Evangelhos.





Eles e tão somente eles são o receptáculo da doutrina Cristã e a palavra pura e perfeita de Deus encarnado.





De modo que os apóstolos tiveram que 'recorrer' diversas vezes a 'aplicação' com o objetivo de fixar o verdadeiro sentido das profecias, independentemente do sentido original.





Pois quando em exodo 12,46 os sacerdotes determinaram que 'nenhum osso fosse quebrado' nenhum deles teve diante de si o Cristo crucificado, mas o cordeiro material que todos os anos imolavam por ocasião da velha páscoa.





E quando Caifaz vaticinou 'Que morra um só para que não pereça o povo' sua intensão não foi dissertar sobre o dogma do resgate...





Tudo isto foi aplicação.





Aplicação empreendida pelo Espírito Santo, sem fazer caso do sentido original...














Suponhamos pois que neste passo o sentido original disse-se respeito a algum decreto de reprovação, estariamos nós então obrigados a professa-lo?





Não, de modo algum ao menos que o próprio Cristo lho tivesse sancionado e conferido uma chancela divina.














Entretanto se fazemos caso do sentido histórico da passagem percebemos que diz respeito a vinda temporal dos caldeus e não a salvação ou a vida eterna.





Nada há no primeiro capítulo de Habacuc que diga respeito ao decreto perpétuo de nossa eleição, quanto mais a um suposto decreto de reprovação, o qual só existe dentro das cabeças vazias dos calvinistas.














Resta-nos examinar o contexto em que Paulo recorre a dita passagem do profeta para buscar o sentido da 'aplicação' uma vez os caldeus já não exerciam poder algum no século primeiro desta era.





Examinemos pois o verso precedente:





"CUIDAI POIS QUE NÃO SE SUCEDA CONVOSCO O QUE FOI VATICINADO PELO PROFETA."





Posto está que não tem em vista qualquer decreto ou predestinação para o pecado.





Pois sendo a predestinação fatal e inevitavel não teria dito:





CUIDAI PARA QUE NÃO SE SUCEDA o que equivale a: PROCURAI EVITAR.





É pois a incredulidade evitavel e não inevitavel.





Livre e não predeteminada ou fatal.





O que concorda com o oráculo, pois principia com estas palavras: Desprezadores pasmai e morrei de espanto.





Refere-se pois a desprezadores ou seja a homens que desprezaram ou que foram agentes e autores do desprezo.





E não a homens desprezados ou abandonados por Deus. Pois do contrário teria dito:





"Desprezados - por deus - pasmai e morrei de espanto." e o calvinismo estaria vindicado...





E continua: "VOU EMPREENDER UMA OBRA ESPANTOSA EM VOSSOS DIAS."





Tendo em vista a destruição de Jerusalem pelos romanos em 70 d C e o crescimento da igreja entre a gentilidade, obra verdadeiramente espantosa aos olhos dos hebreus daquela geração.





E certamente nenhum daqueles que estavam a ouvi-lo haveria de crer que o Templo seria incendiado, o sacerdócio desaraigado e a igreja Cristã completamente desvinculada do Judaismo...





(Tal o parecer do grande Champlinn)





Cremos entretanto que a 'obra espantosa' vaticinada pelo profeta seja a encarnação do Verbo, na qual os judeus não creram embora o Senhor lha tivesse anunciado ou contado com séculos de antecedência.





Querendo com isso alertar aos catecumenos da gentilidade para que não imitassem a incredulidade dos hebreus diante dum mistério assim tão profundo.

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