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A consciência histórica do Cristianismo

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terça-feira, 21 de julho de 2009

Obras de Toplady, Berridge e os Hill

Após o francês Calvino e os italianos Zanchius e Turretini, o quarto evangelista do qadarismo 'Cristão' é o inglês Augustus Montague Toplady, o qual em sua obra "Vindicação do decreto" após elencar os textos de praxe - Mt 7,23 & 24,24; At 4,27 & 13,48; Rom 9,1sgs; I pe 2,8; Jd 4 e apoc 13,8 (citou todos os textos fortes ou possiveis exceto II Cor 4,4 e Fil 1,28) - logrou adicionar mais quatro, dando manifesta prova de amor para com a falsa doutrina.

Examinemos pois as arguições de Toplady como temos examinado as de Calvino, Zanchius e Turretini. (quanto as obras de Berridge e Everton e dos Hill são mais panfletos do que outra coisa empregando muitos sofismas, muitos ataques pessoais a Wesley aos seus e pouquíssimas referências).


- Sua primeira referência é extraida da messe evangélica.

Trata-se de Mat 10,5: "Jesus enviou estes doze e lhes ordenou e disse: não tomeis o caminho da gentilidade, nem entreis nas cidades de Samaria."

Significarão tais palavras que Jesus decretou a perdição ou condenação dos gentios e dos samaritanos desde toda eternidade?

Para Toplady e os seus sim. Até nesta passagem totalmente alheia ao tema em questão eles são capazes de enchergar um decreto reprobatório...

Tal o poder da vontade e das idéias fixas.

Todo calvinista, como megalomaniaco que é, prentende ser especial, privilegiado, excepcional, eleito... e encara todas as palavras e expressões da Escritura canonica sob este prisma...

Entretanto ao ser - como hebreu que era - excurraçado de um dos povoados dos samaritanos não lhos destrói com o sopro de sua boca como desejava os apóstolos Tiago e João, animados pelo espírito calvinista. Posteriormente ele mesmo iniciou a evangelização daquelas terras começando por Sicar, a qual foi completada pelo Diacono Filipe e coroada pelos apóstolos Pedro e João.

Não desprezou a ninguém, seguiu porém um plano previamenre traçado: minhas testemunhas sereis na Judéia, na Samaria e os confins da terra. Assim primeiramente - através das parabolas - convocou os judeus cujos corações estavam voltados para o bem, depois os samaritanos que são os israelitas do Testamento abolido e que havia sido burlados pelos sacerdotes judeus em seus direitos e por fim aos pagãos dos quatro cantos do universo.

Conforme dissera: Ide evangelizar a toda criatura...

O estudo do Evangelho nos mostra que o anuncio do Evangelho foi progressivo, porquanto ele foi ministrado primeiro ao povo - Por isso que Jesus a principio evitou os judeus e pagãos, já por condescêndencia já para provar a intenção deles - depois aos samaritanos - conforme os hebreus tomando consciência de sua doutrina iam em numero cada vez maior tomando posição contra ele - e enfim aos gregos. Por isso quando os gregos vieram ter com ele teve certeza de que era chedaga a sua hora.

Efetivamente a cleresia hierosolimitana, percebendo seus flertes com os samaritamos e gregos, seus ataques a simônia, o portento de suas obras, o crescimento de sua glória, etc decidiu sumprimi-lo.

Não regeitou pois aos samaritanos e gentios, antes determinou acolhe-los todos em seu Reino que é a Igreja, sabendo que haveria de ser regeitado pelos judeus. Antes porém dedicou algum tempo exclusivamente a eles, para satisfazer a justiça e dar oportunidade aos que mereciam.

Nada nesta passagem alude a econômia invisivel da salvação mas apenas e tão somente ao roteiro de missões traçado para os apóstolos e a igreja.

Na verdade ao conceder algum tempo aos judeus particularmente, estava assegurando a universalidade do anuncio vindouro, conforme sabia antecipadamente que a grande maioria dos judeus não seria capaz de aproveitar o tempo que ele lhes dedicara e reservará.

Agiu deste modo para que ninguém possa argumentar: não fez pelos hebreus tudo quanto poderia ter feito ou ainda traiu-os em suas esperanças.

Pelo contrário, como esta escrito ele tudo fez por sua vinha...

Ela é que não quiz retribuir o que ele havia feito por ela.

Assim a esterilidade procede da vinha apenas e não do divino viticultor.

Segundo o "Kerigma Petrou" Jesus e seus apóstolos anunciaram o Evangelho aos hebreus durante cerca de doze anos incompletos, a contar do inicio da pregação do Senhor até o recebimento de Cornélio.


"Não se opõe este preceito ao estoutro: 'Ide e ensinai todas as nações da terra.' pois isto lhe foi dito depois da ressurreição e aquilo depois. Convinha que o Evangelho fosse publicado antes aos judeus a fim de que não se desculpassem alegando que tinha sido afastados dele em favor dos samaritanos e pagãos." Jerônimo in loc.

"Envia-os primeiramente a judeia, como uma escola, para que nela exercitados, aprendessem a lutar contra todas as nações e povos, assim tratava-os como débeis passarinhos que a mãe exercita no voo." Crisóstomo, Homil in Mt 32,2

"A lei devia merecer a preferência do Evangelho, para que Israel não pudesse encontrar desculpa para seus crimes, conforme fora com mais empenho exortado e chamado a correção." Hilário in Mt 10

"Havia certamente entre os judeus alguns que mereciam ser admoestados por ele." Gregório Dialogos in Homil 4,1

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