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A mãe do Verbo Encarnado

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A consciência histórica do Cristianismo

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terça-feira, 7 de julho de 2009

O derradeiro refúgio dos Qadaritas










Como tivemos ocasião de certificar, firmados não em parte isolada, mas no contexto da escritura santa e canonica, nem no Evangelho nem na Epistola aos Efésios há sombra ou vestígio de predestinação nos termos de Calvino.


No primeiro texto que é capital enquanto pertencente ao Evangelho da Verdade, no qual não há dolo ou imperfeição lemos efetivamente que o Pai encaminha o homem a presença do filho para que ele tome posição.


Entretanto o mais importante não é o que o texto diz mas o que o texto não diz, porque justamente o que o texto não diz constitui o Calvinismo:


- Que o Pai guia internamente os eleitos.


Como tal encaminhamento do homem é feito o Senhor não lho declara entretanto sabemos que o caminho de Deus para que o homem conheça o Verbo e vá até ele é o caminho externo das profecias e vatícinios e hoje a ação da Igreja que é orgão do Espírito Santo.


O homem é esclarecido pelos oráculos proféticos e exortado pela Igreja.



- Que a ação do Pai constitui em infundir o conceder o benefício da fé ou duma graça preveniente.



De fato Jesus não disse: quem foi ensinado pelo Pai, cre em mim e se salva, mas VEM A MIM, quem foi entregue pelo Pai, cre em mim e se salva, mas VEM A MIM...


Não se trata de decreto para crer mas de informação ou orientação para crer ou não crer.


Trata-se do conhecimento de Cristo e não de destino ou coerção interna.



- Que alguns poucos são os guiados ou predestinados ao conhecimento de Cristo e outros a ignorância dele e a perdição.


Entretanto Jesus declara no mesmo evangelho: "Quando for erguido no madeiro atrairei a mim todas as coisas." Jo 12,32


Que coisas?


Os homens todos porque são os únicos seres que do Pleroma estão apartados pela vontade.


Entretanto ele lhos convoca a todos: Vinde a mim todos vós que estais cançados e oprimidos e eu vos alijarei.


E de fato os padres referem que por todas as coisas devemos compreender aqueles todos que jaziam cativos antes da Encarnação do Senhor, conforme esta escrito:


"Subindo aos céus levou cativo o cativeiro."


Querendo signficar por cativeiro todos e não apenas parte dos cativos?


Pois se leva consigo o cativeiro onde ficariam o 'resto' dos cativos?


Portanto não há resto de cativos, mas libertação geral.


Por isso disse noutro passo: "Lhe retirará as armas todas e todos os despojos porque é mais forte do que ele." Lc 11,22


Os despojos são os homens esmagados pelo jugo do pecado e aos quais ele oferece a alforria.


Sem entretanto quebrar suas liberdades como assinalam Crisóstomo, Teodoro de Heracléia, Eutímio Zigabeno e o grande Teophilacto em seus comentários a esta passagem. (Jo 12,32)


Portanto todos são predestinados, ensinados e enviados pelo Pai, acolhidos, aliviados e protegidos pelo Filho, agraciados e capacitados pelo Espírito Santo, porque a vontade e a ação do Único é Única: a salvação do gênero humano e não a de alguns privilegiados apenas.





Depois analisamos o prólogo de Efésios a respeito da predestinação segundo a qual os santos foram desde sempre convocados a santidade pelo Beneplácito divino e vimos como o expositor francês omitiu o resto do prólogo, resto em que o apóstolo Bendito alude a universalidade de da eleição.


E explicamos que do fato de que parte dos eleitos não corresponde a eleição não significa que não tenham sido eleitos ou regeitados pelo beneplacito divino, mas apenas e tão somente que dela declinaram por livre iniciativa.


Não foram regeitados pelo Pai e tampouco pelo Filho e o Espírito Santo, mas regeitaram eles memos a oferta divina.




Conclusão: nem um texto nem outro servem de base a superstição quimérica dos qadaritas.





Cumpre agora atacar o derradeiro bastião donde se refugiaram os adeptos do decreto.


Acossados de fortaleza a fortaleza refugiaram-se nas palavras mais complexas e obscuras do santo apóstolo como sendo sua última tabua de salvação.


Não retrocederemos nem hesitaremos diante do desafio, com toda paciência e habilidade analisaremos ainda este trecho das escrituras convecidos de que é ainda mais fragil que os precedentes e de que não passara pela crítica contextual.





Romanos IX -



Antes de inicarmos a exposição deste trecho da carta do abençoado Paulo ao povo de Roma convem assinalar que admitida a tese que o referido trecho parece favorecer a teoria da predestinação (verossimilhança) estariamos diante duma 'ilha contextual' identica aquela apontada pelos calvinistas com relação ao 'juizo investigativo' postulado pelas adventistas ou a classe dos "Jonadabes" postulada pelas Testemunhas de Jeová.


Por isso que todos os livros sérios de hermeneútica publicado pelos protestantes a começar por Conibeare, Horne, Orme, Sanday, etc asseveram que não é possivel firmar doutrina essencial a salvação fundamentado num único versículo das escrituras.


Mormente quando não temos certeza absoluta sobre seu significado, permenecendo alguma obscuridade e quando ele contradiz formalmente o siginificado inequivoco de um número muito superior de versiculos, trechos e passagens, que no presente caso testemunham unanimemente em favor da liberdade e do arminianismo (ou semi-pelagianismo como se diz).


Neste caso, como sentenciou o Bemaventurado Agostinho - autoridade repetida e continuamente citada por Calvino em suas Institutas (sua tradição) - em seu livro "Da doutrina Cristã" devemos admitir que não conseguimos penetrar o sentido do texto ao invés de apresentar um sentido que contradiga o sentido inequivoco das demaos partes da Escritura Santa e de algum modo contribuir para que os infiéis apontem contradições nas mesma escrituras inspiradas e infaliveis.


Portanto mesmo que o presente texto aparentemente favorece-se a tese dos calvinistas eles não tirariam proveito algum ou mereceriam a pecha de fariseus hipocritas por apontarem nos sectários métodos que eles mesmos empregam firmando doutrinas estranhas com base em um único texto isolado e incerto.


Sustentamos e pretendemos demonstrar sem embargo que tal não se dá e que o texto nem em sombra de aparência favorece a teoria do qadar, mas antes, que minuciosamente analisado, parte por parte - como o próprio Calvino costumava recomendar aos papólatras - impugna-a.






- Tradição de quem de Cristo ou dos rabinos dos infiéis.




Antes de entrarmos no âmago da questão sobre o sentido deste verso somos obrigados a entrar na liça sobre uma questão bastante delicada e espinhosa sobre o conteudo o substrato cultural judaico presente nos escritos dos apóstolos.


Efetivamente quando estamos no terreno do Evangelho não há problema algum, pois sabemos que cada palavra ou sentença de Cristo é verdadeira palavra de Deus, não os exemplos culturais que ele extrai do judaismo, como á fábula de Jonas no ventre da baleia/peixe (quasquasquas) mas o conteúdo e mensagem da sagrada ressurreição, este dogma de fé para o povo Cristão.


Todo conteudo ou mensagem procedente do Verbo perpértuo e despojado das cascas judaicas é palavra infalivel de Deus.


Na palavra bem compreendida ou melhor no ensino de Jesus não há dolo.


Entretanto o mesmo não se sucede com os abençoados apóstolos, os quais só fazem juz a inspiração e a infalibilidade quando seus ensinamentos e lições procedem de Jesus e não da cultura, dos costumes, das fábulas e crenças dos antigos hebreus as quais não nos sujeitamos nós que estamos sobre o senhorio do Verbo Filial.


E não nos sujeitamos porque esse mesmo Verbo, por meio de seu apóstolo disse:


"POR MOISÉS VEIO A LEI, POR CRISTO A GRAÇA E A VERDADE."


Batam pois os calvinistas os pés e gritem entretanto Moisés e seus servos - Lutero bem o sabia quando mandou Moisés a Sinagoga - nada sabiam sobre a verdade Cristã e nossos artigos de fé.


Nem patriarcas, nem profetas e tampouco os rabinos e doutores da sinagoga são mestres em matéria de religião Cristã.


Eles são como setas ou placas que nos apontam o grande e supremo Instrutor: Jesus.


O Cristianismo não é uma seita ou apendice do judaismo mas novo sistema e econômia diretamente revelada pelos céus, baixada e procedente do Pai luminoso através daquele Verbo que tudo quanto dele ouviu em seu seio comunicou aos Santos uma vez para sempre.


Nem houveram verdadeiras comunicações de doutrina antes do advento de nosso abençoado Mestre e tampouco novas comunicações ou revelações suplementares - como supõe os papistas com seu Sagrado coração de Jesus e suas aparições marianas (tudo fruto de alienação mental), os sectários adventistas, jeovistas, mormons, etc e os pentecostais - após a morte do presbitero João e de Aristion que foram as últimas testemunhas oculares da palavra.


O próprio Calvino admitiu - ja nas Institutas ja nos comentários - que todas as supostas 'provas' sobre a Trindade no Testamento Velho eram insustentaveis e falsas (reconhecendo portanto que os hebreus nada sabiam sobre o dogma centra e basilar de nossa religião Cristã) merecendo ser classificado pelos papistas como ariano ou unitario, o que de forma alguma era pois fez arder na fogueira ao unitário Servet e denunciou as incongruencias do pseudo simbolo de Atanasio ou Qui Qum Que símbolo inquinado de erros dos quais os papistas e anglicanos se servem.


Desgraçadamente os sucessores de Lutero e Calvino tomaram a cado a invia tarefa de 'Cristianizar' os antigos hebreus indo buscar em seus escritos lições sobre a Trindade Santa, a salvação, os sacramentos, etc


Assim muita poeira tem sido espalhada sobre a sã doutrina e o sucesso das seitas é o fim de tudo isto conforme as seitas de hoje tem preferido o Velho Testamento aos escritos de Paulo enquanto mais extenso e mais complicado ainda. E assim vão forjando sistemas e doutrinas judaizantes e demolindo a especificidade Cristã.


São, como já o dissemos muitas vezes, a porta da mesquita, da sinagoga e do ateismo.


Assim não podemos nem devemos associar impunemente o judaismo ao Cristianismo e as fabulas e doutrinas judaicas ao Credo. O judaismo não passou de sombra, figura, vapor e vestibulo para a revelação plena e verdadeira.


A fonte do ensino Cristão são os escritos Cristãos em especial o Evangelho, somos pois e nos apresentamos pois como evangeliocentricos e não como petristas ou paulinistas.





Entretanto a pena apostólica não permanece a parte da polemica anti-judaizante porquanto seus portadores não foram apenas discipulos de Cristo e ouvintes seus, mas também judeus e de mentalidade judaica.


E devido a essa mentalidade dura e limitada muitas vezes suas opiniões e crenças se chocaram frontalmente com os ensinos de Jesus.


Enganados pelos rabinos e sacerdotes isentos da Verdade eles não podiam admitir a morte e ressurreição do Rei Messias, a espiritualidade do Reino, sua comunhão com o Pai e o Espírito Santo, etc


Diante disso só restava a Jesus desabafar exlamando: Ó gente tarda de pensamento!


Apesar disto cuidam os protestantes que após pentecostes todas estas limitações foram superadas conforme sua mentalidade mágico/fetichista.


Entretanto não é o que referem as Santas escrituras.


Jesus mesmo havia dito que o Espírito Santo havia de completar a obra iniciada encaminhando o colégio apóstolico a verdade plena.


Por verdade plena devemos compreender duas coisas:



I) A condição fragil do homem devido ao pecado ancestral e ao mau exemplo dos pais e a necessidade da graça para se realizar o bem e cumprir o dever.


II) A separação da Igreja da sinagoga com todas as consequências decorrentes:


- Ritos, sacramentos e hierarquia especificamente Cristãs e sem quaisquer vinculos com a sinagoga.


Mesmo após a instrução que lhes fora dada por Jesus durante os quarenta dias que precederão sua ascenssão, os apóstolos não foram capazes de compreender estes mistérios e permanecerão naturalistas e submissos aos ministros e ritos judaicos.





Paulo foi o instrumento através do qual o Espírito Santo orientou e esclareceu aos santos com relação a graça e a condição transitória dos ministros e ritos judaicos.


E sabemos que sua instrução só foi recebida e acatada após feroz controvérsia com os judaizantes.


Judaizantes que resistiram durante toda vida a seu ministério, que formaram partido ao lado de Pedro e que por fim abriram seita própria, a dos ebionitas.




Portanto as escrituras santas e canônicas do Novo Testamento nos descrevem um crescimento progressivo da verdade até o momento em que o templo foi destruido e o ensinamento de Paulo sobre o pecado ancestral, a restauração e a graça triunfou.


Devemos portanto nestas escrituras discernir onde a palavra de Deus é meramente narrativa e onde é autoritativa enquanto emanada de Cristo.




Afinal o próprio Paulo era também ele um judeu, fariseu filho de fariseu, em parte a frente do seu tempo, mas em parte limitado também.


Paulo como todos os apóstolos referem geralmente a doutrina de Cristo, as vezes porém, de par com ela referem a costumes e fabulas judaicas peloas quais estavam culturalmente condicionados.


Pois o anuncio e a formação da Igreja não ocorreram foram de um quadro ou contexto cultural como pensam os fundamentalistas imbecis.


Ora tal contexto ou quadro cultural - no caso judaico - não faz parte da divina revelação, mas é como uma ganga ou casca que lha envolve. Devemos como já foi dito tentar extrair o sentido espiritual e religioso (no caso cristão) e descartar a letra morta ou casca.


Paulo não constituiu um caso a parte no que diz respeito a tais residuos culturais pois era homem como nós e o homem só existe dentro de uma cultura que não é revelada.


No caso da cultura ser revelada convidamos nós na esteira dos batistas convidamos aos calvinistas e pentecostais e sectarios todos que restabeleçam todos os costumes do mosaismo sem omitir um único ponto.


Sabemos todavia que sectário algum tem sido capaz de restabelecer todos os costumes e praticas culturais do Novo Testamento, quanto mais os do mosaismo...


Apesar disto Paulo não é apenas ouvinte e aluno de Cristo mas também ouvinte e aluno de Gamaliel e dos fariseus dos quais recebeu muita coisa como por exemplo os nomes de Jamnes e Iambres, jamais citados pelo divino Mestre ou a ele atribuidos.


É possivel que neste passo os calvinistas estejam a clamar contra nós dizendo que negamos a inspiração das Escrituras.


Longe de nós.


Como Teófilo de Antioquia veneramos respeitosamente os escritos inspirados.


Mas não como os calvinistas ou seja como algo verbal, linear e pleno.


Cremos que o Novo Testamento é a palavra de Deus ou melhor o ensino de Deus na medida em que contem e expressa a palavra ou o ensino de JESUS CRISTO e não dos sacerdotes e rabinos judeus com suas fábulas e tradições mortas.


Cremos que o Novo Testamento é bastante cheio de palavras divinas enquanto cheio de palavras e ensinos de Cristo aos quais nos submetemos com toda reverência.


E todos os calvinistas sabem que é assim mesmo e que de par com a palavra infalivel e inspirada do Mestre o novo Testamento também contem residuos de tradição, cultura e crenças judaicas que não podem ser nem infaliveis nem inspirados sob pena do calvinismo ser apóstata.


Pois Paulo dentre as inumeras tradições dos pais refere que as mulheres devem assistir aos oficios veladas ou seja com a cabeça coberta por um espesso véu de pano, como Kinchia, a mãe de Kantera referida do Talmude.


Não diz como os sofistas que o véu seja o cabelo, mas que o cabelo deve estar coberto por um segundo véu, para que os anjos não se sintam atraidos por elas, esclarece o grande apóstolo, NÃO EM CRISTO MAS NOS RABINOS DA SINAGOGA.


Jesus jamais ministraria um ensinamento destes segundo os quais os seres espirituais que vivem na comunhão mais intima com Deus fossem capaz de troca-la por cabelos femininos... nesta caso seus anjos seriam inferiores a Esau que trocou sua herança por um prato de lentilhas.


Todavia como sentencia Justino Martir os hebreus em sua totalidade assim compreediam o texto referente a geração dos Titans, cujo sentido foi alterado posteriormente pelo Bemaventurado Agostinho dizendo que os anjos não eram anjos de verdade mas a piedosa geração de Set.


Paulo entrentanto parece partilhar da opinião de seus mestres os rabinos e encarar tal texto literalmente, por isso temia que os mesmos anjos baixados ao culto divino para receber as preces dos santos e leva-las ao eterno ficassem encantados com as belas cabelerias das mulheres desveladas.


Afirma ainda no mesmo passo que em todas as Igrejas o modelo judaico que determinava o velamento das mulheres era estritamente observado.


E mesmo assim nem os calvinistas, nem os pentecostais em sua quase totalidade e nem mesmo os sectários observam este preceito "infalivel" do apóstolo ou segundo compreendem "palavra de Deus". Afirmam que tal ensino é palavra de Deus e lho desobedecem...


Caso cressemos que tal inciso é verdadeira palavra de Deus regressariamos logo a CCB donde saimos...


Entretanto nenhum fragmento do santo Evangelho contem mandamento ou preceito emanado da boca do Mestre referente ao véu, Paulo por sua vez não recorre a autoridade de Cristo, mas ao costume, ao costume dos judeus...


E nós não recebemos as palavras dos judeus, estejam no velho ou no Novo Testamento como palavras infaliveis e inspiradas.


O mesmos e sucede com relação a ordem para que as mulheres fiquem de boca calada na igreja, o qual Paulo certamente não recebeu de Jesus, mas dos rabinos seus instrutores.


Não há passagem do Evangelho que apresentem a mulher como inferior ao homem, antes o conteudo do terceiro Evangelho é acentuadamente feminista apresentando Jesus acompanhado por uma renca delas... o quarto no-lo apresenta confabulando com Marta, Maria e a mulher da fonte o que, como já referimos era contra os costumes machistas dos judeus, costumes recebidos por Paulo...


Também devemos mencionar a passagem referente ao consumo de carnes com sangue promulgado pelo sagrado concílio de Jerusalem.


Acaso os protestantes fundamentalistas recebem esta palavra inspirada e infalivel e lha obedecem evitando tais carnes como os judeus e maometanos?


Posto esta que era um mandamento ou preceito provisório tendo em vista satisfazer em parte ao grupo dos judaizantes.


Foi uma simples questão de conveniência e não um mandamento ou preceito do Senhor.





Portanto na prática dos calvinistas sabem muito bem que há práticas e fabulas judaicas inclusas no Novo Testamento e que tais passagens e trechos não são nem inspirados nem infaliveis enquando não procedem do Logos encarnado.


É certo que foram escritos pelos apóstolos porque os apóstolos eram judeus. Entretanto o apostolado existe apenas paara Cristo e o Espírito de Cristo e não para as judiarias e elementos da cultura hebraica.


Não somos hebreus, cada qual tem sua cultura digna de respeito.


Que nos baste e contente a revelação espiritual e religiosa do Evangelho e da pena apóstolica na medida em que concorda e expressa o mesmo Evangelho.


Pois na há que preste para a alma fora de Cristo e de seu Evangelho.


Os profetas existem para Cristo que é seu fim e os apóstolos existem para Cristo que é seu Senhor e Mestre. Para os Cristãos tudo é Cristo e o resto nada.


Não somos escravos da cultura hebraica mas da fé, das esperança e da caridade em Jesus.






Paulo mesmo dá a entender que faz apelo e petição a cultura judaica quando em diversos passos de suas cartas alerta:


Isto digo eu não o Senhor.


É parecer meu e não mandamento do Senhor.


Digo como que possui alguma graça não como o Mestre.


Nestes passos na medida em que deduz fazendo uso da razão que é comum a todos nós suas palavras são dignas de submissão e acatamento.


No entanto na medida em que tais palavras recorrem a tradição e a cultura dos judeus - a Gamaliel e não a Cristo ou a Razão - não lhas recebemos.


Porque não estamos obrigados a aderir a cultura judaica.


Quem no entanto deseja aderir a ela seja fiel e adira totalmente, não apenas em parte, onde lhe agrada e convem.




Dos versículos 7 a 10 Paulo refere-se as genealogias dos judeus sobre as quais em suas obras mais maduras diz que não deveriamos prestar atenção. I Tm 1,4 e Tt 3,9


Porque a mente do próprio Paulo também evoluiu conforme crescia em Cristo e se informava melhor sobre certos aspectos da dispensassão com os mesmo apóstolos que em parte ensinava, porque o convivio de Paulo e dos doze foi uma troca fecunda e sintese.


Porque entre a Epistola escrita aos romanos e as três ultimas pastorais medeiam no minimo dez anos. Dez anos em que o pensamento do apóstolo não cessou de progredir e a afastar-se cada vez mais dos elementos judaicos.






Discute Paulo nestes paragrafos sobre a eleição dos judeus.


Os predestinacionistas certamente lha encaram como uma eleição para a salvação.


Tése completamente absurda pois eles não tiveram conhecimento pleno do Evangelho.


Todos os hebreus de Abraão a Zacarias filho de Baraquias que foi imolado entre o altar, todos fizeram parte do cativeiro intermediário e nenhum deles teve plena comunhão con Cristo até que este se levantou dos mortos após te-los instruido nos mistérios do Evangelho.


Juntamente com os pagãos que haviam sido rebeldes nos tempos antigos, todos eles.


Todos os dormentes sem distinção tiveram de ser espiritualmente vivificados por Cristo e assim ligados ao amor.


Então a que presdestinação refere-se Paulo?


O verso anterior que Calvino mais uma vez omite e disfarça nos da a resposta:


DELES PROCEDE O FILHO SEGUNDO A CARNE.


Eis a única eleição possivel para este povo: eleição segundo a carne para através da Virgem pura fornecer um Corpo a divindade eterna.


De modo algum eleição em espírito para a vida eterna.


Por isso alude as sucessões de Abraão para investigar sobre o Israel superior ou designado pelos arcanos divinos para fornecer a Carne do Messias e gera-lo na carne de sua descendência.


Quanto a geração da carne do Verbo o Senhor repudiou a Esau e a sua descendência e escolheu a Jacob, isto não tem qualquer relação com a fé, a graça e a salvação que todos os hebreus ignoravam, mas com a ascendencia física do Cristo.


Jaco seus filhos e posteridade - representada por Judá e Levi - foram comissionados para formar o complemento corporeo do Salvador embora nada soubessem sobre ele, seus oficios e sua pregação.


Não há alusão alguma a vida eterna nestas linhas.


Aqui dou a palavra a Calvino:


"Porque me importunam e alegam que tais beneficios são inferiores e diminutos e que não se referem a vida futura, assim que a primogenitura não tem qualquer relação com a herança celestial?... respondo que o apostolo não errou por irreflexão e tampouco abusou dos textos da escritura VIA ELE O QUE ELES NÃO CONSEGUEM VISUALIZAR: QUE DEUS HAVIA QUERIDO SIMBOLIZAR PELA ELEIÇÃO TERRENA DE JACÓ O QUE DE OUTRA MANEIRA JAZIA OCULA JUNTO A SEU INACESSIVEL TRIBUNAL.


Ora, exceto se ao mundo futuro atribuimos a dita eleição, INANE TERA SIDO A BENÇÃO RECEBIDA E APARENTE E RIDICULA, DA QUAL NADA ADVEIO SENÃO PROVAÇÕES, E TRISTEZAS E PREOCUPAÇÕES...


PORTANTO VIU PAULO que mediante a benção externa e temporal, Deus atestava aquela benção espiritual e de modo algum caduca que a seu servo havia preparado em seu Reino e ali buscou argumento para comprova-la."


Tais palavras merecem ser comentadas pari passu pois são em si mesmas confisão inexoravel de derrota.


Porque me importunam alegando que tais beneficios são meramente temporais?


Porque é precisamente isto que esta escrito na Espistola: que se trata duma questão de primogenitura judaica e que os judeus atribuiam a Deus todos os beneficios temporais.


E porque não há nenhuma menção explicita a graça, a fé ou a vida eterna neste texto referente a dois semitas que viveram séculos antes do advento da graça, da fé e da vida eterna.



"O apóstolo não abusou dos textos da escritura."


Jamais.


Quem abusa deles trucando-os ora por baixo, ora por cima e fazendo colcha de retalhos é Calvino.


Pois viola criminosamente o contexto embora tenha estudado leis na escola de Cujas...




"Via ele o que eles não sabem visualizar."


Não quero saber o que via o apóstolo.


Quem via era ele e não Calvino.


Alias como Calvino foi informado sobre o que Paulo via?


Ele certamente afirmou que Deus lhe concedeu o pleno conhecimento sobre o bem e o mal.


Sabemos porém que todo heresiarca e sectário de Ario a RR Soares diz justamente isto: que falou com deus ou deus com ele e que conhece sua vontade por linha direta.


Como não somos nem sectários, nem calvinistas damos de ombros diante de tais alusões e clamamos pela letra da palavra sagrada, a qual todos podem ver.


Não queremos saber o que Paulo via ou o que calvino pensava que Paulo via, queremos saber apenas o que esta escrito: ad litera.


E ad litera não há sombra de espiritualidade no texto, só de promessas carnais e temporais.




"Que Deus queria simbolizar pela eleição terrena de Jacob o que estava oculto..."


Eis que Calvino tira a mascara e admite que o texto é simbólico e não literal, que se trata duma parabola ou tipo e não de um simples fato.


Aqui a letra não basta, não é suficiente, não serve, porque não apoia as quimeras vistas e imaginadas apenas por Calvino, então ele - que tanto insultou Origenes quando este aplicou a alegoria em seu devido lugar (o velho testamento) - se sai com a desculpa de que o texto é simbólico e que possui um sentido oculto.


Logo devemos imaginar o sentido e concluir que se Deus escolheu Jacob para herdar a primogenitura também o escolheu para herdar a vida eterna, eis a predestinação!


Entretanto nós não temos imaginação e tampouco julgamos poder firmar dogmas com base na imaginação.


Pobre diabo deste Calvino que oferecia a seus filhos um único texto extraido da mais complexa das epistolas paulinas E EM SENTIDO ALEGÓRICO OU SIMBÓLICO.


Pobre Calvino denunciado e corrigido por seus próprios filhos e irmãos!


Ide e abri os libros de J J Conibeare sobre os limites da alegoria, os de Orme, Horne, Kitto, Strong, Angus, etc


Esta bem escrito neles e em qualquer opusculo de vulgarização, desses que correm de mão e mão nas escolinhas dominicais, que NÃO SE PODE FIRMAR DOUTRINA ESSENCIAL COM BASE EM TEXTOS ALEGÓRICOS...


Pois como inumeros biblicistas protestantes tem assinalado através da alegoria se prova qualquer coisa, inclusive todos os dogmas ortodoxos ou papistas bem como os devaneios dos sectários.


Santo Deus, e este Calvino é o ídolo dos reformados!


Ao le-lo pela primeira vez julgava correr o risco de perder a fé e ao acabar morria de rir... pois o idolo reformado tem os pés de barro.


Sua base é um texto que ele mesmo reconhece ser simbólico, porquanto a letra mesma lho desampara!




"INANE TERIA SIDO A BENÇÃO RECEBIDA, APARENTE E RIDICULA, DA QUAL NÃO LHE ADVEIO BEM ALGUM..."



Aqui Calvino parece ter perdido o juizo e o respeito para com as coisas santas.


Pois pensando na primogenitura de Jaco só é capaz de pensar na primogenitura temporal OU NA PREDESTINAÇÃO PARA A VIDA FUTURA (O DECRETO).


Não lhe ocorreu fazer o que todos os padres antigos fizeram: ler o versiculo acima para compreender os seguintes:


DELES PROCEDE O CRISTO SEGUNDO A CARNE NOSSO DEUS BENDITO PELOS SÉCULOS.


Tem razão Calvino.


Com que propósito Paulo citaria um caso de primogenitura temporal?


Pois Calvino sabe que Jacob não é o centro, objeto e propósito dos oráculos sagrados...


Entretanto com todo cinismo pergunta: que beneficio Jacob teria adquirido?


Quando se pergunta ou pelos negocios de Jacob ou pela vida eterna.


Calvino que havia lido os padres antigos passa ao largo pelo verdadeiro sentido do texto fingindo desconhece-lo.


Não sei se foi Origenes ou Teodoro que comentando este passo do pentateuco ou de Romanos afirmou que: Não trata de questões ociosas de primogenitura temporal, mas sobre a geração do Verbo na carne e a estirpe que devia gera-lo.


Por isso que o Senhor não cogitou de merecimentos e santidade mas apenas e tão somente da geração da carne e do conhecimento futuro.


Um outro doutor cujo nome não me vem a memória após mencionar todos os antepassados ímpios do Senhor (Jacob não fugiu a regra como bom mentiroso que era) explica que os ímpios entraram na estirpe de sua geração carnal para significar que o Cristo deveria vir para chamar a si todo homem e destruir o pecado nele lançando os fundamentos do Reino da santidade, que segundo o Bemaventurado Agostinho é a cidade de Deus habitada por seus santos servos e adoradores.


Para Calvino a ENCARNAÇÃO DO DEUS BENDITO PELOS SÉCULOS E A PREPARAÇÃO DE SUA ESTIRPE é algo de inane, ridiculo e vão...


Para ele o fato desse homenzinho obscuro - Jacob - saido da areias do deserto ser lembrado até os dias de hoje pelo simples fato de TER SIDO UM DOS ANTEPASSADOS DO VERBO SEGUNDO A CARNE é insiginificante e de pouca monta...


Assim o grande sofista tripudia dos santos mistérios essencias a religião.





E assim termina: "Portanto viu Paulo que mediante benção externa e temporal, Deus atestava aquela benção espiritual..."


Viu Paulo!!!

O que Paulo viu só o sabe o iluminado Calvino.


Nós só sabemos o que Paulo escreveu e registrou.


Calvino via, nós lemos...


Do que Calvino viu: a predestinação, não vemos sinal neste passo.


Nenhuma menção a fé, a graça, a salvação a eternidade, nenhuma sr Calvino!!!


Nada, nada e nada.


Na letra desta escritura não há apoio para o calvinismo e o próprio contexto, referente a Encarnação de Cristo lho desmente.





No verso décimo quinto refere Paulo com relação a eleição de Jacob para ser um antepassado do Verbo segundo a carne, um verso de Ex 33,19.


Nem vale apenas cita-lo POIS NÃO É UMA PALAVRA DE CRISTO.


Trata-se dum texto incompativel com o testemunho de Jesus Cristo onde Deus promete misericórdia a todos os que forem misericordiosos para com seus semelhantes. MATEUS 5,7


Portanto não recebemos tal testemunho que Paulo empregou como HERDEIRO DA TRADIÇÃO RABÍNICA, como palavra de Deus inspirada e infalivel, mas como tonteiras indignas de hebreus selvagens e barbaros.


E para tripudiar não de Paulo - que sendo judeu agiu de boa fé conforme aprenderá a empregar tais textos com Gamaliel e sua escola - mas dos calvinistas que ousam citar contra nós diversas passagens da lei velha e abolida com o mesmo teor, apresentamos outras passagens do mesmo testamento, as quais contradizem formalmente o sentido do texto citado pelo apóstolo:



"Como o pai tem piedade dos filhos ele tem piedade daqueles que o temem." Sl 102,13


Tem piedade dos que o temem e não de quem quer ou não quer.


Pois se não tiver piedade de quem lho teme e tiver piedade de quem não lho teme esta palavra é falsa.


E a sabedoria divina: "Tendes compaixão de todos pois sois benevolente." 11,23


"Deus sois clemente, misericordioso, de largo ( e não mesquinho ) coração, benigno e cheio de bondade mesmo para com os malevolos." Jonas 4,2


E a oração de Manassés: "Tuas misericordias são infinitas Deus das alturas, tua compaixão gigantesca, tua tolerância insuperavel, benigno és para com todos os que sofrem e tua bondade é infinta." v 6


E a prece de Aseneth vuiva de José na terra do Egito: "Tu me guardas porque és doce, misericordioso e compassivo." v 7



Basta de testemunhos, porquanto o próprio Paulo desmente esta palavra de homem com suas próprias palavras:


"Deus a todos permitiu a desobediência PARA COM TODOS EMPREGAR MISERICÓRDIA."

Rom 11,32


Pois "PELA MISERICÓRDIA RECEBEREIS MISERICORDIA." verso precedente.


Por ai se vê que o sentido atribuido por Paulo a EX 33,19 em romanos 9,15 não é o sentido original atribuido pelos rabinos e recebido por Calvino, mas um sentido mais generico segundo o qual a providência não deve satisfações a ninguém no que diz respeito a geração temporal e carnal do Cristo pois ela é um grande mistério.


Em seguida nos versos 16 e sgs refere a estórinha do faraó e dos hebreus.


Aqui estamos em bom terreno pois sabemos de quem foi que Paulo recebeu a tradição: dos rabinos judeus, os quais viviam citando este texto nas suas mixnas e guemaras, conforme seus pais nada sabiam sobre o livre arbitrio séculos antes de Cristo. Tal e qual os árabes bárbaros e selvagens registraram no Corão deus é que determinava cada ação e operação humana.


Afirmam os calvininistas que nós Cristãos somos injustos para com eles quando afirmos que são qadaritas e sectários do Islan, murjias e fatalistas, os calvinistas não gostam de ouvir tais acusações e ficam logo irritados porque não nos podem mais queimar, decapitar ou exilar como seu mestre fez a Servet, Castellion, Gruet e outros.


Parece que o designio para nós é combater a vã teoria do desiginio e nós lho aceitamos de bom grado.


Mas é isto que os Calvinistas são se admitem que este trecho sobre o faraó diz respeito a predestinação eterna, pois na verdade o texto não versa sobre a eternidade mas sobre a vontade do Faraó a qual - segundo o texto - não era livre mas como que manipulada ou controlada por Deus. Conforme criam os antigos judeus em sua ignorância que era Deus mesmo que fazia a vontade de cada ser oscilar para o bem ou para o mal.


Como Calvino os antigos hebreus autores do Exodo e os muçulmanos nada sabiam sobre o livre arbitro, eram fatalistas e os calvinistas mantendo o sentido contrário a liberdade terão de concordar conosco que seu deus além de predestinar espiritualmente também controla e muda as vontades sendo o autor do mal e do pecado.


Pois se quem controlava a vontade do Faraó era deus e não o próprio Faraó se segue que deus constrangia o faraó a desobedece-lo e que queria ser desobedecido.


Pois se não quizesse ser decobedecido porque fazia com que o faraó lho desobedecesse?


Que força haveria de obriga-lo a constranger o faraó.


Agora se constrangia o faraó a desobedece-lo é porque desejava ser desobedecido, conclusão: ou deus muda de vontade pela inconstância ou possui duas vontades concomitantes como os loucos que enchem nossos hospicios...


Ademais se toda a desobediência é um pecado e todo pecado ofensa para com a santidade divina devemos concluir que deus viola sua própria santidade.


Neste caso como pode ser absolutamente santo?


Efetivamente os antigos hebreus como os muçulmanos recem saidos dos desertos nada cogitavam sobre isto, pois eram barbaros e selvagens.


Paulo porém, que era homem douto e instruido deve te-lo cogitado...


E citado o referido texto dando-lhe um outro sentido que não o dos mestres e rabinos fatalistas.


Ao contrário de Calvino que aduzindo tal texto como prova a respeito de sua tese apresenta-se verdadeiramente como fatalista e blasfemador. Pois ignorância não havia nele...


Que as velhas beatas e analfabetas que perambulam entre as panelas, leem traduções mal feitas e ignoram o Evangelho pensem desta forma, desculpamos.


Pois mesmo os ortodoxos, papistas e protestantes arminianos mais ignorantes costumam dizer frequentemente: morreu porque deus quiz, sofreu porque deus quiz, empobreceu porque deus quiz... conforme são incapazes de refletir seria e detidamente sobre a questão.


Não pesa pois culpa alguma sobre os antigos judeus, os antigos arabes ou os cristãos menos instruidos e ignorantes.


Calvino entretanto estudara no Montagu ao lado de Loyola... e ousou teorizar a respeito destas superstições grosseiras batizando-as e crismando-as em suas Institutas.





Não recebemos o testemunho deste texto, ao menos segundo a letra e sentido originais...


Sabemos entretanto que Paulo recorreu a septuaginta, a qual lhe confere um conotação um tanto diversa.


Mas as judiarias e coisas velhas não interesam aos que jazem sob o senhorio de Cristo e o dominio do Evangelho.


O certo é que Paulo conhecedor do Evangelho não conserva tal sentido estrito.


Ele mesmo protestou contra a letra morta que mata o espírito.


O Espírito de Cristo por sinal.




Continua.





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