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A consciência histórica do Cristianismo

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sábado, 25 de julho de 2009

O textos de Loraine Boettner V - Apoc 17,17









Cita por fim a apocalipse 17,17:


"Conforme Deus poz em seus corações cumprir seu designio: entregar sua realeza a Besta até que suas palavras sejam cumpridas."


Aqui reconheceremos estar diante dum texto verdadeiramente calvinista caso os calvinistas assumam ser aquilo que de fato são: fatalistas e tão fatalistas quanto os muçulmanos.


Quando o Sr Boettner sustem que o fatalismo exclui a idéia de um deus pessoal mente cinica e descaradamente pois o Islan - a forma mais abstrata e transcendente de monoteismo por sinal - afirma simultaneamente a personalidade divina e crença num destino fixado por esta personalidade.


O calvinismo pode evidentemente escapar a acusão de que ensina a doutrina 'pagã' do fatalismo... seja! Entretanto não pode fugir a acusação de ser como é um fatalismo teista ou melhor um fatalismo judaico/muçulmano.


E por fatalismo judaico/muçulmano queremos designar um tipo de fatalismo muito mais grave e culpado do que todos os outros.


Pois os pagãos afirmando uma necessidade superior ao próprio Zeus não expunham Zeus a culpa.


Os judeus e muçulmanos a seu tempo blasfemam contra deus, mas não contra o DEUS VERDADEIRO que é a Santa e indivisivel Trindade.






- Calvinismo: uma avaliação




Os únicos que associam a doutrina do destino ou da necessidade ao Deus da verdade e ao Verbo Santíssimo, expondo-os a irrisão, são os calvinistas.


Nenhum pagão ou infiel por afirmar a necessidade maculou a reputação do Deus verdadeiro, os calvinistas no entanto se vangloriam nisto: em associar essa doutrina impura e monstruosa a figura adoravel de Nosso Senhor Jesus Cristo.


Paz aos pagãos em sua ingenuidade, paz aos judeus e muçulmanos que buscam a verdade, paz aos hereges que reconhecem a liberdade e isentam o Senhor de culpa... o calvinismo entretanto deve ser combatido como a praga das pragas no corpo do Cristinismo nominal.


Deve ser denunciado e combatido dia após dia como ervá daninha jamais plantada pelo Pai Luminoso.


Não nos associemos a gente como e eles jamais nos calemos diante de suas blasfemias, pois aquele que se omite e se cala participa do pecado deles.


Todo erro é toleravel enquanto não atinge em cheio a natureza ética de Deus.


Triste é errar sobre a personalidade de Deus e regeitar a existência das três pessoas.


Tristíssimo é regeitar a divindade do Verbo amado.


Porém o mais triste de tudo é perverter a natureza ética da Santa Trindade ou do Senhor Jesus Cristo.


Pois quando o homem lê nas escrituras Santas que Deus é Amor e apesar disso ousa dizer que esse mesmo Deus regeitou a maior parte da humanidade condenando-a a suplícios eternos e inextinguives merece verdaderiamente ser considerado como ímpio.





AQUI LANÇO REPTO PÚBLICO A TODA SEMENTE CALVINISTA DA FACE DA TERRA - e firmado na palavra de Deus peço as razões de sua esperança - E LHES PERGUNTO:


REGEITAR MILHÕES DE PESSOAS CONDENANDO-AS A UM SOFRIMENTO ETERNO SEM LHES DAR SEQUER UMA OPORTUNIDADE É ATO DE AMOR?


Não quero saber se é justo ou se não é, se diz respeito a soberânia divina, se está escrito... não quero saber de nada disto, quero saber dos calvinistas apenas uma coisa:


SE O DECRETO DE PERDIÇÃO OU REPROVAÇÃO É UM GESTO OU SINAL DE AMOR PARA COM OS REPROVADOS?




Como estou predestinado a tatear nas trevas gostaria que algum mestre calvinista me esclarece-se ou me ilumina-se: pois se esse Deus me ama devo respeita-lo mesmo quando me regeita...


Mas se não me ama então melhor seria que não existisse...


Para que serviria a existência de um Deus que não fosse aquilo que ele é, ou seja, amor?


Aqui na terra comumente os pecadores dizem que quem ama não mata...


E mostram imenso horror diante daquelas mulheres que destruindo os frutos de suas entranhas mostram-se desnaturadas...


Tal o deus calvinista na minha opinião - abro espaço nos comentários para que os calvinistas defendam publicamente a opinião contrária (pois o espirito do erro não pode ser superior ao espírito da Verdade) - monstro desnaturado...


O Deus do profeta porém afirma: "PODE ACASOU UMA MULHER ESQUECER DAQUELE QUE AMAMENTA? NÃO TER TERNURA PELO FRUTO DE SUAS ENTRANHAS? MESMO QUE ASSIM SE SUCEDE-SE EU JAMAIS ME ESQUECERIA DE TÍ." Is 49,15




- Diante desta acusação de fatalismo ou islamismo só resta aos calvinistas de ontem e hoje aliviarem a barra...


Já Lutero dizia: "Oh estouvado não estou falando a respeito de vacas, cavalos, dinheiro ou imóveis, mas apenas e tão somente sobre Deus e a alma, se há liberdade no que diz respeito a salvação." (citação livre de Denifle)


E o sr Boettner foi obrigado a admitir que: "Segundo a doutrina do decreto a liberdade e a responsabilidade humanas são totalmente preservadas. Deus sabe o que ocorrerá certamente mas permanece a liberdade."


Mistifica entretanto.


Na verdade a doutrina calvinista sustenta que "...aqueles que foram abandonados ou regeitados por deus, não podem sequer "pensar no bem", quanto mais deseja-lo ou faze-lo." Claro que o homem é dotado de vontade - afirmam despudoradamente - mas duma vontade voltada para o mal e escravizada por ele. Cfssão Helvética IX


A esta meia vontade direcionada apenas para o mal é que costumam chamar de liberdade com o objetivo de ludibriar aos incaútos.


Para eles a vontade do homem natural é escrava e não livre e foi deus mesmo quem lha escravizou ao recusar seu auxilio aqueles que poderia - caso quizesse - ter libertado.


E não havendo liberdade enquanto simples possibilidade de se conceber bons pensamentos ou de desejar o cultivo da virtude não há responsabilidade alguma.


Pois ninguém pode ser responsabilidade por não poder fazer o que esta acima de suas forças.


Quando pois o deus calvinistas pune aos que cometeram pecado esta punindo aqueles que ele mesmo fez pecadores deixando de libertar do pecado. Castiga-os pois por uma falta que é sua, pois somente ele poderia te-los capacitado para o bem.


Age pois como um pai que se recusa a levar o filho, paralítico, a fisioterapia e depois lhe da uma sova acusando-o por não ser capaz de andar...


Nem pode haver liberdade para os eleitos caso devam levar uma vida santa e isenta de pecado. Pois neste caso o poder de deus lhos impediria de pensar no pecado ou de pecar.


A menos que os predestinados possam cometer quaisquer pecados, mas ja estamos no terreno do antinomiasmo com o qual nos haveremos noutra oportunidade...


(Tais as aventuras dum protestantismo totalmente desorientado)



Nem é verdade que um calvinismo mais refinado sustenha o fatalismo ou o destino apenas no que tange a salvação ou a alma, sem cogitar das coisas terrenas.


É verdade que todo calvinista com ares de intelectual se esforça por passar tal idéia admitindo que os homens são plenamente livres quanto aos assuntos seculares, profanos ou temporaes.


No entanto nós, que viemos donde viemos, sabemos que não é assim.


Pois sabemos que boa parte dos calvinistas é quase tão fatalista e supersticiosa quanto aos judeus e muculmanos.


Meu irmão - que é professor e ativista social - e eu ouvimos de um calvinista a seguinte explicação sobre um resgate feito pela equipe de bombeiros de nossa cidade: Os bombeiros retiraram as vítimas de lá MAS QUEM RESGATOU FOI DEUS E SE DEUS NÃO QUIZESSE TERIA IMPEDIDO O RESGATE.


Já Ambroise Paré costumava dizer: Eu fiz o curativo mas Deus curou! Sem cuidar de que por um lado Deus não precisava de seus curativos e por outro que a imensa maioria dos que não recebiam seus curativos acabavam morrendo.


Creem pois os calvinistas - como a plebe analfabeta e nominalmente papista - que deus interfere diretamente nos atos humanos modificando-os a seu bel prazer ( para não falarmos nas leis da natureza ), seja castigando (!!!), causando acidentes, desgraças, mortes, etc


Sim, multidões de protestantes - os calvinistas em quase sua totalidade - e de papistas não frequentantes ousam atribuir diretamente a deus todos as ações e operações que ocorrem no mundo natural e na sociedade do mesmo modo que os selvagens hebreus costumavam fazer séculos antes do nascimento de Cristo e da mesma forma como os muçulmanos fazem ainda hoje quando dizem: Inshalla ou maktub!


E os símbolos mesmos compostos pelos pais do calvinismo dão suporte e alimentam tais doutrinas.


Conforme podemos ler na cfssão Helvética (VI e IX) que Deus mesmo enviou o homem de Beijamim a Saul (I Sam 9,16) e que desejando os irmãos de José mata-lo, deus não permitiu, porque sua vontade era outra.


Como sempre os calvinistas vem a baila com seus textos do Testamento velho querendo a todo custo passar por Cristãs as doutrinas e crenças dos judeus...


Por isso o calvinismo é o que é: uma instituição judaizante e porta de todas as seitas.


Pois o mudar o fóco do Evangelho ou do Novo Testamento para o testamento velho e abolido o protestantismos serve a causa do judaismo e do islan ou seja a causa da descristianização e da apostasia.


Firmemo-nos pois no campo e terreno dos Evangelhos.


Efetivamente o povo calvinista crê como creram seus pais e os antigos judeus.


Creem pois que deus manipula diretamente as vontades dos seres humanos como lhe apraz, tal e qual manipulou a vontade dos irmãos de José, do faraó, do homem de Beijamim, etc


Donde lhes cabe o título de fatalistas ou qadaritas.






- O texto em questão



E como os apóstolos sendo judeus, empregaram a linguagem dos judeus no Testamento Novo, chegando mesmo a manter e a tentar conciliar suas algumas de suas crenças com a doutrina revelada, os calvinistas recorrem a todas as expressões favoraveis ou aparentemente favoraveis a sua doutrina que se encontram no corpo do Novo Testamento.


Cuidam com isso poder apresenta-las como doutrinas apóstolicas e legitimamente Cristãs!


Inda que o Mestre amado tenha silenciado totalmente a respeito delas...


É justamente o caso do presente texto (apoc 17,17)


Pois não se trata de modo algum de um texto favoravel a doutrina calvinista compreendida como um decreto eterno favoravel a uns e desfavoravel a outros.


Embalde qualquer calvinista procurara no contexto desta citação qualquer alusão a um decreto de reprovação referente aos tais reis e menos ainda a um decreto anterior a fundação do mundo.


Não estamos pois diante duma passagem que diga respeito a eternidade ou a restauração dos seres humanos, mas diante duma passagem alegórica pertinente ao livro mais complexo de todo o Novo Testamento.


Dum livro demasiado simbólico e com liberdades de linguagem que comportam diversas interpretações, uma inclusice historicista e outra preterista.


Como em toda literatura apocaliptica porém - e o apocalipse é uma colcha de retalhos composto por pedaços de diversos apocalipses judaicos - é natural que nele nos deparemos com um ou alguns textos de teor, não digo predestinacionista (porque nenhum decreto eterno ou reprovação está em jogo) mas certamente fatalista.


Estamos pois diante de um texto legitimamente fatalista - alias o único presente em todo corpo do Novo Testamento - segundo o qual a vontade de dez reis será diretamente governada por deus e quiçá modificada.


Tal e qual no caso dos irmãos de José, do Faraó e do homem de Beijamim deus é apresentado como sendo o autor imediato das ações humanas tendo para isso quebrado ou violado a vontade do executor humano. Nestes casos a liberdade é pura e simplismente negada ou inexiste...


E como todas as excessões somadas e multiplicadas se transformam em leis...


(É pois perfeitamente presumivel que os fundamentaistas e judaizantes de toda casta - incluidos evidentemente os calvinistas - afirmem ao fatalismo a guiza de dogma Cristianíssimo...


É inevitavel que seja assim porquanto invertem toda ordem e esquema divinos colocando o Testamento Velho acima do Novo, o apocalipse acima de João e Tiago, Paulo acima do Evangelho e Jesus Cristo sempre por último, isto porque se apresentam como 'Evangélicos'.


Procedem entretanto como Mosaistas, apocalipticos, paulinos...


Não é para se estranhar que sejamos acoimados de heréticos e infiéis por cumprirmos com nosso dever: afirmar a suprema soberânia do Evangelho e a suprema autoridade de Cristo em matéria de doutrina e controvérsia.


Um fanático jamais poderá admiti-lo pois não esta em Cristo e o Evangelho tolhe seus passos.


Por isso quando diz Evangelho quer dizer Bíblia - o Velho ou Novo Testamento - e não Mateus, Marcos, Lucas e João! E se contender com ele espere para ouvir um: só isso!


Assim eles ultrajam ao Senhor que os resgatou, fazem de tudo medida para o Evangelho e do Evangelho medida para coisa alguma...


Se pudessem nos enfiariam todos na fogueria com os romanistas, espiritas, agnóstas e ateus, felizmente porém as leis da civilização lhos contem.)





Portanto se desejam para sí o apoio deste texto retirem a máscara da face e assumam seu fatalismo!


Pois a vontade de Deus - admitindo hipoteticamente que ele quebre a liberdade do homem - é sempre fatal e irresistivel.





Entretanto o fatalismo esboçado nesta passagem pelo autor do apocalipse (o presbitero João e não o apóstolo homônimo) não se coaduna com o calvinismo.


E por uma razão bastante simples:


A interferência da vontade divina aqui referida não teve seu princípio num decreto de predestinação, mas, como explicita o segundo verso deste mesmo capítulo (décimo sétimo) na má vontade ou na liberdade mal empregada daqueles dez reis, os quais "Se prostituiram com ela (a prostituta)..."


Portanto a iniciativa do pecado de prostituição partiu da liberdade deles -os reis - e não de Deus ou dum decreto de predestinação.


Do contrário - conforme o entendimento dos calvinistas sobre a inspiração - o hagiografo teria escrito: "... Deus prostitui-os" ou "... os reis que foram prostituidos por Deus".


Inferimos pois que os reis pecaram livremente ou seja que tomaram a iniciativa no que diz respeito a iniquidade e que tendo em vista - por pré cognição - o emprego inadequado que fizeram de suas liberdades Deus deliberou suspende-las futuramente passando a controlar a vontade deles.


O esquema não seria pois: decreto de predestinação (o qual sequer é aludido no texto) > suspensão da liberdade > condenação; mas: emprego inadequado da liberdade> suspenssão da mesma com propósito meramente temporal.







- Avaliação do contexto:


Cumpre advertir por fim que toda a cautela é pouco diante de livros eminentemente simbólicos como o apocalipse.


Pois sua linguagem ja livre, já irregular, já alegórica pode servir de pretexto - como tem servido - para a afirmação de qualquer teoria exótica ou falsa doutrina que passe pela cabeça dos apóstatas.


Que dizer então a respeito de um único texto ou seja duma autêntica ilha contextual.


Suster qualquer doutrina - ignorada pela Cristandade durante séculos -com base numa ou duas passagens do apocalipse é sectarismo patente e indice de má fé.


Basta dizer que sendo maus tanto a prostituta quanto a Besta ( certamente os reis que a servem ) esta escrito que haverão de se 'odiar e lutar' 17,16


Afirmação que não se sustenta em face a palavra de Cristo: "TODO REINO DIVIDIDO PERECERÁ, SE SATANAZ POIS COMBATE A SATANAZ QUE É DE SEU REINO?"


Infere-se pois da PALAVRA DE DEUS que as potências do mal não estão divididas e que não podem dar combate umas as outras.


Tal e doutrina pura e infalivel do Evangelho.


O autor do apocalipse entretanto nos apresenta a divisão, a luta e o combate entre os potências maléficas. Doutrina inconciliavel com a doutrina legitimamente Evangélica!


Por isso dizemos: Nele está a palavra de Deus enquanto contem ensinos que procedem de Jesus, mas ele não é de modo algum a palavra de Deus, mormente quando contradiz a sentença do Evangelho.


Repudiamos pois conscientemente a todo e qualquer ensino ou doutrina que proceda da sinagoga e dos rabinos, especialmente quando se opõe aos ensinamentos claros e insofismáveis de Nosso grande Salvador Jesus Cristo.


De fato acolhemos ao apocalipse e lho veneramos enquanto receptaculos de alguns ensinos e palavras divinas procedentes do Evangelhos, amamos entretanto acima de tudo aos mesmos Evangelhos e repudiamos tudo quando - esteja onde estiver - não concorde com as palavras de Deus nele contidas.




- Conclusão:


a) O texto refere a supressão de algumas vontades por parte de Deus.


b) Trata-se pois de um verso fatalista inspirado no Testamento Velho, nos escritos apocalipticos compostos antes da vinda do Senhor e nas tradições judaicas.


c) O conteúdo deste verso é incompativel - como veremos mais adiante - com a doutrina Cristã apresentada pelo Santo Evangelho.


d) Se os calvinistas lhos aceitam merecem ser classificados como fatalistas ou melhor como maometanos.


e) Não há nenhuma referência no texto ou no contexto a qualquer decreto de predestinação.


f) O ponto de vista do hagiografo parece ser mais favoravel ao arminianismo pois deixam bem claro que primeiro os reis em questão empregaram mal suas liberdades - dando ouvidos a grande prostituta - e que devido a este mal emprego foram alijados delas, a guiza de punição. Assim a supressão da liberdade deles seria uma punição por terem abusado dela.


A cauda da supressão da liberdade estaria no abuso da mesma e não num decreto qualquer da parte de Deus.


g) O contexto referente a divisão e conflito entre as potências malignas não pode ser interpretado literalmente sob pena de contradizer o ensino autorizado do santo Evangelho, o que depõe sobre a obscuridade do capítulo e do livro.


h) O ato de se recorrer a um ou dois textos isolados (ilha contextual) inseridos num livro altamente simbólico e obscuro com o objetivo de firmar uma doutrina essencial (dogma) ignorada durante séculos por todo povo Cristão só pode ser qualificado como desonestidade cinica e monstruosa.









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