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quinta-feira, 9 de julho de 2009

Os textos de Zanchius I










Como já assinalamos Zanchius vai muito além de Calvino elencando cerca de trinta e tantos textos supostamente favoraveis a tese da eleição e da reprovação seja negativa ou positiva.


Nós entretanto examinaremos apenas os textos extraidos do Novo e perpétuo Testamento - cerca de vinte - pois não somos judeus nem discípulos de judeus, mas Cristãos discípulos de Cristo, que é o único Deus feito carne.


A maior parte deles é tão fora de propósito que lhos abordaremos apenas de passagem.

Pois ainda que mencionem a eleição não discriminam o número dos eleitos e o modo pelo qual são chamados.

Isto que dizer que não provam nada pois também nós semi-pelagianos e armianos cremos na eleição de todos os homens seja condicional ou geral.

A questão não é a eleição mas a forma das mesma, se é geral/condicional e interna ou restrita/absoluta e externa.

A maior parte dos textos citados por Calvino e seus pares abordam a eleição mas não se referem a forma da mesma...

Alguns desses textos todavia (cerca de quatro) parecem apoiar ou apoiam a tese de Calvino merecendo portanto uma analise minuciosa e axaustiva.




A principio haviamos optados por iniciar a analise dos referidos textos seguindo a ordem dos registros neo testamentarios - Mt a apoc - entretanto acabamos optando por cindir o elenco em duas partes: os textos frageis ( a maioria ) seguindo como já foi dito a ordem do NT e os textos mais fortes ( a minoria ) seguindo a mesmíssima ordem.

A ordem das citações ou roteiro será o mesmo, subdividido porém em duas sessões.




Sessão A - Dos textos frageis



01) Mat 20,16 et aliae> "Muitos serão os chamados e poucos serão os escolhidos."


Assim tive a ocasião de ler em diversas obras compostas por calvinistas.

Algumas versões ousam verter a presente passagem no futuro enquanto vertem a passagem original de Mt 22,14 no presente.


Digo passagem original porque estas palavras são omitidas por todos os manuscritos antigos em Mat 20,16 e citadas com certa variedade nos manuscritos posteriores, donde inferem os exegetas (como R N Champlinn em seus insuperáveis comms.) que foi pura e simplismente tomada de empréstimo de 22,14.


Reportando-nos ao original (22,14) verificamos de imediato que as principais versões vertem o verbo SER no tempo presente: "muitos SÃO chamados... escolhidos."


Citarei de passagem a Vulgata, a KJV, a Jerusalem, Almeida, Figueiredo, Matos Soares, Restauração, TNM, Valera, Nacar Colunga, Diodati, etc Destas todas me lembro com certeza.


Todas expressam literalmente o original grego da passagem cfme. podemos testificar em Scott/Jones, Robinson e especialmente em Pick.


"Polloi gar eisin klhtoi oligoi de eklektoi."


"Muitos são chamados, poucos os eleitos."


Conforme o Verbo EISIN deve ser compreedido no tempo presente.


Do mesmo modo que o Verbo EI no verso vigésimo sexto é por todos recebido no mesmo tempo:


"Mestre bem sabemos que ÉS verídico,"


"Didaskale oidamen oti alhqhV EI kai..."


Pois jamais foi lido: eras ou seras verdadeiro mestre...


Conclusão: quando alguns vertem a presente passagem no passado ou no futuro sua pretenssão é auxiliar o texto para que afirme o que não afirma ou o que eles creem...



Em seu devido lugar Mat 22,14 a referida passagem segue a parabola das bodas, parabola que envolve os ELEITOS HEBREUS, que eram poucos e os FORASTEIROS E MENDIGOS ou seja os pagãos, cujo número era muito superior ao dos hebreus e que seriam convidados para entrar na Igreja de Deus para festejar suas bodas com a carne humana pelo mistério da Encarnação.


MUITOS SÃO CHAMADOS> as criaturas pagãs sobre as quais foi ordenado aos santos nossos predecessores: ide e evangelizai a toda criatura.


Estes que não procedem da carne e sangue de Abraão mas que se tornam seus filhos pela profissão da tawhid (amana At Tawhid).


POUCOS OS ELEITOS> os hebreus procedentes de Abraão segundo a carne e que ainda hoje não passam de vinte milhões de almas viventes.


Conforme estes poucos eleitos arrenegaram ao Verbo perfeito do Pai e lho fizeram suspender numa trave foram desarraigados e substituidos pelos gentios.


Não há portanto nesta passagem sombra de alusão a individuos ou particulares com relação ao passado (eternidade) ou a resposta de poucos aos apelos do Evangelho.


Pois o texto não refere quantos dos chamados haveriam de corresponder ao chamado.


Os poucos eleitos são os hebreus que sempre se apresentaram deste modo, como um povo eleito e privilegiado.


Muitos chamados = os gentios após a ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo.


Número de correspondentes ao chamado = (?) O texto não nos revela.


Poucos eleitos = Os antigos hebreus que regeitaram ao Senhor Cristo.


Estes são chamados por designio logo após a apostatia dos judeus correspondendo este chamamento ou convite a um propósito eterno.

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