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A consciência histórica do Cristianismo

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sexta-feira, 17 de julho de 2009

Os textos de Calvino e Zanchius > avaliação II

JESUS SOMENTE















EVANGELHO SIM



































No artigo anterior fizemos questão de deixar bem claro que não podemos negar a possibilidade de que o conteudo de ao menos alguma - ou algumas - das passagens analisadas corresponda a doutrina calvinista.

Os calvinistas de sua parte costumam a negar que haja - em todo corpo das escrituras - um único texto capaz de dar apoio ao arminianismo. A maior parte deles pontifica ou dogmatiza afirmando que não existe a minima possibilidade de haver um único texto no corpo do Novo Testamento que corresponda a doutrina semi-pelagiana...

Entretanto também há calvinistas honestos e de boa fé - como T kagawa - que buscam a Deus de todo coração e admitem a existência não de possiveis referências ao arminianismo no corpo das escrituras, mas de passagens legitimamente arminianas.

Nós não oferecemos tais garantias infaliveis aqueles que nos acompanham.

Portanto se nos perguntarem: É possivel que haja algum texto favoravel ao calvinismo no corpo das escrituras canonicas do Novo Testamento?

Serenamente respondemos: Ainda que remota tal possibilidade existe.

Cumpre porém ressaltar desde logo que não se tratam de palavras de Jesus inseridas no Santo Evangelho ou atribuidas a sua pessoa por alguns dos apóstolos.

Tratam-se de palavras apostólicas certamente, mas não de palavras procedentes de Cristo.

Sabendo que existem nas mesmas escrituas um sem número de textos favoraveis ao arminianismo - cerca de dois ou três em cada livro - a identificação de um texto favoravel ao calvinismo nos obriga a admitir que existem duas doutrinas opostas sobre o assunto na santa escritura.

Um grande número de biblistas honestos - muitos arminianos e alguns calvinistas - tem admitido que a pena apostólica comporta duas teorias distintas sobre a salvação: uma que afirma a liberdade e a responsabilidade do homem e outra que afirma a presdestinação.

Segundo tais biblistas - em sua maior parte adeptos da doutrina na inspiração plenária e linear - as duas afirmações ou teorias seriam verdadeiras. O problema estaria em nosso aparelho cognitivo incapaz de concilia-las, neste caso a salvação seria um mistério e se daria nos dois termos (arminiano e calnivista).

Como não somos adeptos da teoria da inspiração plenária e linear e tampouco relativistas rechaçamos tal doutrina. Segundo cremos é prejudicial a instituição Cristã querer conciliar o inconciliavel...

Por mistérios insondaveis basta aqueles que já temos: A trindade, a Encarnação e a Restauração.

Nada lucramos multiplicando o número de mistérios, antes tornamos o jugo da fé e da piedade insuportavel a natureza...

Quanto mais aumentarmos o número de mistérios em nossa religião mais e mais os homens de voltarão para o judaismo e o islamismo porquanto estão bem mais próximos do naturalismo.

A política de oferecer contradições rotuladas como mistérios aos neófitos não é saudavel.

Melhor é cortar o mal pela raiz renunciando a falsa doutrina da inspiração linear.





Admitindo o Novo Testamento comporte dissonâncias a respeito da doutrina da salvação, seja porque alguns de seus autores ensinam a doutrina da liberdade enquanto outros ensinam a doutrina da necessidade ou porque os mesmos autores ensinam ora uma, ora outra, devemos investigar o porque de tais dissonâncias.

Encarar a pena apostólica como os judeus encaram sua Tora e os muçulmanos seu Corão em nada beneficia a doutrina da verdade.

Reservemos a infalibilidade plena apenas aquele que é Deus humanado ou seja a Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. No dia em que todos os Cristãos reconhecerem que apenas as suas palavras são verdadeiras palavras de Deus, teremos dado um enorme passo a frente dos judeus e muçulmanos.

Diante da variação da doutrina cumpre investigar donde provem cada um delas ou seja qual provem do Senhor Jesus Cristo e qual não provem.

De certa forma a questão fica já resolvida no momento em que provamos que não há sinal de Calvinismo nos santos Evangelhos e que Jesus jamais se referiu a qualquer decreto de regeição.

Convem, todavia, substituir o argumento do silêncio - que é negativo e não positivo - pelo argumento da doutrina, apontando cada verso do Evangelho e cada palavra de Cristo em que ele admite e proclama serem os homens livres e responsaveis por sua própria conversão.

Se abandonarmos o terreno da refutação e passarmos ao campo da demonstração elencando todos os textos do Evangelho explicitamente favoraveis a doutrina arminiana ficaremos perfeitamente cientes de qual das doutrinas apresentadas pela pena apostólica procede de Cristo - merecendo ser recebida como divina e revelada - e qual não procede...

Estabelecendo positivamente a doutrina do Evangelho, a doutrina ensinada pelo divino Mestre, temos um critério e o critério por excelência!

É o que pretendemos fazer depois de terminarmos de examinar e de rebater todos os textos apresentados pelos calvinistas (Beza, Knox, Toplady, Hill, etc)

Entretanto a demonstração ficaria incompleta se partindo do Evangelho corroborassemos qual doutrina procede de Cristo e deixassemos de mostrar donde procede a doutrina rival (a calvinista).

Tal o escopo deste artigo, revelar ao amigo leitor que nos acompanhar donde os trechos possivelmente calvinistas da pena apostólica foram extraidos e em sobre que autoridade estão firmados.

Pretendemos pois traças a árvore genealógica mostrando qual seja a estirpe do predestinacionismo esboçado em alguns dos escritos neo testamentários.

Assim cada qual poderá fazer sua opção entre Jesus e os apóstolos ou versos que representam seu ensino e o outro lado... e os apóstolos ou versos que lho representam.

Pois sabemos que só de Jesus Cristo e de mais ninguém procedem as palavras de Vida eterna.








BIBLIA NÃO










II - A origem da teoria da 'inflitração' calvinista nos escritos apostólicos.


Todos os adeptos da inspiração verbal, plenária e linear, mesmo quando lha restringem ao Novo Testamento - o que não deixa de ser ato de grande sabedoria! - (evidentemente que nos referimos apenas a pena apostólica e não a pena evangélica) são inconsequentes.

Pois suas crenças, ações e operações não refletem a aplicação da dita crença na inspiração totalizante.

Cientes quanto estes 'senões' optamos por 'jogar limpo' e por admitir que apesar do 'sagrado depósito' entregue aos apóstolos pelo Senhor - depósito divino, celestial e transcendente sem sombra de dúvida - a pena apostólica possui a par deste depósito um certo substrato cultural, substrato que nada possui de divino e ao sobre o qual não exercemos nem queremos exercer fé alguma.

Somente no terreno do Evangelho nos deparamos com a verdadeira, pura e perfeita palavra de Deus, que é a palavra do Deus encarnado, palavra isenta de contaminações, infalivel e irrefragavel diante da qual nos curvamos com toda peidade e reverência. Tal o coração da fé, não lho profanamos, antes lho honramos, porque lho distiguimos de todo o 'resto' das escrituras.


Distinguimos pois entre os registros que são a palavra de Deus: os Evangelhos, que contem a palavra de Nosso Senhor Jesus Cristo e entre os registros que contem a palavra de Deus posta sobre um determinado substrato ou base cultural.

Mesmo o Senhor quando se refere as fábulas de Noé e Jonas - apenas como instrumento pedagógico e não como realidades concretas - ou a anjos ou a diabos, fala conforme as linguagens e as crenças vãs desse povo e deve ser compreendido espiritualmente, como estivessem se expressando por meio de símbolos e figuras, simbolos e figuras extraidos da cultura judaica.


É assim que prestamos fé ao juizo final e a subitaneidade do mesmo (que é a mensagem proposta por Jesus) sem prestar fé a estória do dilúvio (letra morta e vã); que prestamos fé nos tres dias que precederam sua ressurreição (que é a mensagem proposta pelo Mestre divino) sem prestar fé a fábula de Jonas (letra estúpida que classifica a Baleia como peixe); que prestamos fé na luta entre o bem e o mal (que é a mensagem proposta pelo Bom Senhor) sem prestar fé a existência de anjos e diabos ( de certo modo cremos na existência de anjos - seres que atingiram a perfeição noutros mundos - mas não na existência de Diabos), etc

Nada mais injurioso a imensa figura de Cristo do que a afirmação segundo a qual ele acreditava que deus puniu-o por comer frutas, que passeava num jardim pela manhã, que costurou roupas para os antepassados, que mandava espias para saber o que os homens faziam e noutras quejandas do gênero escritas por sacerdotes ignorantes e bárbaros centenas de anos antes do seu advento.

Jesus jamais impoz a seus servos e adoradores o jugo da cultura judaica, mas apenas aqueles dogmas espirituais e religiosos pertinentes ao mundo invisivel e eterno que ele mesmo veio revelar a humanidade extraviada. Tal a fé Cristã, cujo objeto são realidades transcendentes e inverificaveis como a Santa Trindade, a Cristologia, a regeneração, a Igreja, econômia dos sacramentos, a imortalidade, a ressurreição, a comunhão dos santos, a lei do amor e da virtude, etc

Toda religião Cristã é espiritual e divina nada tendo a ver com a origem deste universo, a origem da vida, a organização social ou a cultura (costumes especificos dos povos).

Por isto que o Evangelho o anuncio deste Evangelho é compativel com toda e qualquer cultura e que a doutrina dos costumes judaicos ou primitivos (costumes fixos) é um impecilho a sua expanção.

O Cristianismo - como Ibn Hazm já assinalava há novecentos anos passados - não é um sistema composto por centenas de normas e regulamentos destinados a controlar a toda vida humana, a paralisa-la no tempo e a impedir sua evolução material/cultural.

O Cristianismo é antes um conjunto de principios - como a justiça, a caridade, a paz, etc - a serem aplicaveis em todas as situações humanas e que não levam em consideração os gostos e costumes especificos de cada povo ou época.

Por isto que ele não se ocupa de puerilidades como: o que devemos vestir, o que devemos comer, como devemos organizar nossas casas, etc O judaismo e islamismo como religiões de talhe inferior a ele se abordam dogmaticamente todas estas questões como se tivessem sido reveladas e cuidam de medir as golas e bainhas das roupas, de dizer o que se deve comer e beber, de determinar para onde o banheiro da casa deve estar voltado, etc

Aparentemente o jugo de tais sistemas é muito mais pesado do que o jugo imposto aos seus por Jesus Cristo.

Na realidade não o é.

Pois as pessoas preferem ter suas vidas externamente controladas do que serem obrigadas perdoar, amar, auxiliar, etc seus desafetos, tal e qual determina a lei de Jesus Cristo.

Posto está que a imensa maioria dos Cristãos não esta nem ai para a lei de Jesus Cristo, vivendo em estado de rancor e ódio...

Tais pessoas não sabem ou fingem não saber que tais sentimentos e atitudes separam-nas do divino Mestre e cuidam estar no caminho duma salvação que concebem em termos de magia ou feitiçaria.

Nem é preciso dizer que uma espiritualidade nos termos de Jesus, sendo mal compreendida até hoje, não poderia ter sido bem compreendida por aqueles que lho rodeavam. Ao menos duma única vez...

Os apóstolos por mais boa vontade que tivessem não podiam abstrair de toda aquela cultura teocratica na qual haviam nascido e sido criados. Essa cultura querendo ou não fazia parte deles como a nossa faz parte de nós.

Eram judeus, filhos de judeus, netos de judeus e como judeus pensavame viviam. Seus esquemas de pensamento eram hebraicos e não greco romanos, magico fetichistas e não racionais.

Por isso que Jesus teve muito o que padecer da parte deles por causa de sua ignorância crassa... a companhia dos doze foi de algum modo uma primeiro martirio para sua santa humanidade.

Eles não foram capazes de compreender que o Messias devia morrer e ressuscitar - Jesus tampouco podia dize-lo claramente sem escandaliza-los - que seu reino era espiritual e que o judaismo seria desaraigado... Não podiam compreender qual era o estado espiritual da humanidade, o motivo porque o Senhor quiz ser imolado, a importância da graça ou comunhão com Deus, etc

Tudo isto era alheio a cultura e as crenças judaicas e não podia ser assimilado por eles.

Mesmo após a ascenção do Mestre e a vinda do Consolador prometido não foram capazes de compreender tais mistérios, foi necessário que Paulo lhe service como instrumento para enunciar tais mistérios e dar inicio a grande batalha que até hoje se prolonga.

Refiro-me a separação entre a cultura e as crenças judaicas e a fé Cristã.

Tal obra foi iniciada por Paulo, ampliada por alguns outros, mas permanece incompleta até nossos dias.

Isto com relação a Igreja de Deus, porque no decorrer dos séculos parte da Cristandade judaizou e alguns chegaram mesmo a perder Paulo completamente de vista.

Todo protestante (o anabatista parece constituir uma salutar excessão a regra) - mesmo o luterano - em razão do biblicismo linear tende a judaizar.

Os modernos romanistas - pós Vaticano II - calvinistas, os pentecostais em sua maior parte, os sectários ( adventistas, jeovistas, judeos messianicos, etc) etc são todos judaizantes.

Dir-se-ia que o organismo divino do Cristianismo padece duma infermidade horrenda e que esta enfermidade é a sacralização dos costumes, fábulas e crenças dos antigos judeus.

Tal os termos da discussão referente ao Novo Testamento.

Contem ele fragmentos e residuos de cultura judaica e segundo cremos tais residuos não fazem parte da divina revelação.


Não há como fugir a conclusão de que tal e qual a pena profética, a pena apostólica precisa passar pelo crivo de um aparato crítico bem constituido com o honroso objetivo de separar o joio do trigo, ou seja o que procede de Nosso Senhor Jesus Cristo do que procede da sinagoga.

Quero crer e de boa fé creio que a grande maioria destes escritos contem muito mais testemunho e Cristo e doutrina evangélica do que elementos judaicos, tal o caso da epistola aos Hebreus, da epistola aos Romanos, da Primeira carta de João, etc Entretanto sabemos e confesamos que nem sempre é assim e que alguns documentos como o apocalipse por exemplo estão mais saturados de elementos judaicos do que de espiritualidade Cristã.

Tal elemento judaico deve ser identificado para ser separado do elemento genuinamente baixado dos céus e posto de lado como inutil para a salvação do homem.

A respeito de tais elementos judaicos não podemos deixar de apontar alguns deles a guiza de prova quanto ao que estamos dizendo.



Eis um breve elenco:



- O consumo de carnes sufocadas.

Em Atos 15,28 sgs nos deparamos com o seguinte texto inspirado:


"Assim pareceu bem AO ESPÍRITO SANTO E A NÓS (os apóstolos) NÃO VOS IMPOR OUTRA CARGA ALÉM DO ESSENCIAL: Que vos abstenhais das carnes sacrificadas aos idolos, DAS CARNES SUFOCADAS COM SANGUE DENTRO e da contaminação do mundo. Estas coisas DEVEIS E EVITAR ESCRUPULOSAMENTE."

Antes de tudo convem notar quem enquanto os mandamentos de Cristo 'não são pesados' I Jo 5,3 ESTAS REGRAS DITADAS PELO ESPÍRITO SANTO E CONSIGNADAS NA ESCRITURA INSPIRADA SÃO NOMEADAS POR 'CARGAS' querendo dizer com isto que não haviam sido baixadas por nosso Senhor Jesus Cristo, mas extraidas as leis de Moisés.

Cabe perguntar aqui aos calvinistas e outros sectarios se cumprem tal regulamento ditado pelos apóstolos sob a moção do Espírito Santo e consignado na Escritura inspirada?

Haja visto que em nenhuma de suas confisões ou simbolos compulsados por Edgar nos deparamos com algum inciso proibindo o consumo de tais carnes sob pena de eterna condenação.

A resposta dos calvinistas é quase sempre a mesma: Certamente que tal preceito foi ditado aos apóstolos pelo Espírito da prudência, tendo em vista apaziguar aos cristãos provenientes da sinagoga. Foi como que uma conseção provisória feita a eles, os judaizantes, e a qual nós não estamos mais obrigados...

No entanto quando o calvinismo veio a luz da existência esta explicação era empregada pela igreja romana a mais de milênio...

Porque tal e qual nós ortodoxos os romanos põe sua igreja acima da letra das escrituras, recebendo o significado ou interpretação oficial por mediação da mesma.

Como uns e outros - firmados nas escrituras - creem que a igreja é infalivel em matéria de fé, julgam que ela sempre interpreta corretamente as escrituras, e assim recebem tais sentenças - como esta referente a Atos 15,18 - aparentemente opostas a letra das mesmas escrituras como absolutamente veridicas e fiéis.

Portanto nos é defeso alegar que consumimos tais carnes porque a mãe igreja nos explica as escrituras assim e assim, permitindo que lhas consumamos, TAL EXPLICAÇÃO OU PERMIÇÃO NÃO ESTA CONTIDA NA ESCRITURA INSPIRADA E INFALIVEL, MAS É FORNECIDA PELA IGREJA QUE CREMOS SER IGUALMENTE INFALIVEL. Não há pois que se admirar dum ortodoxo ou dum romano poderam degustar tranquilamente uma galinha a cabidela, manjar proibido aos judeus e cristãos das primeiras gerações...

Agora que aqueles que dizem 'Sola Scriptura' e afirmem a inspiração plenária venham a faze-lo também é sumamente comprometedor.

Pois afirmam que as escrituras comportam a autoridade suprema em questão de fé e prática, que a Igreja e falivel, que a razão também comporta riscos e entretanto tomam a velha explicação - PARA ELES AO MENOS EM TÉSE FALIVEL - fornecida pela mãe igreja para Atos 1, 28 e empregam-na sem o menor escrupulo degustando as carnes vedadas.

Quando os protestantes procedem deste modo merecem ser acusados de agir de modo oposto a suas doutrinas e crenças, pois afirmam que a igreja a falivel, que a igreja errou, que a igreja teve de ser reformada a partir da escritura infalivel e mesmo assim empregam uma explicação fornecida por esta igreja com o objetivo de violar um preceito contido na escritura infalivel e suprema.

Inda que não tomassem tal explicação a igreja mas deduzissem-na por si mesmos ela não faria parte da escritura inspirada e infalivel, suja autoridade não é superior apenas a da igreja mas a da própria razão, a qual pode vir a falhar. Se a razão e suas deduções podem vir a desampar-nos e a letra da escritura jamais os protestantes deveriam observar o preceito de Atos 15,28 enquanto atribuido aos apóstolos sob moção do Espírito Santo.

Acaso teriam mentido ou falhado as escrituras?

Evidentemente que não...


No entanto estas escrituras inspiradas e infaliveis não fornecem ulterior restritivo ou atenuante ao dispositivo em questão. Tais restritivos e atenuantes são sempre de origem eclesiástica ou humana...

Por isso que os Testemunhas de Jeová proibem a transfusão de sangue fundamentadas neste verso.

A Cristandade hipócrita - refiro-me aquela parcela da Cristandade que afirma o biblicismo e a inspiração plenária - ridiculariza-as e todavia eles são os unicos sectarios coerentes com a doutrina do biblicismo e da inspiração plenária. Tal a desventura do protestantismo que aqueles que levam suas doutrinas tanto mais a sério tornam-se tanto mais exóticos até se converterem em objeto de mofa para os demais, ou seja, para aqueles que não são coerentes com suas crenças...

Entretanto mesmo as testemunhas de Jeová e os demais sectarios não lograram viver conforme todos os elementos da cultura judaica presentes no Novo Testamento.

Cada seita escolhe os seus elementos judaicos, e viola, e despreza os demais, e assim como palhaços num picadeiro ficam a rir uns dos outros...

Eles ignoram que aquele que viola um só dispositivo das leis dos judeus viola-os todos...

Estamos pois diante dum residuo ou fragmento da cultura hebraica a que não estamos obrigados a prestar fé e a observar. Despreza-mo-lo pois pelo simples fato de não proceder de Jesus Cristo, o Verbo bem amado, mas de Moisés, legislador dos israelitas.

Jesus muito pelo contrário disse: Não é o que entra no ventre do homem e desce a latrina que contamina, mas o que sai do coração: ódios, rancores e maldades...

Viva Jesus! Abaixo preceitos judaicos estejam eles onde estiverem, seja na boca de Pedro, de Paulo ou de João!

Quando os calvinistas derem cumprimento a tais preceitos nós os levaremos a sério...







- O emprego do véu pelas mulheres.


Em I Cor 11,5 e sgs lemos:

"Toda mulher que ora ou profetiza com a cabela descoberta, desonra sua própria cabeça, porque é como se estivesse tosquiada.
Portanto se a mulher não se cobre tosquie-se também. Mas se para a mulher é coisa indecente a mulher tosquiar-se ou rapar-se cubra-se também."

Trata-se dum texto precioso contra os protestantes fundamentalistas e biblicistas que sustentam a doutrina da inspiração plenária e linear, mas que não lhe dão cumprimento, adequando deu 'modus vivendi' ao das escrituras.

Quando dizemos que os protestantes luteranos e calvinistas só empregam a doutrina da inspiração plenária com o objetivo de contradizer-nos no plano teórico, como se fosse uma tática ou estratégia, eles se melindram todos e ficam indignados. Mas é mesmo assim, pois quanto a vida vivem sem fazer caso da dita doutrina, como se ela não existi-se, sem aplica-la.

Tal como os céticos não conseguem viver ceticamente os biblicistas não logram viver biblicamente, sequer nos termos no Novo Testamento reproduzindo as formas de vida da igreja primitiva.

(Podemos crer como a igreja apostólica creu e amar como ela amou mas não viver como ela viveu porque o mundo em que estamos inseridos é outro.)

Outro testemunho clamoroso contra eles diz respeito ao ensino Paulino sobre o emprego do véu pelas senhoras durante o culto divino.

Como fariseu filho de fariseu ele não podiam conceber que uma mulher entrasse na Igreja ou assistisse ao culto com a cabeça descoberta e os cabelos a mostra. E os apóstolos todos como judeus comungavam deste ponto de vista! E toda a igreja durante os primeiros séculos, até a Idade média.

Em nossas igrejas situadas no Oriente tal costume inda se mantem em uso enquanto reflete os costumes da terra.

Aqui no Ocidente foi mantido até cerca de meio século pela Igreja romana, a qual só abriu mão dele após o Vaticano II.

Os sectários protestantes, que tanto dizem fazer caso da Bíblia inspirada e infalivel, regeitaram-no ainda mais cedo e hoje a maioria das seitas permite que mulheres de cabelo cortado assomem aos púlpitos. Isto é bom de certa forma, mas de modo algum sancionado pelas escrituras inspiradas e infaliveis.

Há muito que os protestantes de diversas organizações e seitas vem bulindo desonestamente com esta passagem das escrituras.

Pois como afirmam na teoria a inspiração plenária não podem admitir que esta passagem se refira ao véu de pano e determine seu emprego nos cultos. Seria assinar um atestado público de infidelidade religiosa.

Sem embargo é assim mesmo...

Ridicularizam de todas as formas a CCB ou como chamam-na 'a igreja do véu' mas, para a infelicidade dos mesmos, é a ela que assiste a razão neste ponto.

Costumeiramente os protestantes mais analfabetos, seus pastores, teologos e doutores alegam que Paulo esta se referindo aos cabelos das mulheres como véus.

Aqui, dizem eles, O VÉU É O CABELO.

E no entanto aqueles que dizem isto, desprezam o preceito da mesma forma permitindo que as mulheres cortem seus cabelos!

Ou que enrolem ou façam tranças com 'seus véus'(!!!).

Na verdade Paulo, como bom judeu, esta dizendo as duas coisas:

Que a mulher não deve rapar ou tosquiar seus cabelos. (e as sectarias fazem isto sem que os pastores lhas corrijam)

E que a mulher deve cobrir seus cabelos cumpridos com um segundo véu de pano. (coisa que as sectárias também não fazem)

Mesmo o professor Champlinn - que seu opõe ao uso do véu pelas mesmas razões que as nossas (culturais) - admite que o capítulo décimo primeiro da primeira carta de São Paulo ao Corintios se refira ao emprego do véu, do véu de pano. Coisa que salva a vista alias.

Examine-mos pois o texto um tanto mais de perto para firmar o sentido e prender os protestantes em sua própria arapuca (o biblicismo e a inspiração plenária):

"Toda a mulher que ora ou profetiza com a cabeça descoberta desonra sua própria cabeça."

Caso o véu seja o cabelo como alegam os mal intensionados, só há um modo de se interpretar esta frase: toda mulher que ora ou profetiza COM OS CABELOS CORTADOS OU CARECA desonra...


Interpretação absurda pois no tempo em que os apóstolo viveu, mulher alguma - judia ou pagã - ousava cortar seus cabelos como se faz hoje.

Naquele tempo todas as mulheres possuiam enormes e cumpridas cabeleiras e quando davam mal passo eram rapadas e expulsas da cidade.

Rapar os cabelos ou corta-los era como puniam as adulteras e prostitutas como foi feito no Ocidente até o começo do século passado.

Uma mulher em tais condições não ousaria sequer sair de seus aposentos, quanto mais dirigir-se a igreja ou casa de oração para profetizar (!!!).

"É como se estivesse tosquiada."

Só pode referir-se ao véu de pano.

A mulher que não faz uso dele é como se tivesse tido seus cabelos cortados ou seja como uma adultera, prostituta ou pecadora publica.

Se se trata do cabelo não faz sentido algum, pois se já estava tosqueada (com a cabela descoberta) como podia tosquiar-se uma segunda vez?

"Se pois a mulher não se cobre tosquie-se também."

A mesma coisa: se já esta com os cabelos cortados por não estar coberta pelos cabelos, vai tosquiar o que?

"Mas se é indecente para a mulher estar tosquiada ou rapada cubra-se também."

Se não é lícito a mulher cortar ou rapar sua cabeleira natural, cubra-a pois com uma segunda cabeleira artificial: o véu.

Não há outra interpretação possivel ou cabivel.

Só resta aos calvinistas confesar seu erro ou violar o sentido do texto profanando o que dizem ser a palavra inspirada e infalivel de seu deus.

Pois suas mulheres não se submetem aos ditames do apóstolo e da escritura e eles mesmos são coniventes com esta situação de rebeldia.

Nem me darei ao trabalho de citar os testemunhos de Tertualiano, Cipriano ou Agostinho sobre este passo. Posto que todos recebem com naturalidade e estabelecem a observância daquilo que foi promulgado pelo apóstolo não segundo a revelação de Jesus Cristo mas segundo as tradições de seus pais.

Conforme o apóstolo mesmo dá a entender no verso 10 aludindo as fábulas dos judeus segundo as quais os anjos que assistem aos cultos chegaram a se apaixonar quando viam uma única mecha de cabelo sem estar velada. (Jub 4,15 e Test. de Rb 1,6)

Os pais também criam que a mulher velada atraia o respeito e a admiração de Deus do mesmo modo que atrai o respeito a admiração dos homens de bem em todo o Oriente (Ramsay - As viagens do apóstolo Paulo), disto dá testemunho o Talmud a respeito de Kinchia, a qual por jamais ter exposto um fio sequer de seus cabelos aos caibros do teto de sua casa mereceu a graça de ver o sumo sacerdócio ocupado sucessivamente por diversos de seus filhos.

Tal o preceito do apóstolo e segundo ele mesmo diz de todas as igrejas de Deus. Entretanto os protestantes não lho põe em prática...

Nós porém afirmamos que tal preceito procede dos rabinos e mestres dos judeus e não do Verbo da vida Nosso Senhor Jesus Cristo e por isso não fazemos caso dele.







- A inferioridade das mulheres com relação aos homens e a condição das mesmas na Igreja


Efésios 5,22 reza: As mulheres estejam sujeitas a seus maridos.

Pois como a igreja é inferior a Cristo seu esposo a esposa é inferior ao esposo, explica ele nos versos seguintes.

Em I Tm 2,12 pontifica o mesmo apóstolo: Não permito que mulher ensine ou se arrogue autoridade, obedeça pois ao homem e fique calada.

"Pois não foi Adão que se deixou seduzir, mas a Eva e esta depois o fez transgredir." explica ele.

Conforme já havia dito em I Cor 11,9: "Não foi o homem criado para a mulher mas a mulher criada para o homem." (bela doutrina: a mulher é pouco mais que um bruto!)

Admitem os calvinistas tais arrazoados?

Com todo seu imenso rosário de iniquidades que atravessam os séculos?

Sei que parte deles não lhos admitem.

Pois até entre eles há gente de bons sentimentos e boa vontade.

Pois não desejam ver seus templos vazios e abandonados numa época em que a mulher é, com toda justiça, cada vez mais valorizada.

Seja como for o fundamento sobre o qual o abençoado Paulo edificou esta parted e sua teologia é manifesto: as fábulas e tolices dos judeus e não a palavra de Nosso Senhor Jesus Cristo, o qual como sabemos vivia acompanhado pelas santas mulheres e que por elas era servido.

Jesus jamais sancionou o machismo reinante.

Ficamos com ele que é Deus e não com o santo apóstolo que neste passo, mais uma vez, se deixou guiar e enredar pelas parvoices dos rabinos e escribas.







- Noutros passos da escritura - quando se referiu a situação das mulheres casadas com pagãos - porém, ele mesmo da a entender que não esta fundamentado em Cristo.

"Digo eu não o Senhor." & "Preceito meu e não dele"

E sequer revindica para si mesmo as luzes do Espírito Santo, embora tenha oferecido aos crentes uma solução sóbria e racional.

Entretanto ele nem sempre procedeu deste modo: discriminando o que era dele mesmo ou melhor dos rabinos e dos judeus e o que era do Senhor.






- Sobre o Dajal a respeito do qual escreveu o abençoado Paulo - em II Tes 2,2 sgs - e o presbitero, por quatro vezes no apocalipse os judeus, em sua enciclopédia reconhecem estar fundamentado na teologia judaica pré Cristã, expressa já por suas escrituras; como as profecias de Ezequiel e Daniel, já em sua literatura extra canonica; como o livro dos Macabeus, o segundo do imame Ezra e o de Enoch.

Também seus targuns, misnás, guemaras e Mekiltas referem-se amiude a este personagem mitologico.

Entretanto todos sabem muito bem que graças a esta fábula a mente do povo fixou-se mais no Dajal e no apocalipse do que no Cristo e no Evangelho.

Tais os frutos, tal a doutrina!

Doutrina que repudiamos juntamente com os targuns, misnás, guemaras e mekiltas compostas por nossos antepassados, porque não procede dos céus e não saiu da boca do Verbo da vida.

Preferimos a sentença do divino João, o qual disse com toda propriedade: Todo o que peca este é o anti-Cristo e eles são muitos.

Todo o que ensina a teoria da salvação facil, no pecado e pela fé somente, esse certamente é um anti-Cristo e adversário do Evangelho.

Todo o que ensina a necessidade das fabulas e preceitos judaicos para a salvação este é inimigo de Cristo.

Todo o que ensina a eleição positiva para o mal, o pecado e o castigo esse é opositor do Messias Jesus.

Por isso a respeito da fábula do Dajal os Cristãos bem fariam em seguir o conselho do Crisóstomo:

"São crendices e não devemos indagar sobre tais coisas." in Homil I sobre II Tes




- Em I Cor 10,11 assim se expressa o abençoado Paulo:

"... Nós que tocamos ao final dos tempos."

Concordam os calvinistas com esta assertativa segundo a qual a geração do apóstolo testemunhou ou testemunharia a consumação dos tempos?

Sabemos entretanto que Jesus jamais informou os seus sobre os tempos do fim.

Pois quando indagaram sobre o fim do sistema, respondeu-lhes profetizando sobre o fim do sistema judaico.

E quando poucos instantes antes de sua ascenssão perguntaram quando implantaria seu Reino glorioso neste mundo replicou quase nestes termos: Vão viver o Evangelho que lhes ensinei ao invés de ficarem ai parados olhando para o céu!

Ele mesmo quiz manter o tempo do fim em segredo para que os seus pemanecessem sempre alertas.

Seu ideal era que o servo fiel cuidasse de por em prática a lei do amor ao invés de tentar decobrir inutilmente a data e as circunstâncias do fim, como fazem os leitores do apocalipse (sem excetuar o grande Newton).

Os judeus porém da geração anterior, coêtanea e mesmo posterior ao seu advento estavam firmemente persuadidos de viver nos últimos dias.

Os apóstolos em geral partilhavam desta crença e o Senhor sabia muito bem que só o tempo poderia ensinar a eles e a igreja que o mundo haveria de continuar girando por milhões e milhões de séculos antes de sua parousia.

Por isso a Santa sabedoria não contedeu com eles e eles permaneceram sonhando com uma segunda vinda quase que imediata do Senhor. Não porque o Senhor lhes tivesse dado falsas e ilusórias esperanças, mas conforme as espectativas de todo povo.

Mais uma vez estamos diante de uma conjectura que não procede dos lábios sagrados do Senhor e tampouco de seu Santo e divino Espírito, mas dos rabinos e escribas judeus.



Conclusão: sempre que seguirmos aos escribas e doutores judeus, mesmo quando empregados pelos santos apóstolos (que eram judeus) erraremos.

Todavia quando seguimos ao Cristo nunca erramos.

Sigamos pois ao Cristo e também a seus apóstolos quando estes falarem expressamente em seu nome ou de acordo com sua palavras.

Quando falarem por si mesmos no uso da razão ou alegarem a luz do divino Espírito Santo, submetamo-nos igualmente com toda reverência.

Quando porém apelarem ao Testamento velho ou as lições da sinagoga não lhes ouçamos, fiquemos com Cristo que é Mestre suficiente para nós.

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