
Romanos IX - recapitulando.
No verso quinto Paulo baliza seu ensinamento, afirmando que:
"Deles (os israelitas filhos de Jacob) procede o Cristo segundo a carne, ele que é o Deus Bendito pelos séculos."
Depois nos versos 6 a 15 explana sobre a eleição de Jacob para engendrar a estirpe do Rei Messias com prejuizo de seu irmãos Esau e afirma que não foi uma questão de santidade ou merecimento.
Nos versos 17 e 18 cita o texto do pentateuco referente ao faraó e a saida do povo, texto cujo teor NÃO É MERAMENTE PRESDESTINACIONISTA COM RELAÇÃO A VIDA ETERNA, MAS FATALISTA COM RELAÇÃO A VIDA PRESENTE.
E concluimos que se os calvinistas recebem este texto em sua literalidade sustentam certamente a crença no destino, merecendo a justa pecha de fatalistas, qadaritas e adeptos do Corão.
Porque a opinião do Corão e da Taurat sobre as ações humanas é a mesma consistindo em atribuir a vontade de deus toda ação e operação humanas e apresentar os homens como se fossem fantoches ou bonecos manipulados pela divindade.
Conforme a reflexão sobre o livre arbitro não fora desenvolvida pelos povos semitas - hebreus ou arabes - recém saidos das areias do deserto.
Posteriormente todavia os hebreus lha desenvolveram conforme testificam os seguintes textos:
"Eis que ponho diante de ti a vida como bem e a morte como mal." Dt 30,15
Conforme o deuteronômio é o livro mais recente da Taurat dos judeus tendo sido elaborado séculos depois de Moisés, pelo sacerdote Elkias sob a égide de Josias.
Entrementes os hebreus já estavam assentados sobre a terra, civilizados e unificados pela realeza podendo deduzir que as ações humanas são livres e não determinadas pelo poder Supremo.
A seguir nos versos 19 a 22 nos deparamos enfim com os únicos textos do Novo Testamento que aparentemente patrocinam a teoria calvinista.
Convem pois analisa-los ampla e detidamente.
Enceta o apóstolo uma comparação sobre o oleiro e seus vasos:
"NÃO TEM OLEIRO PODER SOBRE SEUS VASOS PARA ASSIM FAZER UMA VASO PARA A HONRA E OUTRO PARA A DESONRA?
E QUE DIREIS SE DEUS QUERENDO MOSTRAR SUA IRA E DAR A CONHECER SEU PODER, SUPORTOU COM PACIÊNCIA VASOS DE IRA PREPARADOS PARA A PERDIÇÃO?"
Tais as palavras do Apóstolo sobre o oleiro e os vasos.
Entretanto Paulo não diz com suas palavras mesmas quem é o oleiro e quem são os vasos.
Tal fica por conta do leitor ou examinador...
Para Calvino Deus é o oleiro e os vasos são pessoas, homens, individuos, seres humanos enfim.
Que o oleiro seja Deus parece-me absolutamente plausivel, entretanto sobre quem sejam os vasos é que não estamos de acordo.
Pois se os vasos são pessoas o texto pareceria, num primeiro instante apoiar a tese de Calvino.
Todavia, mesmo que os vasos fossem pessoas, ainda assim a prova oferecida seriam muito fraca pois alem do texto ser simbólico é também condicionado.
Porquanto o apóstolo não afirma enfaticamente como quem doutrina sobre dogmas.
No verso vigésimo primeiro o discurso paulino é meramente interrogativo.
Não tem o oleiro... e outro para a desonra?
E no seguinte condicionado pela particula SE presente em todas as versões:
"E o que voces me diriam se Deus... preparados para a perdição?"
Diante da pergunta e da hipotese do apóstolo, caso estivessemos convencidos de que Paulo se refere a individuos, lhe responderiamos com todo respeito:
No verso quinto Paulo baliza seu ensinamento, afirmando que:
"Deles (os israelitas filhos de Jacob) procede o Cristo segundo a carne, ele que é o Deus Bendito pelos séculos."
Depois nos versos 6 a 15 explana sobre a eleição de Jacob para engendrar a estirpe do Rei Messias com prejuizo de seu irmãos Esau e afirma que não foi uma questão de santidade ou merecimento.
Nos versos 17 e 18 cita o texto do pentateuco referente ao faraó e a saida do povo, texto cujo teor NÃO É MERAMENTE PRESDESTINACIONISTA COM RELAÇÃO A VIDA ETERNA, MAS FATALISTA COM RELAÇÃO A VIDA PRESENTE.
E concluimos que se os calvinistas recebem este texto em sua literalidade sustentam certamente a crença no destino, merecendo a justa pecha de fatalistas, qadaritas e adeptos do Corão.
Porque a opinião do Corão e da Taurat sobre as ações humanas é a mesma consistindo em atribuir a vontade de deus toda ação e operação humanas e apresentar os homens como se fossem fantoches ou bonecos manipulados pela divindade.
Conforme a reflexão sobre o livre arbitro não fora desenvolvida pelos povos semitas - hebreus ou arabes - recém saidos das areias do deserto.
Posteriormente todavia os hebreus lha desenvolveram conforme testificam os seguintes textos:
"Eis que ponho diante de ti a vida como bem e a morte como mal." Dt 30,15
Conforme o deuteronômio é o livro mais recente da Taurat dos judeus tendo sido elaborado séculos depois de Moisés, pelo sacerdote Elkias sob a égide de Josias.
Entrementes os hebreus já estavam assentados sobre a terra, civilizados e unificados pela realeza podendo deduzir que as ações humanas são livres e não determinadas pelo poder Supremo.
A seguir nos versos 19 a 22 nos deparamos enfim com os únicos textos do Novo Testamento que aparentemente patrocinam a teoria calvinista.
Convem pois analisa-los ampla e detidamente.
Enceta o apóstolo uma comparação sobre o oleiro e seus vasos:
"NÃO TEM OLEIRO PODER SOBRE SEUS VASOS PARA ASSIM FAZER UMA VASO PARA A HONRA E OUTRO PARA A DESONRA?
E QUE DIREIS SE DEUS QUERENDO MOSTRAR SUA IRA E DAR A CONHECER SEU PODER, SUPORTOU COM PACIÊNCIA VASOS DE IRA PREPARADOS PARA A PERDIÇÃO?"
Tais as palavras do Apóstolo sobre o oleiro e os vasos.
Entretanto Paulo não diz com suas palavras mesmas quem é o oleiro e quem são os vasos.
Tal fica por conta do leitor ou examinador...
Para Calvino Deus é o oleiro e os vasos são pessoas, homens, individuos, seres humanos enfim.
Que o oleiro seja Deus parece-me absolutamente plausivel, entretanto sobre quem sejam os vasos é que não estamos de acordo.
Pois se os vasos são pessoas o texto pareceria, num primeiro instante apoiar a tese de Calvino.
Todavia, mesmo que os vasos fossem pessoas, ainda assim a prova oferecida seriam muito fraca pois alem do texto ser simbólico é também condicionado.
Porquanto o apóstolo não afirma enfaticamente como quem doutrina sobre dogmas.
No verso vigésimo primeiro o discurso paulino é meramente interrogativo.
Não tem o oleiro... e outro para a desonra?
E no seguinte condicionado pela particula SE presente em todas as versões:
"E o que voces me diriam se Deus... preparados para a perdição?"
Diante da pergunta e da hipotese do apóstolo, caso estivessemos convencidos de que Paulo se refere a individuos, lhe responderiamos com todo respeito:
Não, não esta certo.
Aqui o calvinista certamente dirá: mas Paulo diz quem és tu para discutir com Deus?
E nós replicaremos não debatemos embasados em nós mesmos mas nas palavras e promessas absolutamente claras e indubitaveis de Deus encarnado Jesus Cristo.
É com base na doutrina do Evangelho que resistiriamos a esta doutrina inda que Paulo, firmado nos rabinos e na taurat a apoiasse.
Pois o Evangelho se refere aos homens como carne e como filhos jamais como vasos ou objetos de pau ou pedra.
Por outro lado o Deus de Jesus Cristo é algo para além de um oleiro e da relação do oleiro com seus vasos: A DEUS DEVEIS CHAMAR DE PAI.
Acaso algum calvinista terá a coragem de afirmar que a relação entre PAI E FILHO É A MESMA QUE ENTRE OLEIRO E VASO?
"Pois se sendo maus sabeis dar boas coisas a seus filhos, quanto mais VOSSO PAI celestial dará o bom Espírito a quem clamar por ele." Mat 7,11
Posto esta que não se dirije aos santos e aos critãos membros de seu corpo mas aos ímpios judeus que sequer pertenciam a Igreja ou estavam sob o jugo da graça.
Por isso diz: sendo maus.
Enquanto o servo de Cristo é bom e predisposto a toda obra boa.
Posto esta que os maus são adoradores do Demônio e não de Cristo ao qual ultrajam.
Entretanto Jesus afirma que Deus também é Pai de tais pessoas que não são suas filhas pela adoção?
E porque as chama assim se não são suas filhas mas filhas da iniquidade e da rebeldia?
Porque foram todas chamadas e convocadas para se tornarem filhas suas.
Segundo todos os homens foram eleitos a filiação em Cristo.
E disse o mesmo a Lidia que sofria de fluxo de sangue e a outra mulher pagã da Sidônia cuja filha estava enferma.
Querendo dizer que os pagãos chamados a unidade da graça também eram seus filhos.
Por isso chama por filhos a tantos quantos não sendo filhos ainda viriam a se-lo, ou seja a todos os hebreus e pagãos, a todos os homens.
A relação que o Senhor e seu Evangelho nos apresentam é de Filho e Pai, muito superior a relação entre oleiro e vaso.
Portanto se Paulo por vaso compreendeu homem apartou-se muito do pensamento e das palavras de Cristo deixando-se levar pelas tonteiras de Hilel, Shamai, Gamaliel, Yhonan Bem Zachai, etc
Os quais nada sabiam sobre a filiação prometida aos santos no Senhor.
Os calvinistas em sua malícia sustem que se deve compreender vaso por homem porque o verso vigésimo se refere a homem.
Entretanto somos informado pelo mesmo texto que este 'homem' não é um individuo qualquer ou todo individuo, mas um homem específio: o Esaú sobre o qual estava falando pouco antes, querendo por Esau dizer Edon e todos os demais povos da terra aos quais não foi entregue a geração carnal do Servo Sofredor.
Ja naquele tempo os outros povos murmuravam porque motivo Deus tinha escolhido ao povo hebreu para engendrar a carne daquele que é Bendito pelos séculos e podemos verificar que tal queixa se reproduziu nos séculos subsequentes sendo amplamente discutida pelos primeiros apologetas de nossa fé.
É aos pagãos e suas nações - representadas pelo homem Esau - que Paulo se dirige nesta passagem atalhando pela base seus raciocinios e afirmando que Deus não deve satisfações a ninguém sobre o porque escolheu encarnar-se entre a posteridade de Jacob.
E também insinua que ao povo hebreu sendo como um vaso de barro no que diz respeito a suas prerrogativas transitórias não tinha porque melindrar-se diante das afirmações de Cristo segundo as quais seria como de fato foi substituido por outro povo ou seja a Igreja Católica querendo dizer universal e aberta a todos os povos e homens sem acepção de pessoas.
Nem pagãos nem judeus ou seja as nações tinham o direito de discutir sobre tais privilegios transitórios, porquanto a uns e outros era oferecida a vida eterna pela graça de Jesus Cristo.
Que por Esau - o homem do verso 20 - podemos entender Edon e por Edon todos os pagãos, basta consultar os livros dos profetas nos quais o Egito é frequentemente personificado pelo Faraó e a fenícia pela cidade de Tiro denominada princeza. Mesmo porque segundo os hebreus os nomes dos povos derivam de seus patriarcas, daí a simbologia.
Afirmamos portanto que o vaso do verso vigésimo primeiro designa povo ou nação e não pessoas.
E estamos embasados na mesma palavra profética donde Paulo foi tomar as expressões oleiro e vaso.
Isaias 26,16 refere-se a Ariel 'leão de Deus' ou seja ao povo de Judá e não a individuos particulares.
Noutros passos porém o mesmo profeta compara os homens a vasos.
O contexto amplo da carta aos romanos - que trata das relações Israel nação e nações pagãs - sugere entretanto que após citar Isaias no verso vigésimo aluda a Jeremias e a parabola do Oleiro nos versos seguintes, querendo significar pura e simplismente isto:
"COMO ARGILA NAS MÃOS DO OLEIRO ASSIM SOIS VÓS EM MINHAS MÃOS OH CASA DE ISRAEL." Jr 18,6
Onde esta vaticinado que este vaso infiel seria quebrado.
Ora é justamente sobre a regeição de Israel e sua substituição pela Igreja que Paulo discorrerá nos próximos cinquenta versiculos.
Estamos pois bem autorizados a crer e a pensar que os vasos correspondem a nações: as nações pagãs que murmuravam por não terem engendrado o Messias na carne (Esau/Edon o homem regeitado) e a nação judaica que murmurava contra a igreja Cristã alegando que sua eleição era eterna e irrevogavel.
Por isto Paulo dirigindo-se a uns e outros, mas especialmente a seus irmãos de sangue, afirmar que os vasos de barro (nações) nada teem que debater com o oleiro o qual tem o direito de po-los de lado em qualquer momento caso seja detectada alguma rachadura ou fenda.
Tal o sentido mais provavel dos referidos versos.
Cumpre ressaltar por fim que embora todos estes versos sejam frequentemente citados e discutidos pelos rabinos e relacionados com a eleição ou a predestinação, jamais receberam deles a conotação individualista que Calvino lhes atribui.
Efetivamente os hebreus nada sabiam de eleição individual, eles só se referiam a eleição comum ou conjunta de todo povo ou dos filhos de Abraão.
Durante a época de Jesus e Paulo estavam os rabinos divididos em duas escolas:
A primeira, mais antiga - oriunda dos tempos em que os hebreus não cogitavam ou não estavam muito bem convencidos sobre a liberdade pessoal - postulava que todo descendente da carne e do sangue de Abraão, estava eleito e salvo independente de suas ações e operações. Algo mais ou menos semelhante a teoria de Calvino.
Já a segunda, mais recente, admitia a liberdade e postulava que embora todos os filhos de Abraão tivessem sido eleitos desde sempre, nem todos fariam juz a dita eleição a menos que observassem os preceitos de Moisés ou seja a Lei, neste caso a eleição era condicional dependendo da atitude ou do comportamento daqueles que haviam sido potencialmente eleitos desde toda a eternidade.
Seja como for para ambas as escolas a eleição era dupla, pois restringindo a salvação aos filhos de Abraão ou aos judeus, implicava necessariamente no repudio e na condenação dos pagãos que eram a maioria dos seres humanos.
Por isso o apocalipse de Baruc afirma explicitamente que os gentios haviam sido criados para a matança e para a destruição eterna no fogo.
A questão a que nos propomos é a seguinte:
Teria Jesus edificado sua igreja por analogia com a sinagoga dos hebreus constituindo-as de um grupo de eleitos e predestinados com a regeição de todos os demais?
Sera que Paulo concedia a igreja nos moldes da Velha sinagoga encarando-a como um grupelho de eleitos e a todos os outros como réprobos?
E de pronto respondemos que não, porquando a aliança temporal com um só povo foi definitivamente substituida por uma aliança espiritual com todos os povos ou com o gênero humano, eleito e convocado a fé, a graça e a salvação.
A Igreja é instituição aberta a todos os seres humanos oferecendo liberalmente a todos a salvação pela fé viva e operante.
Por isso os profetas antigos vaticinaram: "Congrega-los-ei de todos os povos e nações da terra para que formem um só povo..."
E Jesus mesmo ordenou: Ide a todos os povos e ensinai a toda criatura...
Entretanto de que serviria instruir a toda criatura se nem toda criatura é predestinada?
Para que oferecer a salvação a todos se nem todos podem ser ou foram salvos?
Para que pregar se a graça é capaz de agir interiormente e de quebrar as vontades?
Por isto esta escrito: A VONTADE DE DEUS É QUE TODOS OS HOMENS SE SALVEM PELO PLENO CONHECIMENTO DA VERDADE.
Ora o pleno conhecimento é a pratica da verdade.
Não há pois igrejola ou seita de eleitos e predestinados mas Igreja Santa e Catolica espalhada por toda terra com a sublime missão de restaurar todos os homens no amor e na obediência.
Todos foram eleitos, convocados e chamados no Senhor Jesus Cristo.
Todos os demais versos e o capitulo seguinte tratam justamente da regeição temporal dos hebreus e do chamamento de todos os homens, conforme foi dito:
Chamará a todos os cegos, cochos, mendigos e enfermos para que assistam as bodas.
As bodas da natureza divina com a natureza humana tendo em vista nossa regeneração.
Aqui o calvinista certamente dirá: mas Paulo diz quem és tu para discutir com Deus?
E nós replicaremos não debatemos embasados em nós mesmos mas nas palavras e promessas absolutamente claras e indubitaveis de Deus encarnado Jesus Cristo.
É com base na doutrina do Evangelho que resistiriamos a esta doutrina inda que Paulo, firmado nos rabinos e na taurat a apoiasse.
Pois o Evangelho se refere aos homens como carne e como filhos jamais como vasos ou objetos de pau ou pedra.
Por outro lado o Deus de Jesus Cristo é algo para além de um oleiro e da relação do oleiro com seus vasos: A DEUS DEVEIS CHAMAR DE PAI.
Acaso algum calvinista terá a coragem de afirmar que a relação entre PAI E FILHO É A MESMA QUE ENTRE OLEIRO E VASO?
"Pois se sendo maus sabeis dar boas coisas a seus filhos, quanto mais VOSSO PAI celestial dará o bom Espírito a quem clamar por ele." Mat 7,11
Posto esta que não se dirije aos santos e aos critãos membros de seu corpo mas aos ímpios judeus que sequer pertenciam a Igreja ou estavam sob o jugo da graça.
Por isso diz: sendo maus.
Enquanto o servo de Cristo é bom e predisposto a toda obra boa.
Posto esta que os maus são adoradores do Demônio e não de Cristo ao qual ultrajam.
Entretanto Jesus afirma que Deus também é Pai de tais pessoas que não são suas filhas pela adoção?
E porque as chama assim se não são suas filhas mas filhas da iniquidade e da rebeldia?
Porque foram todas chamadas e convocadas para se tornarem filhas suas.
Segundo todos os homens foram eleitos a filiação em Cristo.
E disse o mesmo a Lidia que sofria de fluxo de sangue e a outra mulher pagã da Sidônia cuja filha estava enferma.
Querendo dizer que os pagãos chamados a unidade da graça também eram seus filhos.
Por isso chama por filhos a tantos quantos não sendo filhos ainda viriam a se-lo, ou seja a todos os hebreus e pagãos, a todos os homens.
A relação que o Senhor e seu Evangelho nos apresentam é de Filho e Pai, muito superior a relação entre oleiro e vaso.
Portanto se Paulo por vaso compreendeu homem apartou-se muito do pensamento e das palavras de Cristo deixando-se levar pelas tonteiras de Hilel, Shamai, Gamaliel, Yhonan Bem Zachai, etc
Os quais nada sabiam sobre a filiação prometida aos santos no Senhor.
Os calvinistas em sua malícia sustem que se deve compreender vaso por homem porque o verso vigésimo se refere a homem.
Entretanto somos informado pelo mesmo texto que este 'homem' não é um individuo qualquer ou todo individuo, mas um homem específio: o Esaú sobre o qual estava falando pouco antes, querendo por Esau dizer Edon e todos os demais povos da terra aos quais não foi entregue a geração carnal do Servo Sofredor.
Ja naquele tempo os outros povos murmuravam porque motivo Deus tinha escolhido ao povo hebreu para engendrar a carne daquele que é Bendito pelos séculos e podemos verificar que tal queixa se reproduziu nos séculos subsequentes sendo amplamente discutida pelos primeiros apologetas de nossa fé.
É aos pagãos e suas nações - representadas pelo homem Esau - que Paulo se dirige nesta passagem atalhando pela base seus raciocinios e afirmando que Deus não deve satisfações a ninguém sobre o porque escolheu encarnar-se entre a posteridade de Jacob.
E também insinua que ao povo hebreu sendo como um vaso de barro no que diz respeito a suas prerrogativas transitórias não tinha porque melindrar-se diante das afirmações de Cristo segundo as quais seria como de fato foi substituido por outro povo ou seja a Igreja Católica querendo dizer universal e aberta a todos os povos e homens sem acepção de pessoas.
Nem pagãos nem judeus ou seja as nações tinham o direito de discutir sobre tais privilegios transitórios, porquanto a uns e outros era oferecida a vida eterna pela graça de Jesus Cristo.
Que por Esau - o homem do verso 20 - podemos entender Edon e por Edon todos os pagãos, basta consultar os livros dos profetas nos quais o Egito é frequentemente personificado pelo Faraó e a fenícia pela cidade de Tiro denominada princeza. Mesmo porque segundo os hebreus os nomes dos povos derivam de seus patriarcas, daí a simbologia.
Afirmamos portanto que o vaso do verso vigésimo primeiro designa povo ou nação e não pessoas.
E estamos embasados na mesma palavra profética donde Paulo foi tomar as expressões oleiro e vaso.
Isaias 26,16 refere-se a Ariel 'leão de Deus' ou seja ao povo de Judá e não a individuos particulares.
Noutros passos porém o mesmo profeta compara os homens a vasos.
O contexto amplo da carta aos romanos - que trata das relações Israel nação e nações pagãs - sugere entretanto que após citar Isaias no verso vigésimo aluda a Jeremias e a parabola do Oleiro nos versos seguintes, querendo significar pura e simplismente isto:
"COMO ARGILA NAS MÃOS DO OLEIRO ASSIM SOIS VÓS EM MINHAS MÃOS OH CASA DE ISRAEL." Jr 18,6
Onde esta vaticinado que este vaso infiel seria quebrado.
Ora é justamente sobre a regeição de Israel e sua substituição pela Igreja que Paulo discorrerá nos próximos cinquenta versiculos.
Estamos pois bem autorizados a crer e a pensar que os vasos correspondem a nações: as nações pagãs que murmuravam por não terem engendrado o Messias na carne (Esau/Edon o homem regeitado) e a nação judaica que murmurava contra a igreja Cristã alegando que sua eleição era eterna e irrevogavel.
Por isto Paulo dirigindo-se a uns e outros, mas especialmente a seus irmãos de sangue, afirmar que os vasos de barro (nações) nada teem que debater com o oleiro o qual tem o direito de po-los de lado em qualquer momento caso seja detectada alguma rachadura ou fenda.
Tal o sentido mais provavel dos referidos versos.
Cumpre ressaltar por fim que embora todos estes versos sejam frequentemente citados e discutidos pelos rabinos e relacionados com a eleição ou a predestinação, jamais receberam deles a conotação individualista que Calvino lhes atribui.
Efetivamente os hebreus nada sabiam de eleição individual, eles só se referiam a eleição comum ou conjunta de todo povo ou dos filhos de Abraão.
Durante a época de Jesus e Paulo estavam os rabinos divididos em duas escolas:
A primeira, mais antiga - oriunda dos tempos em que os hebreus não cogitavam ou não estavam muito bem convencidos sobre a liberdade pessoal - postulava que todo descendente da carne e do sangue de Abraão, estava eleito e salvo independente de suas ações e operações. Algo mais ou menos semelhante a teoria de Calvino.
Já a segunda, mais recente, admitia a liberdade e postulava que embora todos os filhos de Abraão tivessem sido eleitos desde sempre, nem todos fariam juz a dita eleição a menos que observassem os preceitos de Moisés ou seja a Lei, neste caso a eleição era condicional dependendo da atitude ou do comportamento daqueles que haviam sido potencialmente eleitos desde toda a eternidade.
Seja como for para ambas as escolas a eleição era dupla, pois restringindo a salvação aos filhos de Abraão ou aos judeus, implicava necessariamente no repudio e na condenação dos pagãos que eram a maioria dos seres humanos.
Por isso o apocalipse de Baruc afirma explicitamente que os gentios haviam sido criados para a matança e para a destruição eterna no fogo.
A questão a que nos propomos é a seguinte:
Teria Jesus edificado sua igreja por analogia com a sinagoga dos hebreus constituindo-as de um grupo de eleitos e predestinados com a regeição de todos os demais?
Sera que Paulo concedia a igreja nos moldes da Velha sinagoga encarando-a como um grupelho de eleitos e a todos os outros como réprobos?
E de pronto respondemos que não, porquando a aliança temporal com um só povo foi definitivamente substituida por uma aliança espiritual com todos os povos ou com o gênero humano, eleito e convocado a fé, a graça e a salvação.
A Igreja é instituição aberta a todos os seres humanos oferecendo liberalmente a todos a salvação pela fé viva e operante.
Por isso os profetas antigos vaticinaram: "Congrega-los-ei de todos os povos e nações da terra para que formem um só povo..."
E Jesus mesmo ordenou: Ide a todos os povos e ensinai a toda criatura...
Entretanto de que serviria instruir a toda criatura se nem toda criatura é predestinada?
Para que oferecer a salvação a todos se nem todos podem ser ou foram salvos?
Para que pregar se a graça é capaz de agir interiormente e de quebrar as vontades?
Por isto esta escrito: A VONTADE DE DEUS É QUE TODOS OS HOMENS SE SALVEM PELO PLENO CONHECIMENTO DA VERDADE.
Ora o pleno conhecimento é a pratica da verdade.
Não há pois igrejola ou seita de eleitos e predestinados mas Igreja Santa e Catolica espalhada por toda terra com a sublime missão de restaurar todos os homens no amor e na obediência.
Todos foram eleitos, convocados e chamados no Senhor Jesus Cristo.
Todos os demais versos e o capitulo seguinte tratam justamente da regeição temporal dos hebreus e do chamamento de todos os homens, conforme foi dito:
Chamará a todos os cegos, cochos, mendigos e enfermos para que assistam as bodas.
As bodas da natureza divina com a natureza humana tendo em vista nossa regeneração.
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