Toplady apela ainda a II Tes 2,11:
"Por isso o Senhor lhe enviara uma operação do erro que lhos fará crer no erro."
E afirma que esta operação do erro é o decreto referente a regeição deles.
Vejamos entretanto o que diz o contexto:
v 10 "Eis que ele empregará seduções e artíficios com aqueles que estão se perdendo, POR NÃO TEREM CULTIVADO AQUELE AMOR A VERDADE QUE LHOS TERIA PODIDO SALVAR.
Não foram pois predestinados desde toda eternidade a operação do erro, mas ao cultivo da verdade que lhos poderia ter salvo.
Entretanto recusaram-se a cultivar a verdade, tornaram-se agentes de sua própria perdição e por isso o Senhor lhes enviou a operação do erro.
Os primeiros passos na senda do mal e da iniquidade foram dados volutariamente por eles e não determinados pelo Senhor.
Caso tivessem agido doutro modo fazendo uso correto de suas liberdades, cooperando com os planos do Senhor e abraçado a verdade teriam sido co autores da própria redenção e não da própria condenação.
Não estavam predestinados a perdição e poderiam ter sido salvos caso tivessem querido e agido doutra forma.
Não há pois qualquer tipo de predestinação para o mal e o pecado, mas chance e oportunidade de salvação para todos.
O verso décimo segundo, de sabor igualmente arminiano completa a lição:
"Serão julgados e condenados porque não deram crédito a verdade mas consentiram no mal."
Não serão julgados porque foram predestinados ao mal mas sim porque consentiram livremente nele e puzeram-no em prática.
Não serão condenados porque foram regeitados pelo Senhor desde os tempos perpétuos mas porque tendo sido convocados ao Reino não deram crédito a convocação.
Como eleitos que não quizeram corresponder a eleição para o bem e a virtude serão legitimamente punidos.
Alias como poderiam ser legitimanente condenados caso estivessem préviamente incapacitados para dar crédito a verdade?
Foram justamente punidos porque lhes fora perfeitamente possivel abraça-la e servi-la.
Como poderiam ser castigados por colaborar com o mal caso fossem obrigados ou coagidos a faze-lo.
Se foram castigados é justamente porque podiam não te-lo feito.
Entretanto se lho fizeram, fizeram-no livremente, por vontade própria e não por coerção.
São julgados e condenados por não terem dado crédito ao que deveriam ter dado e por terem consentido ao invés de evitar.
O juizo, a condenação e a punição não estão fundamentados na parcialidade ou no capricho da vontade divina - vontade que é santa por natureza e isenta de parcialidade - mas nas ações e operações que eles encetaram livremente e que poderiam ter encetado doutra forma, dando glória ao seu Senhor.
Portanto a operação do erro que lhes é enviada pelo Senhor nada mais do que uma resposta a sua má vontade e a sua recusa em servir livremente.
Foram pois os agentes da própria perdição e vergonha como poderiam ter sido co autores e agentes de sua própria redenção.
Deus não lhos fez maus e tampouco infundiu neles o pecado, eles é que aderiram livremente ao mal na mesma medida em que se apartaram do bem e da graça do Senhor.
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