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A consciência histórica do Cristianismo

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terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Jesus e o toucinho ou o que teria acontecido com os porcos de Gader?

Segundo consta nos sinóticos caminhava Nosso Senhor pelos confins de Gader ou Gadara, uma das dez cidades habitadas predominantemente por pagãos no transcurso do Jordão.

Não diz a narrativa que o Senhor tenha estado na bela cidade ou entrado nela e repousado junto as marmóreas colunas de seu forum circular. Antes dá a entander que Nosso Bom Mestre tocou a um dos distritos da cidade, próximo ao cemitério...

Esta referência é particularmente interessante porque os cemitérios sempre ficavam situados fora das cidades, o daquele lugar junto as grutas das montanhas certamente; numa região quase deserta.

Dizemos quase porque os cemitérios do deserto costumavam ser frequentados por aqueles que classificamos como doentes mentais ou, como queiram, por pessoas obssecadas por Dibuks, espíritos obcessores de origem humana.

Alias, é perfeitamente compreenssivel que os espíritos dos materialistas e incrédulos, buscassem a companhia de seus corpos aos quais são costumeiramente tão apegados, e que por isso mesmo vagassem pelos cemitérios...e mesmo quando logravam possuir outros corpos voltavam para lá, talvez com o intuito de ostenta-los; pois de algum modo conservavam algum tipo de visão espiritual...

Considerai que tais homens eram doentes ou obsedados em todo caso anormais.

A respeito dos mentalmente enfermos é sabido que amiude desenvolvem algum tipo de faculdade paranormal como telepatia ou pré cognição.

Sendo perfeiramente compreenssivel que tenham detectado a presença, ou a breve chegada de um espírito superior ou divino aquele lugar. E como soi em tais ocasiões tais individuos, fossem dois ou até mais devem ter experimentado forte inquietude, acompanhada talvez de tremores, achaques, gritos, etc

Manifestações estas captadas pelos porcos que ali pastavam. Pois os animais percebem com refinada acuidade tais manifestações de origem humana, do mesmo modo como percebem antes de nós terremotos, maremotos e outros tipos de calamidades; porque a aesthesia deles é mais acurada.

Eis que chega Jesus e os homens recebem-no gritando, o que deve ter assustado ainda mais os pobres animais e predisposto-os ao estouro.

Jesus por sua vez, enquanto profeta, esta ciente de que em menos de minuto dos porcos sairão em desabalada carreira e se atiram ao abismo.

Enquanto os homens se contorcem os porcos efetivamente estouram e precipitam-se no lago morro abaixo.

Assim que voltam a si e contemplam o destino dos infelizes animais os 'ex enfermos' tem a confirmação de sua cura... parte importante neste tipo de terapia na medida em que reforça a crença do exorcismado no sucesso do exorcismo.

De tudo isto resulta que Jesus não foi o responsável pelo estouro da manada.

A responsabilidade aqui deve ser atribuida ao surto de loucura sofrido pelos homens.

A intenção de Jesus ao ir até lá foi apenas e tão somente a de trazer algum alivio para tais pessoas e não de chacinar os animais.

No entanto a morte dos suinos foi em certa medida util a recuperação daqueles homens.

Apesar disto devemos ter em mente que os animais não foram mortos pelos homens ou por Jesus; tal e qual são mortos no tempo presente pelo cientistas nos laboratórios... apenas a ocasião foi aproveitada.

A causa primária da morte foi a natureza dos mesmos porcos.

Cabem aqui duas últimas perguntas:

Porque Jesus não impediu os porcos de se jogarem no precipicio?

Porque sentiu e soube que os homens recem curados precisavam ver os porcos mortos para terem certeza absoluta a respeito da cura e consolida-la.

Porque Jesus não realizou algum milagre devolvendo a vida aos infelizes animais?

Porque para a cultura judaica, na qual Jesus estava inserido, os porcos eram considerados animais impuros e como tais odiados pelo povo.

Diante disto ressuscitar porcos equivaleria, em termos de modernidade, a ressuscitar ratos ou baratas, que são animais injustamente detestatos por muitas pessoas. Caso Jesus fizesse isto perderia todo crédito diante dos judeus e colocaria sua missão em risco; então ele teve de ser condescendente e de restrigir sua piedade o que deve ter sido uma experiência díficil e uma causa de dor e sofrimento para sua natureza generosa e clemente.

Os santos padres e doutores cogitam ainda que a manada de porcos pertencesse a algum judeu, no caso infrator da lei mosaica e merecedor de castigo; dai Jesus não ter poupado ou ressuscitado os porcos. Não acredito que esta razão fosse terminante ou superior a seu carinho para com todos os seres; pode no entanto ser uma razão adicional.

Em todo caso, para aqueles que creem no percurso natural da alma ou da mentepsicose, há a certeza de que as almas dos porcos renasceram como gatos, depois como cães, elefantes e enfim como homens racionais predispostos para a luz, a graça, a verdade e o amor do Santo e divino Evangelho. A morte pela qual passaram não impediu que elas completassem seu ciclo evolutivo determinado pelo próprio Senhor Jesus Cristo.

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