O verbo se fez carne...

O verbo se fez carne...

A mãe do Verbo Encarnado

A mãe do Verbo Encarnado

A consciência histórica do Cristianismo

A consciência histórica do Cristianismo

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Fundamentos do Cristianismo - A quem foram entregues as profecias?




Do que lemos no capítulo interior infere-se que ideia alguma causou mais dano ao Cristianismo do que a teoria de uma Bíblia uniforme ou de um Corão 'cristão' contido entre Gênesis e Apocalipse... registro absolutamente inerrante, inquestionável e o que é pior de igual autoridade em cada uma de suas partes.

Tal elaboração histórica foi o germe de todos os sofrimentos e dissabores porque a Igreja de Cristo haveria de passar até o tempo presente.

Pelo simples fato de ter repudiado a doutrina Ortodoxa da especificidade, superioridade e suficiência doutrinal do Novo Testamento e possibilitado que o Evangelho por assim dizer fosse absorvido pela 'Bíblia' a ponto de DILUIR-SE no Antigo Testamento e tornar-se algo comum...

Na medida em que o Evangelho passou a ser encarado como 'parte' e parte igual e não como elemento soberano ou coordenador, destinado a julgar e dirimir todas as controvérsias, escancaram-se as portas da igreja para o elemento farisaico ou rabínico ou para uma reação 'contra revolucionária' destinada a descristianizar o Cristianismo tendo em vista a eliminação do quanto havia de específico nele, apresentando tal conteúdo como pagão...

Afinal prevaleceu a ideia judaizante segundo a qual os elementos mais 'jovens' ou recentes, como o Evangelho e o novo testamento é que deveriam conformar-se com o elemento mais antigo; logo de concordar com a Torá... DESTARTE ERA O EVANGELHO QUE DEVIA ADAPTAR-SE A LEI MOSAICA!!! Compreensão que ora prevalece entre as Testemunhas de Jeová, Adventistas e Pentecostais de vária lavra, embora já se encontre embutida no calvinismo!

Quem não percebe que admitido este princípio fica o Cristianismo condenado a morte e o próprio Evangelho aniquilado???

Pois trata-se justamente de colocar o VINHO NOVO nos ODRES VELHOS...

No entanto o protestantismo assumiu e canonizou esta opinião. Aventou-a em princípio ou dogma basilar seu e assim arrematar o 'deus' de papel foi apenas como subir um degrau a mais...

A ideia popular duma Bíblia que seja toda ela 'de capa a capa' palavra de Deus com o mesmo valor e autoridade foi (e é) é ideia essencialmente maligna pelo simples fato de que, pondo as palavras dos sacerdotes judeus - Com suas lendas, mitos e fábulas -  em pé de igualdade com as palavras do Verbo Encarnado Jesus Cristo, forneceu aos maus Cristãos expediente eficaz com que podiam doravante obscurecer ou desvirtuar o sentido das palavras de Jesus, alterando-lhe os ensinamentos.

Aqui Jesus tornou-se como que apenas mais um... Era de fato convencionalmente tratado como divino. Suas palavras no entanto eram encaradas como as de simples profeta, misturadas com as de um sem número de criaturas. Pois os protestantes nem mantiveram o piedoso costume de separar as palavras do divino Mestre em EVANGELIÁRIOS, a exemplo da mãe igreja, de honorifica-las com um ritual simbólico ou mesmo de recita-las como algo diferenciado em seus cultos.

Os protestantes perderam quase que por completo o sentido Cristão de Evangelho tão caro aos primeiros Cristãos, aos antigos padres e mesmo a espiritualidade franciscana, já em termos de Idade Média e substituíra o conceito Evangelho pelo conceito Bíblia. Desde então o Evangelho perdeu sua peculiaridade e significância, desaparecendo dentro do enorme calhamaço deificado pela reforma... E isto é imensamente trágico!


Pois desde então a divina Revelação - ou seja o dogma Cristã - foi ficando mais e mais permeável aos mitos, lendas e fábulas do judaísmo antigo, as quais como que hipostasiaram-se a seus mistérios, convertendo-se em outros tantos artigos de fé alienígenas ou espúrios. E dia raiou em que já não se podia distinguir uma coisa da outra... Neste dia infeliz perdeu-se por assim dizer a especificidade do Credo Cristão tornando-se o Cristianismo a diluir-se no judaísmo e isto a ponto de tornar a ser passar a ser encarado como uma mísera seita judaica, tal a perspectiva dos unitários, sabatistas e sobretudo dos pentecostais, ora convertidos em paladinos do sionismo!!!

Percebam como em diversos setores do protestantismo o Criacionismo, chegou a substituir a divindade de Cristo e a Santíssima Trindade como dogma basilar. O foco deles não é de modo algum o ENCARNACIONISMO e tampouco o TRINITARISMO - Dos quais por sinal desconfiam enquanto elementos próprios do Catolicismo - mas Criacionismo, não Cristianismo, mas judaismo! Não Evangelho, mas Torá ou Moisés.

Ora todas estas doutrinas - Mais o iconoclasmo, o anti sacramentalismo, etc - são sintomas de judaização e portanto de perda de consciência por parte dos Cristãos nominais.

Caso eu acreditasse na existência pessoal do Diabo, acreditaria piamente que foi ele quem concebeu e trabalhou ativamente pela canonização da doutrina da Bíblia uniforme e da inspiração plenária e linear. Não é o caso. Foi no entanto uma opção desastrosa feita pelos reformadores a partir de Calvino.

Pois foi através dela que a economia Cristã como um todo reverteu mais uma vez ao judaísmo por obra e graça das seitas fundamentalistas, cujo padrão é o dispensacionalismo.

Coisa incrível é que atilado Calvino não tenha percebido as implicações contidas em tal doutrina.

Afinal se as palavras de Cristo absolutamente iguais a de todos os outros homens, sejam eles videntes ou profetas, como sua pessoa pode ser superior a deles???

E se a pessoa é superior ou divina como as palavras dela podem deixar de ser ao menos em certo aspecto superiores as de todos os demais emissários?

Como podem deixar, ao menos, de serem mais precisas, exatas, claras e objetivas?

E portanto de servirem como padrão ou critério decisivo em matéria de doutrina?

Nem nos devemos admirar de que a medida em que o tempo ia passando, uma parcela cada vez maior de sectários tenha passado a encarar o Senhor Jesus Cristo cada vez mais como simples profeta ou emissário, até precipitarem-se nos abismos do unitarismo, do judaísmo e do islã...

Por outro lado se Jesus é o Verbo encarnado ou um ser de categoria divina - como sempre acreditou a Igreja Ortodoxa, Católica, atanasiana ou nicena (Firmada em suas próprias palavras e na pena apostólica do Novo Testamento) - é impossível deixar de concluir que o peso de suas palavras é superior a tudo quanto já fora escrito e que só ele e apenas ele, sendo Deus verdadeiro, proferiu palavras de vida eterna.

Da simples ideia ou conceito de divindade de Cristo brota naturalmente o conceito ou ideia segundo a qual o grau de inspiração desfrutado pelo Evangelho seja necessariamente maior e mais intenso do que o grau de inspiração e exatidão desfrutado por todas as outras partes da Escritura neo testamentária. Que diremos então a respeito das profecias vetero testamentárias? E das partes puramente humanas??? E do conteúdo cultural que não reporta a Jesus Cristo???

Eis algo sobre o que todo Cristão deveria repetir demoradamente.


SÓ TU SENHOR TENS PALAVRAS DE VIDA ETERNA!!!

Nenhum comentário:

Postar um comentário