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A consciência histórica do Cristianismo

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domingo, 3 de fevereiro de 2013

Da existência Histórica de Jesus Cristo

Nestes nossos tristes tempos tornou-se moda negar a existência deste ou daquele personagem histórico talvez porque o merecimento e a superioridade deles desperte rancores por parte da mediocridade contemporânea.

Assim Homero, assim Buda, assim Sócrates e assim Jesus Cristo... ah e Shakespeare.

De fato a humanidade ou certos setores dela não aprendeu a conviver com a genialidade, o heroismo e o ideal.

Quem já pensou em negar a existência de Nabudorosor, Alexandre, César, Gengis Kan ou Tamerlão???

E porque???

Por que deixaram após si um lastro de morte e de destruição... testemunhos concretos que ninguém ousaria negar.

Quanto a Homero, Buda, Sócrates e Jesus no entanto, que deixaram? Que legaram a humanidade a não ser um lastro de principios e valores assaz elevados que a maioria de nós acredita ser impossivel cumprir???

Então tais figuras nos incomodam. Porque exigiram de nós coisas muito dificeis... porque recomendaram o heroismo... porque conseguiram formular um ideal de perfeição que esta para muito alem de nosso comodismo, de nossa mediocridade.

Daí o égo revoltar-se contra tais preceitos a ponto de decretar a inexistência daqueles que ousaram propo-los, como a exercer uma espécie de vingança. Vinga-se o mundo face aos apóstolos do ideal repudiando suas existências e remetendo-os ao mundo dos mitos...

Nada mais fácil, tendo em vista evitar um confronto direto com o Cristianismo, do que negar pura e simplesmente a existência de seu fundador.

Porque se Jesus jamais existiu as profecias que dizem respeito a sua pessoa jamais foram cumpridas...

Porque se Jesus jamais existiu a ética proposta por ele não precisa ser discutida...

Porque se Jesus jamais existiu o Credo Católico não precisa ser refutado em cada um de seus pontos constituitivos.

Para que perder tempo com profecias, valores e mistérios se o personagem que lhes confere sentido é puramente mítico ou irreal???

E no entanto o Talmud menciona, ao menos uma vez a figura de Jesus Cristo. Conforme admitiu o erudito rabinista polones Sloviev. Sinal de que os rabinos e doutores dos primeiros séculos não encaravam Jesus como uma fábula.

O próprio Toledoth Yeshua ou livro das gerações de Jesus, em que pese sua composição tardia (século IV) refere a tradições ou memórias judaicas que penetram o século II, uma vez que a estória do soldado Ben Pantera é referida por Origenes ( que viveu no século III) em sua polêmica contra Celso. Sinal de que para os sábios e eruditos judeus do século II Jesus Cristo era uma personagem real e não uma personagem ficticia ou inexistente...

Outros testemunhos históricos de origem judaica a respeito da existência histórica de Jesus Cristo:

"Outras sifras dos judeus mostram certa familiaridade com o assassinato dos Santos Inocentes (Wagenseil, "Confut Libr.Toldoth.", 15;. Eisenmenger op cit, I, 116;. Schottgen, op cit, II, 667.)., com a fuga para o Egito (cf. Josephus, "Ant." XIII, xiii), com a ida de Jesus ao templo aos doze anos (Schottgen, op. cit., II, 696), com a convocação dos discípulos ("Sinédrio", 43a; Wagenseil, op cit, 17;.... Schottgen, ibidem, 713), com os seus milagres (Orígenes, "Contra Cels", II, 48; Wagenseil, op cit, 150.. ; Gemara "Sinédrio", fol 17); ". Schabbath", fol. 104b; Wagenseil, op.cit., 6, 7, 17), com a sua pretensão de ser Deus (Orígenes, "Contra Cels.", I, 28;... Cf Eisenmenger, op cit, I, 152; Schottgen, . loc cit, 699) com a sua traição por Judas e sua morte (Orígenes, "Contra cels.", II, 9, 45, 68, 70,... Buxtorf, op cit, 1458;. Lightfoot, "Hor Heb. ", 458, 490, 498; Eisenmenger, ibidem, 185;.. Schottgen, ibidem, 699 700;.. cf." Sinédrio ", VI, VII). Celso (Orígenes, "Contra Cels.", II, 55) tenta lançar dúvidas sobre a Ressurreição, seguindo passo a passo o roteiro do Toledoth (cf. Wagenseil, 19) e repete a ficção judaica de que o corpo de Jesus tinha sido roubado do sepulcro.

O mesmo se pode dizer a respeito dos pagãos que escreveram contra a pessoa de Jesus Cristo nos primeiros séculos a começar por Luciano, seguido por Frontão, Hierócles, Porfirio e Juliano. Nenhum destes escritores alegou que Jesus Cristo jamais tivesse existido embora tivessem acesso as informações contidas nos arquivos do império romano, o qual era excepcionalmente bem organizado neste sentido.

Tertuliano, que era filho de um oficial romano radicado na África e fora jurista de renome antes de abraças nossa religião, cerca de 180 desta Era, ousou recorrer justamente aos documentos oficiais do império romano para certificar que Jesus Cristo fora rescenceado no tempo de Augusto César, conforme declara o Evangelho. Interessante é que ele não obteve réplica por parte dos judeus e pagãos, os quais bem podiam te-lo acusado de mistificação.

Justino, que era nativo de Flavia Neapolis (a Sebasta dos samaritanos) cidade bastante próxima da terra de Jesus, afirmou em seus escritos que havia ele mesmo visto os objetos de maderia, mesas e cadeiras, fabricados por Jesus e seu pai adotivo, S José, durante o tempo de suas vidas mortais, e não consta ter recebido réplica ou ter sido citado como mentiroso por seu rival Crescêncius.

Quadrato de Jerusalem em sua apologia disse ter visto ele mesmo algumas das pessoas que haviam sido curadas e ressuscitadas por Jesus Cristo asseverando que ainda viviam no tempo em que ele escrevia, cerca do ano 110 desta Era. Ao que parece tais pessoas foram citadas pelo historiador grego e pagão Lamprides no volume a respeito das pessoas que viveram muito tempo.

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