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A consciência histórica do Cristianismo

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terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

A tentação de Cristo exige um Diabo?

Motivo de grande contenda entre os sectários diz respeito a narrativa da tentação de Cristo, pois enquanto uns concluem vitoriosamente a respeito da existência de um Diabo, nos termos convencionais de 'anjo caido'; outros, repudiando a existência de um agente externo são constrangidos a admitir que as tentações descritas tiveram seu ponto de partida no interior da personalidade de Nosso abençoado Mestre ou seja dentro mesmo de sua consciência... quando não são forçados a admitir que a narrativa foi 'inventada' pelo hagiografo.

Aqueles que acenam com a primeira tése dão logo com a necessidade ou a viabilidade do exorcismo, com todas as consequências decorrentes nos meios conservadores. Ora nós não estamos com eles...

Aqueles que aderem a segunda tése admitem que Jesus possuiam elementos ou imagens de pecado em sua mente, logo que ele esteve sob domínio do pecado ancestral, tal e qual foi descrito pelos padres mais antigos como um inconsciente pecaminoso. E assim não podemos estar com eles...

Já aqueles que alegam ter sido a narrativa pura e simplesmente inventada, abrem precedentes para que todo nossos sistema seja atacado. Pensamos que esta porta deva permanecer fechada...

No caso como explicar os fatos???

Ora nós já mencionamos a crença dos antigos hebreus em Dibuks ou espíritos obcessores de origem humana, bem como a crença dos apóstolos em fantasmas, que são entidades de origem puramente humana correspondendo a nossas almas penadas.

E por termos acompanhado durante mais de quinze anos inumeros estudos e pesquisas no campo da metapsiquica humana ou da parapsicologia; não podemos negar que ao menos alguns casos - raros mas reais - deem margem a possibilidade de que os espíritos dos mortos manifestem-se aos vivos e exerçam algum tipo de influência sobre eles.

Esta hipótese parece mais aceitável inclusive face a teoria naturalista do pan psiquismo e as 'façanhas' do inconsciente autonomo. Aqui a navalha de ockhan parece ser manejada pelos espíritos... basta admitir que a alma sobreviva, o que por sinal é dogma do Cristianismo, para admitir que interfira excepcionalmente no plano material.

Então sou levado a crer que Jesus Cristo foi assediado por um espírito humano de baixa categoria e que Satanás foi posto ali pelo hagiografo apenas por questão de honra, enquanto oponente 'digno' de deus... seja como for enquanto o propósito de tal entidade opunha-se aos propósitos de designos divinos, cabia-lhe perfeitamente o título ou nome de opositor, que é o significado de Satanás e que também foi aplicado a Pedro, sem que Pedro se torna-se possesso ou precisa-se ser exorcismado...

Também quanto a Judas, quando se diz que Satanás entrou nele, podemos compreender que naquele mesmo momento Judas cessou de lutar contra o princípío ou a idéia má de trair Nosso Senhor, determinando-se a faze-lo...

Portanto se o fato da tentação exige um agente operatório externo a Nosso abençoado Mestre nem por isso exige a existência de um diabo nos termos da teologia rabínica.

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