O verbo se fez carne...

O verbo se fez carne...

A mãe do Verbo Encarnado

A mãe do Verbo Encarnado

A consciência histórica do Cristianismo

A consciência histórica do Cristianismo

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Espíritos malignos, demônios, diabos, etc Um esclarecimento sobre a origem de tais expressões.

Desde que Lutero veio ao mundo ensinar que qualquer tabaréu tinha o direito de examinar as Escrituras Sagradas a confusão instalou-se definitivamente no Reino de Cristo trazendo amplo benefício aos charlatães.

Efetivamente os incautos lendo nas versões modernas e traduções capengas as palavras: espírito maligno, espírito imundo, diabo, demonio, Satanaz, Lucifer, Belzebub, etc ACREDITAM PIAMENTE SER TUDO SINONIMIA OU SEJA TUDO A MESMA COISA...

Toda teologia infernista e demonista foi construida desta forma durante a Idade Média enquanto produto consumado da ignorância em matéria de lingua grega. O inacreditavel é que cinco séculos após o Renascimento as velhas mentiras permanecem de pé como dogmas sacrossantos, a ponto de mancharem o belo nome de Jesus Cristo.

Assim passa o divino Mestre por exorcista e curandeiro ordinário, o Cristianismo como um ritual de pajelança, nossa idéia de Deus ou de mundo como um dualismo grosseiro, nossa idéia de justiça como abominavelmente iniqua, etc e a instituição Cristã como algo asqueroso e desprezivel. As seitas de fato são tudo isto, mas não o Cristianismo sob as formas Católica/Ortodoxa mais esclarecidas.

Para arrematar o que foi dito acima, servem-se os padres e pastores levianos duma fábula rabínica muito mal elaborada que apresenta os tais demonios como anjos caidos (então por aqui já entram os tais anjos complicando ainda mais a questão). A este conto judaico eles aplicam o nome de 'teologia' e depois vão as escrituras judaicas recolher textos fora do contexto para tentar esconder a nudez da argumentação. Antes fossem buscar folhas de parreira ou de figueira como Adão e sua consorte...

Efetivamente mencionam os profetas a queda deste ou daquele soberano seja ele o Faraó, o rei de Tyr ou o rei de Sidon, salientando o orgulho do potentado face a glória de javé e vão desenvolvendo o tema da chegada de tais nabados ao Sheol com toda sorte de alegorias; disto se servem desonestamente os comentaristas para introduzir o tal 'anjo' caido; porque na lingua dos infiéis as palavras rei e anjo (MLK) são similares.

Também não paira duvida alguma sobre o fato de que atualmente, e para sermos precisos a quase mil e quinhentos anos, a palavra Demônio significa anjo caido, sendo equilavente a Diabo, Lucifer, Belzebub ou Satanaz, seus lideres, chefes ou personalidades mais destacadas. O único problema aqui é que nossas escrituras canônias foram compostas no século I desta era ou seja a cerca de 1900 anos, bem como a literatura patristica em sua fase aurea, que corresponde ao século IV ou seja a 1600 anos... QUANDO A PALAVRA DEMÔNIO CONHECIA OUTRA ACEPÇÃO BASTANTE DISTINTA DA ATUAL, CONSTRUIDA NA IDADE MÉDIA.

Logo não é certo nem exato que os Evangelhos, a pena apostólica, os padres apostólicos, os padres apologéticos e os padres em geral; compreendessem as coisas nos mesmos termos que os sectários de hoje e sua demonologia oficial.

Então devemos investigar o sentido original em que o termo era empregado naquele tempo.

A palavra Daemon em sua acepção original significa espírito ou gênio, o qual poderia ser mau (Kakodaemon) ou bom (Eudaemon) como o demônio de Sócrates que era uma espécie de 'eu interior' ou de voz interna procedente do próprio filosofo.

Então já sabemos que os escritores de origem judaica devem ter escolhido esta palavra com o intuito de representar Dibuk, ou espírito de uma pessoa morta que incorpora numa pessoa viva.

A outra expressão equivalente é 'espirito mau' ou 'espírito imundo' a qual tampouco denota qualquer relação entrinseca com supostos anjos caidos.

Há ainda no Evangelho a ocorrência do termo fantasma - por parte dos apóstolos - cuja acepção é clássica e significa sempre 'alma penada' e jamais qualquer outro tipo de manifestações.

Ora quando se trata de possessões e de entidades possuidoras o Evangelho aplica exclusivamente os termos Daemon e espírito maligno/imundo, jamais o termo Diabo ou os nomes Satanaz, Lucifer, Belzebub, etc

EXATAMENTE AO CONTRÁRIO DO QUE SE SUCEDE NAS FARSAS DA IURD E DEMAIS SEITAS PENTECOSTAIS, EM QUE SATANAZ, LUCIFER, BELZEBUB, ETC SÃO APRESENTADOS POSSUINDO AS PESSOAS JUNTAMENTE COM ENTIDADES MITOLÓGICAS PERTENCENTES A UMBANDA E QUIMBANDA (preto velho, cobra coral, maria padilha, pomba gira, tranca rua, etc) NO SANTO EVANGELHO TAIS PERSONAGENS JAMAIS SÃO MOSTRADOS POSSUINDO QUALQUER PESSOA.

Quem possui ali não é diabo, Satanaz, Lucifer ou Belzebub; mas daemon e espíritos malignos, que parecem corresponder ao hebraico Dibuk e a crença do tempo.

Eis porque tais 'espiritos' costumavam levar suas prezas aos cemitérios; porque eram seres ou entidades de origem humana ainda ligados aos corpos materiais que jaziam sepultados em tais lugares.

Admitida esta explicação só nos resta concluir que elas tomavam posse de 'novos' corpos com o intuito de fruir novamente do prazer sensivel da comida, da bebida, das relações sexuais, etc

Destarte se existia ou se existe algo de real por trás de tais relatos de exorcismos e possessões (não em todos os relatos mas em algum excepcionalmente) TRATAM-SE DE ESPIRITOS DE PESSOAS MORTAS E NÃO DE ANJOS CAIDOS CHAMADOS DIABOS.

Nossa explanação esta de pleno acordo com as crenças da época segundo o Talmud e tambem deacorco com a fé dos mais antigos padres da Igreja como Justino, Tertuliano e Clemente de Alexandria, para os quais os Daemons do Novo Testamento eram efetivamente espíritos de pessoas falecidas sem comunhão com o Verbo Encarnado Jesus Cristo.

Parece que o primeiro elder Cristão a receber a doutrina judaica daemons como diabos ou anjos caidos, foi S João Crisóstomo, o qual faleceu em 404. Nós no entanto preferimos ficar com o testemunho comum dos padres mais antigos que floresceram nos primeiros séculos e que foram ouvintes dos apóstolos.



Nenhum comentário:

Postar um comentário