O verbo se fez carne...

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A mãe do Verbo Encarnado

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A consciência histórica do Cristianismo

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domingo, 19 de abril de 2009

Senhor vivificante que do Pai procede unicamente.

Ek Mono tou Patrou!

1 - A divina revelação nada afirma sobre o saimento perpétuo do Espírito Santo e sua origem intratrinitária.

2 - Os antigos sempre afirmaram que procedia temporalmente do Pai pelo Filho, mais tarde passou a se afirmar que procedia do Pai e do Filho, mas sempre quanto a seu envio a Igreja e jamais quanto a sua procedência eterna.

3 - Sobre a procedência eterna S Hilário afirmou que tal conhecimento não foi revelado pelo Senhor e que haviam diversas opiniões na Igreja, sendo todas elas de livre aderência.

4 - Os padres reunidos em Constantinopla parece que não tiveram em mente decidir sobre o saimento perpétuo do Espírito, mas a sua dispenssação temporal.

5 - Entretanto os capadócios elaboraram uma teologia comum segundo a qual a processão eterna do Espírito partia do Pai somente. Simultaneamente S ambrósio e Milão (sem ter pretendido resolver o problema) opiniou que a processão eterna partia do Pai e do Filho, Jerônimo de Stridon parece ter endossado tal opinião a qual entretanto só foi amplamente desenvolvida pelo Bemaventurado Agostinho, o qual enfatizou a processão dupla em sua obra sobre a Trindade, dirigida contra os arianos.

6 - Segundo o Bispo de Hipona e seus discípulos a dupla processão era um argumento a mais contra a negação da divindade de Cristo pelos seguidores de Ário.

7 - Quando os herdeiros do pensamento agostiniano foram dispersos pelo vândalo Huneric, instalaram-se na Itália, na Gália e principalmente na Hispania transportando a teoria da dupla processão para as igrejas locais.

8 - Isto se deu especialmente porque a Hispania e a Itália ainda era governadas por soberanos arianos desenvolvendo os ortodoxos ampla atividade proselitista entre os sectários de Ário. Nestas conjunturas a teoria da dupla processão era um ergumento a mais a ser explorado nas polêmicas e controvérsias em favor da doutrina ortodoxa.

9 - Assim que recebeu a fé nicena na natureza divina do Verbo, o rei Rei visigodo Recaredo - antes ariano fervoroso e com vezos de teologo - influenciado por tais controvérsias e polêmicas surgidas em torno da processão do Espírito Santo, fez congregar um Sínodo em Toledo, o qual, formado quase que exclusivamente por agostinianos, fez acrescentar ao Símbolo a partícula Filioque, passando a le-lo da seguinte forma:"Qui ex Patre, filioque, procédit."Que procede do Pai e do Filho.


10 - Eventualmente os teólogos Hispânicos transportaram esta versão do símbolo as Galias, o Filioque atravessou os pirineus e foi entusiasticamente acolhido pelos teologos agostianianos da corte carolingia.Desta vez foi o 'Novo David' - outro soberano com mânia de teologizar - que fez convocar - pela nona vez - seus Bispos a Aquisgrana sob a presidência de Smargadus de Yverdun - fervoroso seguidor da teologia augistiniana - com o objetivo de canonizar a partícula.

11 - Por despeito de jamais ter sido reconhecido como verdadeiros imperador pelos orientais, pela mão da Rainha Irene lhe ter sido negada e pela solene afirmação da iconofilia no segundo Concilio geral reunido em Nikaia, Carlos Magno - em 810 - enviou Bernardo de Worms e Abailard de Corbie com as atas do dito sínodo ao Papa S Leão III, solicitando sua aprovação e aconselhando-o a imitar a atitude impondo o Filioque a todos aos Bispos da Itália seus sufragâneos.

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