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A mãe do Verbo Encarnado

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A consciência histórica do Cristianismo

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sábado, 18 de abril de 2009

Criador dos céus e da terra




Do fato de terem os antigos padres apresentado Deus como criador, não de deve o Cristão, de modo algum, deduzir que a Ortodoxia seja criacionista, a exemplo do protestantismo e suas seitas bíblicas.

Afinal os padres não explicitaram como Deus teria criado o mundo e de modo algum referendaram
a narrativa hebraica contida no livro do Gênesis.

Não, a letra do símbolo não impõe aos filhos da igreja qualquer doutrina de caráter fetichista como o mito de Adão e Eva, alias tomado a mitologia sumeriana e a religião pagã.

Podemos pois admitir que o Deus do Evangelho cria por meio da evolução ou através das leis sábias e inteligentes que estabeleceu e por meio de um processo. Processo por meio do qual os organismos, a princípio simples, vão avançando sucessivamente em complexidade.

Da primeira célula vida ao homo sapiens sapiens com suas bilhões de células cerebrais, medula e glândulas de secreção interna.

Todas estas sucessivas transformações ocorreram sem que o Deus sábio e perfeito precisasse interferir 'a posteriori' a guiza de corrigir qualquer coisa. Isto pelo fato de Deus, sendo onisciente, não proceder como os homens por meio de acerto e erro. Estabeleceu as leis segundo os fins que desejava colimar, e... Segundo tais leis, a cabo de um bilhão de anos, apareceu o homo sapiens, não como algo a parte da natureza, mas como algo na natureza ou como parte dela.

Criou portanto, o nosso Deus concebendo e dirigindo um processo evolutivo. Não improvisando ou ensaiando, não buscando ostentar vaidosamente o seu poder mas manifestando a luz de seu Intelecto.

De modo algum produziu os céus e a terra num passe de mágica, duma única vez, mas organizou os elementos, fazendo cessar o caos e prevalecer a ordem.

Eis porque a contemplação da ordem e do grau de complexidade existentes neste universo, basta para reportar-nos a uma mente ou consciência (Nous) nos mesmo termos que um Anaxágoras. 

Nem poderíamos admitir que o caos ou a desordem tenha produzido a ordem uma vez que é suma negação. Como do turbilhão caótico e evolver confuso dos elementos poderia surgir este Universo estável e mais, as leis que regularam a evolução dos seres que nele habitam?

Como poderia manter-se este universo numa direção e até avançar nela e evoluir sem tornar aos Caos e a desordem senão por meio de uma força ativa e inteligente?

Por mais sofisticado que seja um automóvel que acontece a ele caso o condutor desmaie ou o abandone em pleno movimento? Logo como poderia este nosso universo, algo bem mais complexo do que um simples automóvel, subsistir sem o 'piloto automático' fixado por uma mente e mantido por seu poder???

Por Criador compreendem os Cristãos aquele que organizou a matéria - Dispondo-a como um Cosmos - e mantém o Universo. O organizador e mantenedor, esse é Deus.

Do fato da criação da matéria ou de sua existência em Deus deduzimos que seja algo Bom,e consequentemente, que todas as criaturas materiais sejam boas - "Deus chamou ao elemento árido TERRA, e ao ajuntamento das águas MAR. E Deus viu que isso era bom." (alias afirmação repetida cinco vezes) - que nossos corpos sejam bons, que os órgãos sexuais sejam bons e que a própria sexualidade humana seja boa.

Daí nos opormos decididamente ao maniqueísmo e postularmos ao menos a possibilidade da Encarnação. Daí questionarmos a falsa moralidade judaico 'cristã' que afirma a indignidade do corpo, nega a sexualidade e reprime impulsos e desejos que são absolutamente naturais.

Logo tanto a nudez, quanto a sexualidade humana devem ser encaradas como naturalidade. Nem divinizadas nem demonizadas mas encaradas como partes dignas da existência humana.

Deduzimos ainda, a partir dos mesmos princípios, que o mal inexista enquanto entidade real, não passando de mera privação do Bem conforme ou de desconformidade com relação ao Bem (A Lei divina) tal e qual sustenta o Santíssimo Orígenes no Livro dos Principios e o Bispo de Hipona no Livro Contra Marcion sobre a lei e os profetas.

Por isso o mal precisa da consciência para existir no homem apenas enquanto desvio da vontade. Em si mesmo, enquanto entidade positiva inexiste.

E quando o homem reconciliando-se com o Sumo Legislador e conformando-se com a Lei eterna da consciência cessa de prevaricar, o mal cessa de existir.

Assim quando todos os mortais ou a humanidade como um todo aderir a Lei de Jesus Cristo, o mal será completamente aniquilado deste universo, cessando de existir para sempre. Neste grandioso dia Deus será tudo em todos. 

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