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A consciência histórica do Cristianismo

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terça-feira, 21 de abril de 2009

Dos não batizados e do pedobatismo

Aqueles que morreram sem receber ao sacramento, mas que lho desejaram ou que foram imolados por Cristo a Igreja sempre admitiu e contou no número dos que lho receberam verdadeiramente.


Por isso S Ambrósio afirmou a respeito do Imperador que falecera catecumeno: "Sei que vos lamentais porque morreu ele sem ter tido tempo de receber ao Batismo.

Dizei-me se sua vontade e desejo de nada valeram?

Ele demonstrou o desejo de ser instruido nos mistérios e de receber o sacramento, não alcançará pois o que desejou?

Sem dúvida o fim que desejou obteve."
Orat fun Valentiniano III


Tal o batismo de desejo.


Dos mártires que pereceram, seja por amor ao Cristo ou próximo, se diz que foram batizados no sangue.


É costume da Igreja de Deus receber as crianças para que sejam batizadas, pois muitos creem que disto deve advir algum bem para elas, entretanto tal doutrina não é dogma, pois muitos de nossos padres só receberam o sacramento na idade adulta.


Trata-se portanto duma teologumena ou adiafora e como tal sua observância ou não deve ser deixada ao alvédrio de cada pessoa ou de cada família.


É absolutamente errado impor tal prática aos ortodoxos como se fosse uma ordenança divina.


Sem embargo, Irineu, Origenes e Kiprianos, dentre outros atestam a antiguidade da prática do pedobatismo e nenhum ortodoxo pode regeitar sua eficácia.


Seria uma grande temeridade faze-lo.Aquele que leva sua prole as fontes segue o exemplo de alguns dos antigos e certamente faz bem, todavia aquele que se recusa a leva-la, também segue ao exemplo dos antigos e certamente não faz mal em segui-lo.


Neste assunto tomemos por regra a liberdade dos filhos de Deus e evitemos cair nas superstições dos latinos.


“Jesus veio salvar todos os que através dele nasceram de novo de Deus: os recém-nascidos, os meninos, os jovens e os velhos ” (S Ireneu - 180dC. Adv.Haer. livro 2, 22.4).


“A igreja recebeu dos Apóstolos a tradição de dar batismo também aos recém-nascidos”. (Orígenes - 185-255 dC. Epist. ad Rom. Livro 5,9).

“Do batismo e da graça não devemos afastar as crianças ” (Kiprianos em 258 dC. - Carta a Fido )

Hipólito de Roma, o mártir, "Os batizandos se despirão e serão batizados, primeiro as crianças." Paradosis Apostoliké, o Batismo.

Tais testemunhos pertecem aos séculos II e III.

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